Forte pressom policial sobre as pessoas que esta noite denunciárom a detençom do independentista P. M.

A detençom do militante independentista P. M. na noite de onte, acusado de ‘danos’, dessatou umha importante solidariedade na capital galega, dado que o detido é muito conhecido publicamente pola sua implicaçom activa no movimento juvenil. As forças policiais aproveitárom mais umha vez a ocasiom para demonstrarem a restriçom absoluta a que está submetido o exercício das liberdades democráticas para aquelas pessoas que ‘ousam’ fazer uso das mesmas. Desde primeira hora da noite, a compostelana Rádio Kalimera dava a notícia da detençom de P. M., vizinho de Compostela, militante independentista e pessoa muito activa no movimento juvenil local. Enquanto a informaçom se estendia em ámbitos nacionalistas e juvenis, um numeroso grupo de pessoas voluntárias acodiam ao local nacional de Ceivar para participar na denúncia desta última detençom política. As forças policiais mantivérom um seguimento continuado sobre o flujo de pessoas que acodiam à nossa sede nacional procedendo a sucessivas identificaçons arbitrárias. Assi, por volta de quinze pessoas eram identificadas nesta noite no casco histórico, a paróquia de Bertamiráns e o cámpus norte da USC quando realizavam colagens de cartazes informativos. Efectivos da Polícia local da capital galega procedima a ‘requisar’ todos os cartazes portados por um grupo de pessoas solidárias quando estas se dispunham a iniciar o seu trabalho. Algo similar aconteceu em Bertamiráns onde, também com um governo municipal de coligaçom PSOE-BNG, cinco pessoas fôrom identificadas por efectivos da Polícia local de Ames. Um terceiro grupo foi localizado nas imediaçons da nossa sede nacional e identificado também gratuitamente embora nom portava qualquer material para desenvolver o trabalho informativo desenvolvido. Umha jovem é identificada “por se levava cartazes da AMI” O despregamento policial destinado a invisibilizar a denúncia desta nova detençom política e actualizar o recenseamento de pessoas solidárias foi intenso no casco histórico compostelano durante esta noite. Paradoxal resultou o caso dumha amiga do detido que foi identificada por agentes da Polícia municipal para comprovar “se levava cartazes da AMI” (?). A exposiçom do ‘motivo’ da identificaçom é surpresiva já que indica que os efectivos locais estám a tratar a organizaçom juvenil independentista como umha organizaçom ilegalizada de facto, embora nengum juíz ou juíza se tenha posicionado ao respeito e a AMI poda desenvolver ‘com normalidade’ o seu trabalho político e social. Segundo informam pessoas solidárias que realizárom o labor informativo desta noite, a onipresença de polícias uniformados e à paisana foi a tónica, junto às identificaçons, as ordens de “nom colar mais cartazes” –sancionadas com um juízo “por desobediência” no caso de se incumprir-, as carreiras, etc. Contodo, nada impediu que as localidades do Milhadoiro, Bertamiráns, Calo, Cacheiras e a própria Compostela amanecessem hoje inzadas de cartazes e pintadas nas paredes onde se exigia a imediata liberaçom do militante galego. Reflexom de fundo Os sucessos repressivos da passada noite ponhem mais umha vez em evidência a forte pressom policial a que se encontra submetida a militáncia independentista e os círculos sociais de denúncia da repressom na capital galega, traduzida num permanente estado de excepçom de baixa intensidade onde o exercício de direitos fundamentais se encontra em suspenso para os sectores da populaçom que teimam, frente a um ronsel de identificaçons policiais, detençons, juízos e sançons económicas e penitenciárias, em fazer uso dos mesmos. Nada novo, portanto, a nom ser a extensom desta prática ao governo ‘socialista’-‘nacionalista’ de Ames que, apesar de que se vem destacando há anos na repressom da liberdade de expressom, porá em andamento a partir de 1 de Janeiro umha nova normativa local que coloca na ‘ilegalidade’ o exercício da liberdade de opiniom e expressom. Por outra parte, a detençom de M. P. enquadramo-la na tentativa da Delegaçom do Governo espanhol na CAG, que preside o também ‘socialista’ Manuel Ameijeiras Vales, de envolver o independentismo organizado numha dinámica restritamente anti-repressiva, encausando dúzias de militantes, forçando a um importante gasto económico na defesa d@s mesm@s e dirigindo o grosso da actividade política para os labores de autodefesa e denúncia. Nom podemos obviar tampouco que a pressom policial a que som submetidas aquelas pessoas que se aproximam do trabalho anti-repressivo tem o único objectivo de fichar, intimidar e condicionar o abandono da solidariedade. Finalmente, de Ceivar valorizamos muito positivamente a ampla resposta desenvolvida perante a presente espiral repressiva, já for nas detençons e violência policial do passado dia 21, já for na detençom acontecida na noite passada. Consideramos que este é o caminho a seguir e reforçar fazendo ouvidos surdos a quem nom tenhem mais que oferecer a este País que mediocridade, renúncia e a repressom de quem nom se pregue ao nom-futuro que desenham para o nosso povo. Este organismo anti-repressivo chama explicitamente a potencializar a linha de trabalho anti-repressiva e a que cada quem, na medida dos seus meios e possibilidades, colabore com Ceivar na condiçom de voluntári@ ou militante. Pendente da posta a disposiçom judicial O companheiro P. M. passou a noite nos calabouços da Polícia espanhola na capital galega, esperando-se que seja posto a disposiçom dum magistrado ou magistrada antes do meio-dia de hoje. Com o objectivo de presionar para a imediata liberaçom do jovem independentista, está convocada para as 11:00 h. da manhá umha concentraçom sob a legenda ‘NAHUEL LIBERDADE. A repressom nom nos calará’ que se prolongará até a saída de P. M. dos julgados de Fontinhas. Apontar, finalmente, que coincidindo com a detençom do militante galego, o nosso web experimentava na noite de onte um notável aumento de visitas indicativo de como o trabalho anti-repressivo na rede se está a fazer, progressivamente, um local de referência para todo o que tem a ver com a persecuçom policial, judicial e mediática do Movimento de Libertaçom Nacional Galego.