O recebimento nacional foi organizado por Ceivar o passado sábado na compostelá praça do Toral. Por volta dum cento de pessoas receberam o patriota galego excarcerado a passada segunda-feira depois de quase cinco anos de cativeiro e dispersom. O acto desenvolveu-se sob umha intensa chúvia que nom logrou nublar o gozo do momento. Nele interviram Pili González em representaçom da Plataforma Que Voltem a Casa, a ex-presa independentista Xiana G. Rodrigues, o portavoz nacional de Ceivar Óscar Gomes e o preso independentista Sánti Vigo, este último através dumha gravaçom telefónica. Em último lugar tomou a palavra o próprio Ugio Caamanho para agradecer todo o apoio recebido e disertar sobre o esmorecimento ao que se vê submetido o País e a importáncia do independentismo no combate destas tendências e na contruçom nacional com o guieiro do nosso passado mais digno e combativo.
O recebimento tivo continuidade com umha ceia-convívio
A seguir reproduzimos na íntegra a intervençom do portavoz nacional de Ceivar:
Companheiros e companheiras, amigos e amigas,
Sempre é umha ledícia poder anunciar e saudar a excarceraçom dum patriota galego, dum companheiro. Som esses momentos nos que sentimos que recuperamos colectivamente algo que nos arrebataram. Efectivamente, um dia de julho arrebataram-nos um deses galegos e galegas que ao longo da história venhem fazendo frente desde a entrega vital e o firme compromisso militante, a umha realidade secular de opressom e violência estrutrual contra o nosso povo. Um desses homes e dessas mulheres que venem escrevendo alguns dos capítulos mais dignos e coerentes da nossa luita de libertaçom.
Mas momentos destes ai-vos poucos e som efímeros companheiros. O dia a dia do conjunto da resistência nacional do movimento obreiro e dos movimentos populares é umha constante corrida de obstáculos, na que a repressom em distintas formas se destaca cada vez mais. De Ceivar devemos insistir pois na importáncia de que cada um e cada umha de nós, nas variadas formas que existem, e além de militanças e filiaçons, acheguemos o nosso grao de areia na construçom e mantimento desta estrutrua anti-repressiva que se demostra quase imprescindível na luita contra esta legalidade opressiva, de exploraçom e injustiça.
Congratulamo-nos e saudamos a excarceraçom de Ugio depois de quase cinco anos de cativeiro, dispersom e adversas condiçons penitenciárias. Contudo a nossa mente está com os patriotas galegos que ainda continuam presos nos cárceres espanhois, com os perseguidos e perseguidas, com os repressaliados e repressaliadas. Neste senso a solidariedade activa e o apoio som a melhor ferramenta para lhe fazer frente as políticas penitenciárias aplicadas aos patriotas presos na procura do seu debilitamento físico e psíquico. Lembrade, umha carta, um postal, umha visita por muito longe que estiver, e abofé, umha atitude de compromisso coa Naçom de todos e cada um de nós, contribuem ao sustento moral, sobretudo, naqueles momentos mais difíceis e duros.
Porque todos aqueles e aquelas que nos reclamamos defensores da libertaçom nacional e social da Galiza, além de tácticas e estratégias, de ritmos e condicionantes, temos a obriga política e moral de exercermos a solidariedade activa frente à repressom política e de reconhecermos a legitimidade da luita aberta na defesa do País.