Polícias espanhóis fracassam ao tratar de identificar voluntári@s de Ceivar no 1º de Maio viguês

A chamativa intervençom programada por Ceivar nas mobilizaçons do 1º de Maio para transmitir aos trabalhador@s vigues@s a demanda de repatriaçom d@s pres@s independentistas e a denúncia da repressom nom passou desapercevida para os profissionais desta. Organizando um espectacular desdobramento, oito agentes da Polícia espanhola rodeavam e tratavam de identificar cinco militantes e voluntári@s de Ceivar que, vestidos com macacos de trabalho e com os rostos cubertos por carautas com a boca fechada pola bandeira espanhola, despregaram umha faixa na confluência das ruas Colom e Garcia Barbom. O desdobramento de efectivos produzia-se trás passar as mobilizaçons de CUT e CGT, primeiro, e de CCOO e UGT, depois, e antes de a mobilizaçom da CIG percorrer o centro de Vigo. Os polícias exigírom a documentaçom a@s retid@s, demandando est@s explicaçons polo tratamento selectivo e arbitrário. A resistência a identificar-se sem a negativa explícita a faze-lo e, portanto, a prolongaçom do trámite, derivárom em que progressivamente se concentrassem pessoas arredor do ‘incidente’, increpando estas aos agentes pola atitude mantida e denunciando a arbitrariedade e o carácter político da medida. Perante esta situaçom, @s identificad@s, sem negar-se em nengum momento a entregar finalmente a documentaçom, começárom berrar ‘Liberdade de Expressom!’ ganhando a atençom da rua e de outr@s manifestantes que se retiravam trás finalizar os actos respectivos. O ‘barulho’ gerado provocava em poucos minutos que dezenas de pessoas se arremuinhassem na rua para presenciar a incidência. Minutos depois, e ante a situaçom de conflito colectivo que se estava a criar, os efectivos da Polícia espanhola renunciavam a fazer as identificaçons e dessapareciam rapidamente da cena nos seus veículos. Identificaçom obrigatória Embora a exigência da documentaçom por parte de agentes policiais deve responder à comissom dum ‘delito’, ou à existência de ‘indícios de delito’ nas proximidades donde se produz a identificaçom, a prática habitual é que estas sejam arbitrárias e selectivas e, quando tenhem o carácter político da presente –actualizar os ficheiros policiais de activistas-, nom se justifiquem de nengum modo. Contodo, o método de pressom policial selectiva é “legal”, dado que ninguém se pode negar a identificar-se se um agente lho solicitar e a negativa a entregar a documentaçom é qualificável como “resistência” ou “desobediência à autoridade”, sendo motivo de processamento e sançom. Contodo, ainda sendo o marco legal totalmente favorável aos agentes, existem circunstáncias como a descrita em que umha oposiçom medida a aceitar o controlo, sem negativa expressa, pode invertir a situaçom. Dizer aliás que a nom-aceitaçom da exigência policial deriva frequentemente na conduçom a dependências policiais e a colocaçom d@ detid@ num cenário de impunidade absoluta. Contodo, perguntar sobre a causa da intervençom, solicitar as razons da identificaçom, etc. pode provocar em circunstáncias favoráveis umha reacçom como a do 1º de Maio em Vigo e desanimar os profissionais do controlo dos seus objectivos. Demonstra-se, se generalizamos o caso, que um dos maiores temores da repressom é fazer-se visível e provocar solidariedades alheias a quem som alvo directo da mesma.