‘Antidistúrbios’ identificam activistas da campanha eleitoral de II-SP que colocavam umha faixa “por se provocam acidentes”

A campanha eleitoral na capital continua salpicada de incidentes repressivos que delatam a aplicaçom dum critério político de silenciamento e perseguiçom da dissidência nacionalista por parte das FSE. Se antonte denunciavamos a retirada policial de faixas de II-SP, nesta manhá temos que informar de que efectivos ‘antidistúrbios’ da Polícia espanhola tomavam os dados a dous activistas da campanha eleitoral de Iniciativa Internacionalista que colocavam umha faixa com a legenda ‘Iniciativa Internacionalista. Vota onde mais lles doe!’. A identificaçom aconteceu nas proximidades do Polígono do Tambre. Segundo informam testemunhas presenciais, a parelha de ‘antidistúrbios’ personou-se numha das pontes que cruzam a N-550 à altura do polígono industrial quando os activistas de II-SP seguravam a faixa. Interpelados sobre a razom da identificaçom, os polícias afirmárom que “nom responde a nengumha perseguiçom” porque “vivemos num país livre” (sic). Contodo, tomárom nota do texto e argumentárom que a captura dos dados pessoais dos identificados realizava-se “por se algum condutor denuncia um acidente por causa desta faixa” (?), umha circunstáncia da que nom se conhece um só exemplo prático ao largo de décadas nas que as pontes de estradas e auto-estradas som utilizadas como suporte para a comunicaçom política. É mais: segundo é quase um protocolo, este tipo de identificaçons venhem acompanhadas de sançons administrativas emitidas desde a ‘Subdelegación del Gobierno de España’, que é também a instituiçom que resolve finalmente os recursos contra a imposiçom destas multas. Ajuda a perceber ainda mais, se calhar, a evidência da repressom política selectiva o facto de que o `Partido Popular’ tenha colocado faixas eleitorais nas pontes de acesso a Compostela sem que estas fossem retiradas nos últimos dias. Estratégia de desgaste Para além do circunstáncial desta incidência, por parte das FSE na capital aplica-se desde há anos umha estratégia que visa como objectivo último fazer impraticável a rua a nível informativo para os movimentos populares. Assim, além da ordenança municipal que proibe e sanciona a colocaçom de faixas, o emprego de megafonia, os murais e o mero reparto de folhas informativas, distintos corpos policiais identificam e denunciam sistematicamente ante a Justiça e/ou a ‘Delegación del Gobierno de España’ @s infractores da citada normativa municipal. Cada ano, resultam desta política repressiva dezenas de sançons económicas, arrestos domiciliários e, incluso, esporadicamente, penas de privaçom de liberdade em prisom. Esta estratégia policial, judicial e municipal de desgaste imposta ao tecido associativo local desde o ‘Consejo Local de Seguridad’ visa, em última instáncia, forçar a umha renúncia colectiva ao emprego dos espaços públicos como ámbito de comunicaçom social e ‘normalizar’ o mutismo desses espaços. De facto, o carácter sistemático da estratégia logrou, quando menos, umha certa criminalizaçom do trabalho informativo e que os sectores sociais mais sensíveis à judicializaçom da sua intervençom e à repressom económica renunciem, “de motu propio”, à presença na rua, orientando assim o seu comportamento na direcçom marcada pola pressom governamental, policial e judicial. De Ceivar achamos que os movimentos sociais locais devemos ser firmes à hora de nom ceder ante esta estratégia que procura arrecunchar-nos e aprofundar na construçom dum modelo policial e turistificado de cidade onde qualquer expressom de dissidência social e política se constranja ao ámbito do privado e o residual. DEFENDAMOS A LIBERDADE DE EXPRESSOM!