Umha marcha contra a repressom penitenciária deslocará-se este sábado até Teixeiro

Convocada pola Comissom de Denúncia da Galiza e aberta a todo o tipo de colectivos e associaçons, umha marcha contra a tortura, os mal-tratos e a repressom penitenciária despraçará-se este sábado até o macrocárcere de alta segurança da Paradela (Teixeiro). Trata-se da sexta ediçom desta iniciativa começada em 2000. O ponto de saída da marcha será a gasolineira dos Morangueiros, situada a 2.5 quilómetros do centro penitenciário. A organizaçom do acto fretará um autocarro que partirá de Compostela às 10:30 da manhá e se deslocará até o ponto de saída da marcha. Os bonos podem-se mercar ao preço de 6€ ligando para o telefone 665 516 086 ou na Casa Encantada (981 558932), o Bar Tolo e o pub Embora. De outras localidades as organizaçons participantes organizarám caravanas de carros para deslocar-se até Os Morangueiros. A Comissom de Denúncia da Galiza de que parte a iniciativa foca a sua intervençom à denúncia sistemática da tortura e os mal-tratos ocasionados por funcionários policiais e penitenciários do Estado espanhol nos distintos centros de detençom e reclusom. A marcha à prisom de Teixeiro produz-se num momento em que a massificaçom dos cárceres da CAG alcança níveis desorbitados, excendendo –segundo informes da corporaçom amarela Acaip- a sua capacidade em 45%, é dizer, existem 4245 pessoas presas enquanto os seis cárceres da CAG estám desenhados para alojar apenas 2918. É também significativo o facto de que, desde 2000 –ano em que se inicia a celebraçom da marcha- até hoje, a populaçom penitenciária na Galiza administrativa tem aumentado em 67.92% passando de 1717 pres@s aos 4245 actuais e multiplicando-se por onze o número de pres@s ‘estrangeir@s’ –entendendo por tais os que som de fora do Estado espanhol-, embora a imigraçom é notavelmente menor na Galiza, a ‘taxa de delinquência’ é 20 pontos por baixo da meia estatal e devido a que Madrid ‘descongestiona’ outros cárceres dispersando populaçom penitenciária, entre outras, para as prisons situadas na Galiza. Para ‘solventar’ esta situaçom, o Executivo que preside Rodríguez Zapatero prevé a construçom de quatro novos macrocárceres situados todos fora da CAG. As reivindicaçons das corporaçons Acaip e CCOO apontam também à criaçom de mais centros penitenciários e o alargamento dos quadros de carcereir@s, alimentando umha espiral em que, frente à agudizaçom das contradiçons sociais e a extensom da exclusom social -25% d@s galeg@s vivendo sob o ‘umbral da pobreza’, segundo o IGE-, a penalizaçom e prisionizaçom da pobreza aparecem como únicas alternativas. Enquanto, a directora geral de ‘Instituciones Penitenciarias’ Sra. Mercedes Gallizo limitava-se o passado mês de Outubro a afirmar publicamente numha visita ao centro penitenciário de Pereiro de Aguiar que “é óbvio que nom podemos por o cartaz de ‘completo’ e que quando um juíz decide que alguém tem que estar privado de liberdade, o nosso dever é acolhé-lo” (sic).