‘Galicia Bilingüe’ embarca-se agora na perseguiçom judicial contra o entramado organizativo do independentismo galego

Em comunicado datado no passado dia 17, a associaçom espanholista ‘Galicia Bilingüe’ exprime a sua vontade de levar para os tribunais de Justiça espanhóis a rede de associaçons e colectivos nacionais que se definem independentistas. A demanda judicial foi apresentada onte no Tribunal Superior de Justiça da Galiza (TSJG) e procura, segundo os seus autores, “desemascarar quem estám detrás da acossa radical” à que entendem está submetida a entidade favorável à reclusom da nossa língua no ámbito doméstico e coloquial. A denúncia é a resposta dos ‘bilingüístas’ à mobilizaçom em defesa do galego que se celebrou em Compostela apesar de a cidade estar submetida a um estado de sítio policial. A presidenta de GB, Gloria Lago, assegura que a associaçom “desde a sua criaçom sofre a acossa violenta de grupos independentistas”. Após acusar à administraçom autonómica de “silêncio cúmplice” e de dar “durante muitos meses oxigénio aos violentos” (sic), a entidade favorável a umha supremacia absoluta do espanhol na Galiza anuncia que “interporá amanhá [por onte] umha denúncia ante a Fiscalia do Tribunal Superior de Justiça da Galiza”. O discurso vitimista incide em que “nom pode desenvolver livremente as suas actividades” devido a que estaria submetida a “umha autêntica campanha de perseguiçom e acossa por parte de grupos independentistas” aos que aliás adjectiva de “radicais”. Laiam-se paradoxalmente, também, de terem vedado “desde há bastante mais de um ano o exercício com normalidade de vários direitos fundamentais, como o de reuniom, o de liberdade de expressom e o mesmíssimo direito de liberdade ideológica”, apesar de ser manifesto que a associaçom espanholista conta com notáveis apoios mediáticos –‘Grupo Voz’, ‘Tele5’, ‘Grupo Correo’, etc.-, financeiros, políticos –PP, PSOE, UPyD, AVT, ‘Falange Auténtica’, UCE, etc.- e, em certas circunstáncias, como no passado dia 8, incluso dispom das FSE para agir como “braço armado” que impeda o desenvolvimento de qualquer protesto contrário às teses favoráveis à extinçom do galego. “Desarticular o entramado” A nota informativa que dá conta da interposiçom da denúncia no TSJG semelha umha descriçom da situaçom de anormalidade democrática que vivem dia após dia centenas de independentistas neste País e assegura, aliás, que aquela “assinala com nomes e siglas as distintas organizaçons radicais que se detectou que conformam o conglomerado (sic) que de maneira concertada ou aproveitando a mesma ocasiom agem violentamente contra a associaçom”. Finalmente, os espanholistas de GB detalham a série de protestos de que foi objecto ao largo de todo o território nacional por defender a supremacia da língua espanhola na Galiza. GB explica por último que “o objectivo da denúncia (…) é solicitar o amparo da Fiscalia para a desarticulaçom do entramado que formam estas organizaçons delitivas” e “averiguar que pessoas estám detrás (sic) das mesmas”. As acusaçons que ‘Galicia Bilingüe’ atribue ao entramado sócio-político do independentismo som nada menos que “associaçom ilícita, ameaças, delitos contra o exercício de direitos fundamentais e liberdades públicas, coacçons e provocaçom à discriminaçom, ódio e violência”. GB: ariete da repressom contra o independentismo À margem donde poda chegar realmente a associaçom que preside Gloria Lago na sua tentativa de demonizar, judicializar e, incluso, ilegalizar, a rede associativa do Movimento de Liberaçom Nacional Galego (MLNG), a sua estratégia de vitimizaçom e a presente iniciativa judicial demonstram mais umha vez, por se ainda ficava algumha dúvida, o papel de elemento gerador de confusom que GB joga no conflito lingüístico que se vive neste País e a sua funçom de ariete para a repressom contra a militáncia nacionalista. Destacar, como contra-ponto do hipócrita vitimismo d@s espanholistas, a existência de dezenas de galegos e galegas agredidos polas FSE no decurso de actos de GB, a imposiçom de sançons económicas por valor de dezenas de milhares de euros desde as ‘Subdelegaciones del Gobierno de España’ na CAG contra manifestantes em defesa da língua galega, a detençom de onze activistas pró-galego no dia 8 e 9 de Fevereiro, a impossibilidade física de exprimir qualquer protesto quando se celebram desfiles de GB, o emprego da violência institucional para disolver estes protestos, etc. Só apontar, desta página web que provavelmente apareza na listagem de páginas independentistas que estes novos fascistas encerrariam gostosamente se lograssem a aquiescência do TSJG, que a via repressiva na que se embarcam apenas logra desemascarar ainda mais a sua natureza espanholista radical e nom conseguirá o silêncio da rua quando organizem os seus desfiles com bandeiras de Espanha e cánticos fascistas. ‘GALICIA BILINGÜE’, FORA DA GALIZA! LIBERDADES DEMOCRÁTICAS PLENAS PARA @S GALEG@S! FORA AS FORÇAS DE OCUPAÇOM!