Audiência Nacional recúa na sua pretensom de aplicar a cadeia perpétua encuberta a Matos e Assum

No juízo que teve lugar ontem, dia 15 de Outubro, na Audiência Nacional espanhola, a fiscalia recuou na sua pretensom inicial de condenar os ativistas da resistência galega Asunción Losada Camba e Antom Garcia Matos a mais 15 anos de prisom. Na vista, e ante a evidência de que Assum só fora processada na causa pola acçom de Baralha em base à sua condiçom de dirigente do movimento armado, o fiscal reconheceu que nom havia prova algumha para condená-la e retirou a acusaçom. Nom prosperou, por tanto, a pretensom de inculpar os/as dirigentes por todas as sabotagens cometidas, na linha do que a Audiência Nacional já tem intentado com acçons da ETA.

Com respeito a Matos, a fiscalia espanhola manteve o processo alegando a existência dumha relaçom provada entre o guerrilheiro que destruiu em 2014 a fachada da casa do concelho de Baralha -Raul Agulheiro Cartoi, quem já cumpriu prisom por estes factos- e o próprio Antom, quem lhe teria subministrado os explosivos e umha listagem de possíveis objectivos. Na sua comparecência como testemunha, porém, Raul reivindicou como iniciativa própria aquela acçom da resistência galega, em resposta à defesa da repressom franquista que semanas antes figera publicamente o alcalde da localidade lucense. Em consequência, a fiscalia nom pudo apresentar nenhumha prova de que a sabotagem fosse diretamente ordenada por Matos, e ademais teve que reduzir a sua qualificaçom dos factos de “estragos terroristas” a “danos”. Esta mudança na tipificaçom dos factos é de máxima importáncia, porque só umha condena por “estragos” poderia aumentar o limite máximo de cumprimento dos 20 anos atuais para os 25. Agora, e ainda que o militante independentista fosse condenado ao ano e meio que finalmente solicitou a fiscalia, a sentença nom teria efeitos nenhuns sobre a condena a prisom de Antom Garcia Matos.

Se umhas semanas atrás de Ceivar iniciávamos umha campanha de denúncia e solidariedade dizendo que a Audiência Nacional volvia ameaçar Antom e Assum com umha cadeia perpétua encuberta, hoje podemos dizer que a ameaça foi enfrentada e vencida polo preso e a presa independentistas. De Ceivar nom podemos mais que celebrar e agradecer a sua coragem e dignidade, o papel da sua defesa jurídica, e a solidariedade manifestada durante os últimos dias por centenares de pessoas ao longo de todo o país.

Liberdade presos/as independentistas! Viva Galiza Ceive!