Umha novela que tem como pano de fundo a repressom do independentismo logra introduzir-se no mercado editorial galego

Dizemos intencionadamente “logra” no titular, porque a novela ‘A perspectiva desde a porta’, escrita por Patricia Janeiro, apesar de ser no seu dia finalista do Premio Xerais, obtivo excepcionalmente a negativa da citada editorial para saír à luz, contravindo a regra nom escrita de publicar todas as obras finalistas do prémio. Umha negativa idêntica colheitou Janeiro em outras empresas do ramo que trabalham no País até ver publicada a novela em Positivas. O motivo do rechaço generalizado? A submissom do mercado editorial galego à ditadura do comercial e o politicamente correcto e a cárrega política dumha novela que levanta binchas entre muitos seguidores do nacionalismo de gestom. Trabalhadora dumha empresa de páginas web que foi assaltada em Novembro de 2005 por agentes da ‘Guardia Civil’, no marco da ‘Operación Castiñeira’, Patricia Janeiro assegura numha entrevista a Vieiros publicada onte que a sua novela nascia dum projecto prévio que, em certa medida, resultou impulsionado a partir da vaga repressiva que supugera a detençom de dez militantes da AMI e umha intensa campanha de criminalizaçom mediática. Lembramos que a operaçom policial se saldara com a liberaçom d@s detid@s após a praticamente unánime campanha acusatória de meios, partidos institucionais e ‘opinólogos’ de toda caste. Presos independentistas e debate da luita armada Para a história preta do nacionalismo galego fica daqueles dias a frase “Que caia sobre eles todo o peso da lei”, pronunciada por Anxo Quintana quando os detidos e detidas, submetid@s a um intenso mal-trato psicológico na ‘Dirección General de la Guardia Civil’ em Madrid, ainda se encontravam sob a “presunçom de inocência”. Segundo Patricia Janeiro, a novela entrelaça a vida pessoal de vários indivíduos com os processos internos do nacionalismo galego durante a ‘Transición Española’ a respeito da conveniência ou inconveniência da luita armada, os actuais presos independentistas, a integraçom da fracçom maioritária do nacionalismo no denominado jogo democrático, etc. Mais do que reproduzir a entrevista a Patricia Janeiro convidamos os nossos leitores e leitoras a formar-se a sua própria opiniom acedendo a ela no endereço postado ao pé desta informaçom.