Ministério Fiscal solicita apertura de diligências investigatórias contra detida por um acto contra a “Delegación del Gobierno en Galicia”

No mês passado produzira-se umha acçom de protesto contra a “Delegación do Goberno” espanhol na Galiza, sita na Corunha, para protestar contra a dispersom d@s pres@s independentistas galeg@s (vid. https://www.ceivar.org/principal.php?pagina=nova&id=443). Entanto @s activistas solidári@s abandonavam já o lugar da acçom, umha pessoa fora detida por agentes da “Policía Nacional”, acusada de participar nela. Após 12 h de reclusom durante as quais passou por várias dependências policiais, a detida foi liberada e citada para um posterior juízo nos tribunais corunheses, antes do qual apresentou nos mesmos unha denúncia por detençom ilegal, e mais polas chantagens e vulneraçom de direitos sofridas durante essas 12 h. de detençom, a saber: interrogatórios ilegais, sem presença da advogada; pressons psicológicas para obterem dela umha declaraçom auto-inculpatória, com ameaças de prolongar a detençom 2 dias em caso de negativa a declarar; audiçom do hino fascista “Cara al sol”; proibiçom, durante várias horas, de ingerir alimentos e de poder sentar; ameaças de proceder a investigar eventuais antecedentes infractores da detida para, “si no hay motivo por los incidentes de hoy, ya te averiguaremos algo por lo cual te quedes aquí detenida hasta el lunes” (sic); pretensom de que a detida assinasse umha acta em que se registravam dados falsos sobre o momento da sua posta em liberdade, sob a coacçom de “consignaremos entonces que te niegas a firmar el acta de tu puesta en libertad” (sic), etc., etc., para além do presenciamento de ameaças de maus tratos, por parte dos polícias, a outros detidos que se atopavam na esquadra. Enquanto o organismo anti-repressivo Ceivar celebrava umha concentraçom em solidariedade coa encausada, perante os Julgados da Corunha, no seu interior o Ministério Fiscal pedia o aprazamento da vista, para possibilitar a ampliaçom do processo contra a detida; ampliaçom que se concreta numha solicitude de prática de provas da qual a nossa 62 de redacçom acaba de ter conhecimento, e que a todas luzes se pode qualificar como umha tentativa arbitrária e parcial de incriminaçom, dado que a Fiscalia pensa solicitar da “Dirección Xeral de Patrimonio” da “Xunta de Galicia” umha possível catalogaçom do edifício “como bem histórico, cultural, artístico ou monumental” (vid., para contrastar, a fotografia da Delegaçom em https://www.ceivar.org/principal.php?pagina=nova&id=443), além de demandar mostras do A.D.N. da detida para a sua análise pola Brigada da Polícia Científica. Denunciamos tamém que a parte acusadora desatendeu os iniciais informes periciais sobre o estado em que ficou a fachada da Delegaçom após o acto reivindicativo, segundo os quais o impacto da pintura na mesma causara um desperfeito menor de 400 E (tipificado, portanto, como simples “falta”), e solicitou da empresa CESPA S.A. um informe segundo o qual as desmelhoras ascenderiam a 622.12 E; deste modo, a acusaçom aumenta a consideraçom dos supostos danos da categoria de “falta” à de “delito”, que, caso de prosperar a surrealista petiçom da Fiscalia à “Dirección Xeral de Patrimonio”, se tipificaria como “danos contra o património histórico”, castigados com penas de prisom de 1 a 3 anos no Código Penal espanhol. Da nossa óptica, a valoraçom dos supostos danos realizada por CESPA S.A. é totalmente parcial e interessada, dado que, como empresa concessionária do serviço municipal de limpeza do concelho corunhês, obtém claros interesses económicos quanto maior for a quantia das facturas apresentadas à Cámara da Corunha. É a suma de todas estas arbitrariedades na acusaçom a que nos leva a valorar que a pretensom última dos tribunais e instituiçons é aplicar castigos exemplarizantes,mediante juízos irregulares de motivaçom claramente política, que dissuadam da realizaçom de actos em solidariedade co(a)s pres@s independentistas.