Dous obreiros de Trasancos podem ingressar em prisom acusados de “atentado contra cargo público” na pessoa de Juan Fernández

O cárcere volve pairar como umha possibilidade sobre o futuro imediato de dous trabalhadores e militantes independentistas. Nesta ocasiom, trata-se de dous companheiros da comarca de Trasancos acusados dum suposto “atentado contra cargo público” na pessoa do político, empresário, ex militar e, na altura dos factos, primeiro tenente de alcalde de Ferrol, Juan J. Fernández García. Os factos datam de 14 de Setembro de 2004, quando o ex concelheiro da direitista IF se personava numha mobilizaçom contra a privatizaçom de Izar e a reduçom de empregos na factoria e a sua presença era repudiada por dezenas de trabalhadores. Os operários de Izar recriminárom nesse dia a Juan Fernández a sua presença cínica na mobilizaçom, produzindo-se apupos e um lançamento maciço de ovos contra a sua pessoa. Agora, a acusaçom particular assegura que o operário A. M. P. R. teria esmagado um ovo na cabeça do empresário para além de propinar-lhe umha punhada no rosto. Outro militante que nom foi citado está imputado também neste processo. Todos os factos relacionam-se com o remate da manifestaçom de Izar na Praça de Armas, ante o Paço Municipal. Recordamos que, dos sete operários imputados inicialmente, apenas dous serám processados. Significativamente, ambos som militantes independentistas muito conhecidos na comarca. Advogados de Fernández solicitam encarceramentos A gravidade das petiçons da acusaçom particular para ambos militantes é notória: enquanto para o companheiro que nom foi citado os advogados de Juan Fernández solicitam 4 anos e seis meses de prisom e a Fiscalia se inibe, para A. M. P. R. a petiçom da acusaçom particular é de 5 anos e meio e de 2 anos no caso do ministério fiscal. De aceitar-se por parte do Julgado nº 2 de Ferrol quaisquer destas petiçons em ambos casos os militantes ingressariam automaticamente em prisom. Cada processo político-judicial deve converter-se numha denúncia pública da repressom que active solidariedades e evidencie o modelo de Estado profundamente repressivo face o que caminhamos. Trata-se do nosso ponto de vista dum novo caso de exemplarizaçom repressiva no que, à condiçom pública de independentistas dos dous acusados, absolutamente determinante num Estado em que se penaliza judicialmente as pessoas polo que “som” na vez de polo que “fam”, soma-se o facto de o ‘damnificado’ ser um político, um empresário e, na altura dos acontecimentos, um alto representante municipal, que ainda hoje dispom de excelentes contactos na institucionalidade e os meios de difusom. Multiplicaçom de processos penais contra os trabalhadores galegos Queremos assinalar aliás que o caso de repressom contra os dous trabalhadores de Trasancos de nengum modo é isolado ou esporádico. Como denunciamos nas últimas semanas, perto de cem (96) operários do Metal e a Construçom da ‘provincia’ de Ponte Vedra enfrentam agora mesmo processos penais de diversa magnitude pola sua participaçom nas mobilizaçons de ambos sectores nos últimos tempos. Penaliza-se em todos os casos a participaçom e a contundência obreira nas mobilizaçons e reivindicaçons, a resposta auto-defensiva à violência policial, a negativa a obedecer as directrizes de agentes dos corpos repressivos, etc. tratando de definir pola via punitiva os marcos nos que nom é tolerada a mobilizaçom social e laboral. Queremos destacar neste sentido a contundência repressiva com a que se está a conduzir o subordinado de Manuel Ameijeiras em Ponte Vedra, Delfín Fernández, com umha multiplicaçom de processos repressivos que nom encontra 62raçom em todo o território nacional e que afecta já nom só os trabalhadores, mas a todo o tecido associativo nom vinculado às redes institucionais. Mobilizaçom solidária A citaçom judicial para o militante independentista A. M. P. R. colocou-se para esta quinta-feira 29 de Maio às 10:00 h. da manhá nos Julgado nº 2 de Ferrol. Com motivo do processo repressivo companheir@s de militáncia, trabalhadores e sindicalistas concentrarám-se a partir dessa hora no edifício judicial para exigir a liberdade sem cargos de ambos cidadáns galegos e denunciar o carácter político-repressivo do processo. De Ceivar chamamos aquelas pessoas que podam deslocar-se a Ferrol a participar na contestaçom a este novo juízo desde a consciência de que nom podemos permitir a ‘normalizaçom’ ou conversom em mero trámite administrativo de factos repressivos como os que estamos a enfrontar nos últimos anos nos que a hipótese do cárcere desponta a cada mais com umha possibilidade para quem luita, protesta e se mobiliza polos seus direitos. A REPRESSOM NOM NOS CALARÁ! ADIANTE A LUITA D@S TRABALHADOR@S DE IZAR! SOLIDARIEDADE COM OS RETALIADOS!