Guarda Civil detém um militante independentista em Ourense dentro da ‘Operación Castiñeira’

A ‘Operación Castiñeira’ continua aberta. Às 7:30 h. da manhá de hoje era detido em Ourense o militante independentista e responsável da Associaçom Cultural A Esmorga R. L. Q. A detençom do patriota galego produzia-se quando saia do portal da sua morada em direcçom à fábrica téxtil em que trabalha. L. Q. foi abordado por vários agentes da Guarda Civil à paisana que o conduzírom até o quartel de Sta. Marinha na cidade do Minho. A detençom do jovem enquadra-se dentro do operativo policial conhecido como ‘Operación Castiñeira’, iniciado publicamente o passado 14 de Novembro com o sequestro de dez militantes e colaborador@s da AMI e a sua transferência à Direcçom Geral da Guarda Civil em Madrid. Lembramos que este operativo continua aberto e, portanto, é possível que se pratiquem jos_content detençons nas próximas semanas ou meses. Trece pessoas fôrom detidas e processadas até ao momento em toda a Galiza em relaçom a esta vaga repressiva que argüe que a formaçom juvenil AMI é umha “associaçom ilícita” e vincula @s militantes que a integram com a prática do “terrorismo”. R. L. Q. passou toda a manhá nas dependências militares, onde foi interrogado por agentes do instituto armado espanhol a respeito das suas actividades políticas e sociais, a sua pertença a organizaçons vinculadas ao MLNG, o trabalho político de determinados militantes de diferentes comarcas do País, etc., demonstrando-se, mais umha vez, o carácter puramente político da operaçom e o alto conhecimento que o corpo repressivo maneja sobre a actividade independentista. Dá-se a ‘casualidade’ de que o detido é, além de ex militante da AMI, membro do Centro Social a Esmorga e responsável da associaçom cultural que dinamiza o local ourensano recentemente precintado por ordem municipal. R. L. Q. fora detido, agredido e acusado pola Polícia espanhola em Dezembro de 2002 por ‘desordens públicas’ e ‘danos’ trás participar na primeira mobilizaçom nacional contra a maré negra. No entanto, o processo judicial de que foi objecto determinou a sua exculpaçom de todos os cargos imputados. Estado de excepçom permanente O jovem independentista saia em liberdade por volta da 1:45 h. trás negar-se a responder o interrogatório político a que foi submetido. O tratamento recebido em todo o momento foi genericamente ‘correcto’, sem produzir-se qualquer tipo de agressom física. Um advogado ligado a Ceivar trata de conhecer a esta hora os diferentes estremos da detençom –órgao judicial ou policial que a ordena, existência ou nom de cargos contra L. Q., cumprimento das formalidades legais no processo, etc.-, embora no momento de publicar-se a informaçom nom temos dados mais concretos sobre estes aspectos. O que si se evidencia, no entanto, é a continuidade da ‘Operación Castiñeira’ trás mais de 6 meses do seu início público. O facto de que o sumário relativo à vaga repressiva permaneza aberto preanuncia a possibilidade de jos_content detençons como as ocorridas em Vigo, Ames, Lugo, Ourense, Compostela e Ferrol até ao momento. Por parte do nosso organismo queremos denunciar, especialmente, além da vaga repressiva em si, o ‘estado de excepçom’ permanente a que se encontram submetidas neste momento dezenas de pessoas em toda a naçom e a imposiçom dumha ameaça fáctica e permanente de detençom. Assinalar, aliás, a este respeito, como se está a produzir a intervençom das comunicaçons electrónicas privadas de dezenas de independentistas; a prática de seguimentos policiais permanentes ou esporádicos; a vigiláncia às portas dos centros de trabalho; os ‘interrogatórios’ informais à vizinhança de militantes, que nom tenhem por objecto conseguir informaçom, mas criar um clima de alarme social no contorno diário das pessoas ‘investigadas’; a tiragem ilegal de fotografias por parte de agentes à paisana sobre cidadáns e cidadás galegas cujo único ‘delito’ é o seu compromisso quotidiano na construçom nacional, a luita polo direito de Autodeterminaçom e o rechaço da via autonomista, etc., etc. Embora é evidente que estas práticas continuarám produzindo-se apesar do seu carácter anti-democrático, nom renunciaremos a fazê-las públicas em todo o momento e em toda a parte para demonstrar, se é que tal for ainda preciso, que nom vivemos numha democracia nem sequer em termos puramente formais, e que, trás 25 anos de Autonomia em Espanha, ser activa e publicamente um ou umha militante do MLNG segue sendo motivo de controlo policial e repressom. Interessa-nos, particularmente, incidir em que a imposiçom dum constante estado de excepçom de baixa intensidade é, além dum correcto diagnóstico do que está a acontecer, a realidade vital e diária que suportam dezenas de galeg@s, simplesmente por nom aceitar a condiçom do nosso País como Comunidade Autónoma espanhola e rechaçar a via estatutária. Escalada repressiva Do trabalho anti-repressivo resulta evidente que a vaga repressiva que afecta o nacionalismo nom institucionalista nos últimos meses nom atinge apenas à AMI –formaçom juvenil processada como ‘associaçom ilícita’-, mas o conjunto da actividade social, política e cultural coerentemente patriótica. Assim, destacamos em primeiro lugar a imposiçom da ilegal dispersom penitenciária a Ugio Caamanho e Giana Gomes, amb@s em prisom preventiva nos cárceres de Cáceres e Ávila; o encerramento do local social A Esmorga; a continuidade da repressom da liberdade de expressom com sançons económicas, juízos e identificaçons, como as acontecidas recentemente com membros da Associaçom Cultural O Pichel; a indefensom jurídica em que se encontram neste momento as trece pessoas processadas na ‘Operación Castiñeira’, umha vez que trás mais de seis meses o sumário continua aberto, desconhece-se que tribunal processará @s independentistas e seguem produzindo-se detençons; a detençom de independentistas por sabotar a simbologia do genocídio franquista, etc. Da nossa óptica é evidente que nas últimas semanas se produz um reponte repressivo do que ofereceremos novos dados proximamente. Perante este endurecimento, afirmamo-nos na lógica e a necessidade da resposta pública através da informaçom, as mobilizaçons e a solidariedade activa. Solidariedade que nom deve ser apenas posicionamento verbal ou estético, mas a participaçom nas dinámicas de denúncia que se impulsionem e a socializaçom duns factos que os média silenciam sistematicamente. Concentraçons para hoje Ao fio desta lógica, Ceivar anunciará em breves neste portal as concentraçons convocadas em todo o País para dar resposta à detençom de R. L. Q., a continuidade da ‘Operación Castiñeira’ e a escalada repressiva em que estamos imers@s. Chamamos @s noss@s leitor@s, filiad@s, colaborador@s e voluntári@s a participar activamente nestas concentraçons e contribuir para a sua máxima difusom dada a premura de tempo com que som convocadas em todo o País.