Diário ‘La Razón’ coloca na diana policial umha dirigente da AMI trás atribuir-lhe contactos com “o entramado de ETA”

O diário ultradireitista ‘La Razón’ dá nesta semana umha mostra exemplar de como funcionam os vasos comunicantes entre FSE e certos meios informativos vinculados à extrema direita espanhola. Assim, o jornal madrileno assegura na sua ediçom do ‘Día de la Constitución’ que “umha dirigente da AMI, chamada Maria”, sem mais especificaçons, mantivo contacto em 24 de Julho passado na capital galega com a dirigente da organizaçom juvenil basca Segi, Idoia Iragorri Petuya, recentemente detida e presa no marco da operaçom policial contra o movimento juvenil basco. A cita, segundo ‘La Razón’, enquadraria-se nas actividades da organizaçom internacionalista basca ‘Kamaradak’ que o diário nom tarda em classificar como “organizaçom do entramado de ETA” seguindo a máxima de livre aplicaçom de que “Todo é ETA”. Para encerrar o círculo preventivo, o jornal assegura que AMI “é similar a Segi” (sic) e “é objecto de investigaçons por actividades terroristas”. Pouco tem a ver que as pescudas abertas neste sentido no seu dia pola ‘Guardia Civil’ fossem arquivadas pola mesmíssima ‘Audiencia Nacional’ porque, a efeitos de criminalizaçom informativa, a veracidade e os dados objectivos som o que menos importa. Evidências palpáveis A “informaçom” de ‘La Razón’ evidencia várias questons. A primeira e mais transcendente é que de certas esferas mediáticas e policiais do Estado nom se renuncia a fazer umha abordagem policial e penitenciária da AMI e, por extensom, no momento em que se considerar preciso, do próprio independentismo galego. Os fiascos obtidos neste sentido parecem nom desanimar os seus promotores para seguir procurando umha aplicaçom expansiva do paradigma repressivo basco, segundo o qual partilhar objectivos políticos com fenómenos de luita ilegal é, de facto, fazer parte desses fenómenos. Esta persistência é manifesta quando comprovamos que as FSE facilitam a um diário privado informaçons e dados sensíveis às que esse meio dificilmente poderia aceder sem se converter numha agência internacional de espionagem ou dispor de acesso directo às salas de interrogatório policial. Em segundo lugar pom-se de relevo umha outra evidência longamente confirmada: que a actividade pública e legal da militáncia independentista, das comunicaçons electrónicas às reunions orgánicas, da vida privada às intervençons públicas, é objecto dum seguimento sistemático. As “garantias” que o Estado de Direito diz oferecer graciosamente a milhares de cidadáns e cidadás disolvem-se quando se tratar de independentistas galegas e galegos. Por último, sem alarmismos nem dramatizaçons, mas totalmente cientes de que “quando o rio soa, água leva”, interpretamos este tipo de assinalamentos mediáticos de pessoas e organizaçons como parte de estratégias que visam modelar estados de opiniom favoráveis a golpes repressivos, quando nom preanunciam pontualmente actuaçons policiais e judiciais de maior ou menor intensidade contra quem neste País entregam os seus esforços para fazer a avançar a construçom nacional da Galiza e o seu processo de liberaçom nacional e social. Práticas repressivas como as apontadas procuram apenas atemorizar, estender por toda a parte e fazer interiorizar a auto-censura e ralentizar ou paralisar o activismo militante. Frente a elas tam só existe umha “receita”: reforçar o trabalho político e social público, militar com absoluta normalidade e difundir nos nossos círculos mais amplos notícias que, como a presente, ponhem de relevo, sem máscaras, que tipo de regime é este do que tratamos de desembarçar-nos. DEFENDER A TERRA NOM É DELITO! ADIANTE A LUITA INDEPENDENTISTA! Nota: anexamos ao pé da notícia o linque no que ‘La Razón’ assinala à AMI. Dado que o sistema nom admite umha ligaçom tam longa, apontamo-la aqui também: http://www.larazon.es/noticia/una-dirigente-de-segi-viajo-este-verano-al-sahara-para-ampliar-la-red-de-kamaradak