Diário ‘El País’ coloca no ponto de mira da ‘Audiencia Nacional’ cidadáns galegos e organizaçons políticas autodeterministas

O tratamento noticioso do independentismo galego é um subgénero informativo onde a lei do ‘Todo vale’ está mais à ordem do dia do que em qualquer parte. Os jornalistas que elaboram informaçom referida ao MLNG e os grupos empresariais de comunicaçom que a distribuem maciçamente desfrutam dumha patente de corso que os libera de quaisquer responsabilidades penais. Rigor e veracidade som qualidades prescindíveis à hora de tratar informativamente a questom e som legiom os que se apontam ao subgénero. Elisa Lois parece ser umha dessas profissionais da comunicaçom de massas que recala agora na fácil tarefa de colocar ideias e organizaçons no ponto de mira da repressom e de construir estados de opiniom que alentem, justifiquem e arroupem futuras operaçons policiais e judiciais contra propostas e projectos que tenhem a liberaçom nacional da Galiza como cerne. Habitualmente próxima da ‘Guardia Civil’ devido às tarefas profissionais que desempenha na ediçom para a Galiza do diário ‘El País’ –notícias sobre narcotráfico, especialmente relativas à Ria de Arousa; casos de corrupçom no instituto armado espanhol, sucessos, etc.-, Elisa Lois cubre também regularmente a informaçom que o jornal espanhol dedica ao fenómeno independentista ilegal ‘resistência galega’. Jornalista vinculada no seu dia a ‘El Mundo’, Prémio Ortega y Gasset e assalariada do diário ‘El Correo Gallego’, onde é gratamente recordada pola direcçom do grupo, Elisa Lois obsequiava onte os leitores galegos do diário de Prisa com um artigo de opiniom titulado ‘Resistencia Galega, un grupo fantasma’. O texto, apesar de estar introduzido como ‘notícia’ na secçom de Galiza, é umha colecçom de despropósitos, acusaçons gratuitas e tentativas de criminalizar um pensamento político e as estruturas organizativas que respondem a este dando aval a hipotéticos operativos policiais e judiciais. Assi, segundo Elisa Lois, que alude em todo momento a fontes dos serviços de informaçom do instituto armado espanhol e “expertos antiterroristas”, o fenómeno político ilegal que se conhece mediática e popularmente como ‘resistência galega’ “é um ente abstracto sem estrutura nem infraestrutura”. No entanto, este carácter inorgánico nom seria obstáculo, segundo Lois, para que tratasse de “recompor as correntes ideológicas afins ao independentismo mais fundamentalista” (sic) e acreditasse que “colocar bombas é umha saída para lográ-lo”. Criminalizaçom do MLNG Apesar da vocaçom inorgánica atribuida à ‘resistência galega’, que foi exprimida no seu dia através dum Manifesto que circula livremente por Internet, esta seria, simultaneamente, um “frustrado intento de ser reconhecido como grupo activista-terrorista”. A contradiçom parece evidente, mas nom supom qualquer problema. Por outra parte, Elisa Lois nom se limita a fazer de porta-voz dumhas supostas fontes expertas, senom que vai para além e crava os dentes no que é o alvo real da sua ‘informaçom’: o movimento independentista nacional. A este respeito, a jornalista de ‘El País’ assegura que os serviços de informaçom “detectárom (sic) polo menos três intentos de reunificaçom do chamado Movimento de Liberaçom Nacional Galego”, ao que caracteriza como “um mosaico de siglas no que se integra a canteira da asa mais extremista do independentismo” esquecendo que sectores independentistas do BNG também se reclamam parte do MLNG. Deixemos à parte que os processos unitários dos últimos anos fossem públicos e legais, polo que a sua “detecçom” polos serviços de informaçom, e por qualquer pessoa interessada, teria sido relativamente fácil. Contodo, Lois volve ir além e situa a constelaçom nom articulada de entidades e indivíduos que conformamos o MLNG no ponto de mira da ‘Audiencia Nacional’ quando afirma que “os planos dos que promovérom a reunificaçom eram criar RG como braço armado do MLNG”. De ser certa a acusaçom e estando em pleno vigor da ‘Doctrina Garzón’, centos de pessoas teriamos que seguir o caminho dos cidadáns bascos e bascas processados e presos no sumário 18/98. Pessoas concretas no ponto de mira Dado que “os que promovérom a reunificaçom”, como diz Lois, aparecérom no seu dia em fotos publicadas em multidom de jornais e páginas web, a jornalista está a deitar sobre estas pessoas umhas graves acusaçons que no actual Código Penal se punem com condenas de vários anos de prisom. Nom contenta, a assalariada do Grupo Prisa concreta ainda mais o assinalamento e assegura que o Processo Espiral, as Bases Democráticas Galegas e a actual Causa Galiza, umha iniciativa de trabalho conjunto em favor da socializaçom do direito de Autodeterminaçom e contra a via estatutista, que incorpora o nacionalismo nom autonomista, fôrom e som sucessivas tentativas de “criar RG como braço armado do novo MLNG”. Em referência à iniciativa social e política Causa Galiza, Elisa Lois afirma que “neste momento pujo-se em marcha um terceiro movimento” –Causa Galiza- com os mesmos objectivos subversivos ilegais que atribue ao Processo Espiral e às Bases Democráticas Galegas. Resulta chamativo que, procurando uns objectivos como os que aponta ‘El País’, as convocatórias dos participantes neste “terceiro movimento” sejam públicas e abertas e, incluso, que se comuniquem através de Internet. No entanto, todo se explicaria finalmente porque “a colocaçom das olas a pressom com explosivos de fabricaçom caseira contra interesses urbanísticos” seriam umha estratégia “para forçar a reunificaçom”. Esta é a política informativa do Grupo Prisa e da totalidade dos grupos empresariais de comunicaçom para o tratamento do independentismo galego.