Madrid desvincula-se verbalmente dos casos de tortura da CIA na Europa, mas admite que facilitou os seus aeroportos

O informe apresentado no Conselho da Europa a respeito da prática de detençons ilegais e torturas de “terroristas” por parte de agentes da CIA com a conivência de estados da UE continua dando que falar. Curando-se em saúde, o ministro espanhol de Assuntos Exteriores e Cooperaçom, Miguel Ángel Moratinos, assegurava ontem que Madrid “nom tem nada que ocultar” e negou que o Executivo espanhol participasse de qualquer “pacto de siléncio” com os USA. “Todos os dados estám na comissom de Assuntos Exteriores do Congresso dos Deputados e, portanto, o Governo nom tem nada que ocultar (…), quanta mais informaçom haja, melhor”, declarou o diplomata em Bruxelas trás assistir a umha conferência sobre migraçons. As palavras de Moratinos condensam a posiçom oficial do Governo espanhol sobre o informe do CE que investiga a presença de cárceres secretos dos USA em território europeu, a realizaçom de detençons ilegais de “terroristas” e a prática da tortura com a permissividade de Estados europeus. Sem embargo, o diplomata espanhol reconheceu que Madrid autorizara escalas de avions da CIA em Canárias e as Ilhas Baleares. Estas paragens estariam neste momento sob umha investigaçom judicial realizada “com todas as facilidades” para chegar “ao máximo nível”. Moratinos mostrou-se como valedor de todos os Estados da UE ao assegurar a inexistência dum pacto de siléncio entre esta e USA a respeito das actividades terroristas da CIA em solo europeu, embora matizou que “desde logo, no caso espanhol, nom há qualquer pacto de siléncio”. O autor do informe do Conselho Europeu que denunciava a provável implicaçom de Estados europeus, Dick Marty, afirmara anteonte que “nom é verosímil que os Governos europeus, ou polo menos os seus serviços secretos, nom estivessem ao corrente”. Aliás, Marty constatava a existência de sequestros por parte da CIA e a ‘subcontrataçom’ de torturas com a implicaçom de países como a Alemanha. Mais informaçom no linque inferior.