Correm tempos de crise sócio-económica e, portanto, também de luita e repressom para operári@s e sindicalistas de prática combativa. Xesús López Pintos, mais conhecido por ‘Pintos’, secretário comarcal da central nacionalista CIG em Trasancos, sentou-se onte como acusado no Julgado do Penal de Ferrol para responder por um presunto delito de “atentado contra agente da autoridade” e “lesons”. A acusaçom particular solicita para ele 5 anos e 3 meses de prisom, 20 fins-de-semana de arresto e o pagamento dumha sançom económica que se situa por volta dos 9000€. A solidariedade d@s trabalhador@s de Ferrol acompanhou o sindicalista nesta primeira vista do juízo. Os factos que agora se processam datam de 18 de Setembro de 2001. Na altura, efectivos da unidade da Polícia espanhola adscrita à administraçom da CAG –a popularmente conhecida como ‘Polícia Autonómica’- carregavam brutalmente na praia da Barca contra mariscadoras da Confraria de Mugardos no decurso dum conflito laboral. A carnificina saldava-se com lesons e feridas para 25 mulheres de idades entre os 50 e os 60 anos e a agressom de vários polícias espanhóis contra o sindicalista. De facto, a detençom de Pintos produzia-se em Urgências a maos de agentes da Policia espanhola que o transferiram a dependências policiais. Pode-se consultar umha extensa informaçom sobre as causas e o desenvolvimento deste conflito laboral em que foi decisiva a implicaçom da administraçom autonómica no sítio web da central nacionalista. Curiosamente, som os letrados da própria Junta da CAG quem solicitam para López Pintos condenas mais graves do que as da Fiscalia, acusando-o de “atentado contra agente da autoridade”, “provocaçom”, “resistência” e “lesons” a dous polícias espanhóis no decurso da carnificina policial organizada na praia da Barca. Concentraçom de delegad@s sindicais A primeira vista do juízo, que se prolongará durante os dias 7, 14 e 18 deste mês serviu para evidenciar as múltiplas contradiçons e inexactitudes em que incorrérom os agentes da Polícia espanhola que trabalham ao serviço da administraçom autonómica. Segundo informa a fonte citada, a acusaçom ofereceu a López Pintos umha “negociaçom” antes do início da vista para que a condena ficasse numha sançom de 6 a 8 meses de cárcere, suspendendo-se assim a celebraçom da vista. No entanto, o sindicalista deveria admitir formalmente ser o agressor dos dous polícias. Pintos rechaçou esta possibilidade porque, segundo declarou, “eu nom cometim nengum delito e portanto nom o podo assumir. Prefiro aguardar a sentença”. O sindicalista da CIG denunciou o processo iniciado onte assegurando que “continua vigente a acossa”, tanto contra a sua pessoa como sobre o modelo de sindicalismo de que fai parte. A respeito deste último, por volta de cem trabalhador@s da comarca concentrárom-se no exterior e os corredores do edifiício judicial para arroupar o dirigente sindical, enquanto coreavam palavras de ordem como “O Código Penal para a patronal” (sic) e termavam dumha faixa com a legenda “Xulgan sindicalistas. Medran @s escravistas” assinada pola central nacionalista. Possível encarceramento À espera de que ocorra nas seguintes vistas do juízo, no que dezenas de mariscadoras da Confraria de Mugardos se apresentam também como acusaçom particular contra os seus agressores, o ingresso em prisom do sindicalista galego aparece como um dos futuros cenários a considerar, umha vez que a actividade sindical de López Pintos fijo com que em ocasions anteriores tanto as FSE como a própria Justiça espanhola figessem recair ‘antecedentes’ sobre a sua pessoa. De Ceivar convidamos os leitores e leitoras deste portal a informar-se sobre o presente processo punitivo que tem como único pano de fundo fazer exemplarizaçom repressiva e estender a coacçom a que estám submetidos milhares de assalariad@s galeg@s aos sectores sindicais e laborais que sustentam dinámicas reais de luita contra a exploraçom. Achegamos informaçom completa sobre o juízp contra Xesús López Pintos no web da CIG. A ligaçom aparece ao pé desta notícia junto a anteriores ‘jos_content associadas’ à mesma.