As reivindicaçons de ‘repatriaçom e liberdade’ estivérom presentes mais um ano no Festival da Poesia do Condado

Sempre fideis à cita da solidariedade ali onde o nosso povo se reune para denunciar e reivindicar, militantes e voluntári@s do organismo popular anti-repressivo figérom visível nesta passada fim-de-semana a denúncia da dispersom d@s pres@s independentistas galeg@s e a exigência da sua liberdade numha das citas anuais inescusáveis para o movimento nacionalista: o Festival da Poesia do Condado. A organizaçom do Festival dou mais umha vez micro aberto a Ceivar para dirigirmo-nos com a nossa palavra inteira a todas as presentes e os presentes. Umha faixa de grandes dimensons recebia os centos de participantes no festival poético e musical à entrada do recinto onde este se celebrava. Aliás, graças ao explícito compromisso contra a repressom política que a organizaçom do Festival da Poesia do Condado mantém desde há 22 ediçons, foi possível que o organismo popular anti-repressivo se dirigisse aos presentes para exprimir directamente, sem censuras nem auto-censuras, as reivindicaçons dos presos e presas políticas galegas. Finalmente, era o grupo catalám Pirats Sound Sistema quem dava cabimento no cenário a um grupo de voluntários e militantes que desdobrárom a faixa que se recolhe na imagem. Reproduzimos a continuaçom a comunicaçom lida no Festival da Poesia do Condado: Comunicaçom de Ceivar para o XXII Festival da Poesia do Condado Companheiros e companheiras, amigas e amigos: É graças ao compromisso solidário que sempre exprimiu o Festival da Poesia do Condado frente à repressom política que hoje podemos dirigir-nos livremente a vós em nome do organismo popular anti-repressivo Ceivar para falar as nossas palavras sem censuras nem auto-censuras. Queremos aproveitar esta magnífica ocasiom e a especial receptividade que nos brinda dispormos dum auditório que sempre foi sensível frente à repressom política, porque lhe viu a cara na Longa Noite de Pedra, ou porque a enfrentou onte ou hoje em própria carne ou na de amigos e familiares de militantes nacionalistas, para expor brevemente à vossa consideraçom três questons que achamos muito importantes: Quando nós dizemos estas palavras, quatro independentistas galegos e galegas encontram-se presos sem nengum direito a centos de quilómetros da Galiza, em Cádiz, Aranjuez e Ávila: Giana Gomes, José Manuel Sanches, Sánti Vigo e Ugio Caamanho. O suposto delito de que os acusam é defender esta Terra das gadoupas de mercaderes e espoliadores com os mesmos meios com que se realiza o espólio e a destruiçom. Pode-se estar dacordo ou nom com as opçons e as estratégias dos repressaliados e repressaliadas, evidentemente, pode-se debater sem final, mas esta é a realidade: neste País, quem resposta ao Estado e o Capital com as mesmas moedas com as que ele compra e vende o nosso povo, vira-se objecto dumha repressom extraordinária… Além destes, outros 17 presos e presas políticas galegas encontram-se privados de liberdade e dispersados em Badajoz, Valladolid, Granada, Ciudad Real, Jaén, Valdemoro, Palencia ou Zaragoza… Sempre longe da Terra e sempre longe dos seus. Som antifascistas, comunistas ou solidários. O seu suposto delito é, também, contestar com luita quem amassam dinheiro a conta de expremer o nosso suor e as nossas vidas… Tanto num caso quanto no outro, a resposta do Estado é talhante: privar de liberdade durante décadas, deportar ilegalmente, isolar, a violência, a tortura, estender a repressom a familiares e amigo forçados a percorrer cada semana centos ou milhares de quilómetros para visitar os seus seres queridos em raquíticos períodos de 45 minutos, etc. Toda umha panóplia de força, violência e arbitrariedade jurídica focada, exclusivamente, a humilhar, derrotar e destruir a identidade política e pessoal dos militantes galegos e galegas. Como vemos, Espanha nom repara em meios para lograr os seus objectivos -mesmo que tenha que pissoteiar os direitos humanos mais elementares. Enquanto, exige aos seus opositores políticos que si o fagamos. Essa é a democracia de que desfrutamos; umha democracia a la española, umha democracia de cartom. Temos a certeza de que entre os centos de pessoas que agora nos escuitades existem valorizaçons diversas e incluso contraditórias sobre a utilidade e a oportunidade táctica do emprego da violência como ferramenta para avançar no nosso processo de liberaçom nacional. Seria nécio ou o sintoma dum reprochável autismo negarmos esta realidade social. Contodo, companheiros e companheiras, amigas e amigas, contrariamente ao que asseguram Baltasar Garzón, Grande-Marlaska e outros juízes dos tribunais políticos especiais, contrariamente ao que ditam as leis repressivas desenhadas para manter a dependência colonial, nós entendemos que, quando um povo nom é livre, quando vê vulnerado um direito tam básico como o direito a decidir sobre si, o direito de Autodeterminaçom, todas as formas de luita se tornam legítimas. A solidariedade anti-repressiva com os presos e presas políticas galegas é, portanto, a expressom dumha necessidade e dum rechaço à brutalidade da repressom e a violência do Estado. Diremos-vo-lo com claridade, amigos e amigas: nós consideramos que quem se enfrenta ao espólio e à venda do nosso País com os meios que considera mais efectivos nunca é um “terrorista”, como dizem os juízes, mas umha luitadora ou um luitador. Rematamos. Apelamos a umha solidariedade activa frente à repressom por parte de todas e todos vós, à solidariedade com os presos e presas políticas galegas. Umha solidariedade que reconhece que os nossos presos e presas som luitadores políticos, que sabe que este regime nom é digno de se considerar umha democracia e que entende que, por cima de siglas e afinidades políticas, por cima de posicionamentos tácticos, existe umha ideia básica: que nengum galego ou galega deve estar em prisom nem ser dispersado por defender a Terra, por opor-se aos desígnios dos mercaderes que espoliam o nosso território, por luitar com todas as consequências contra a exploraçom do nosso povo… Companheiros e companheiras, berrai com nós: Vivam os presos e presas políticas galegas! Viva Galiza ceive!