Eduardo Vigo e Teto Fialhega sairám em liberdade nas próximas semanas

Após a recente reforma do delito de falsificaçom, umha revisom na condena dos ativistas da resistência galega Eduardo Vigo e Teto Fialhega permitirá que saiam definitivamente do cárcere um ano e três meses antes do previsto. Assim, Eduardo sairá da prisom da Lama no próximo dia 24 de Maio, mentres que Teto o fará do de Teixeiro enquanto o tribunal revise a sua sentença, nas próximas semanas. A excarcelaçom destes dous guerrilheiros, verdadeiro exemplo de compromisso militante e entrega pessoal na defesa da Galiza, é motivo de alegria e celebraçom para todas e todos nós. De Ceivar fazemos um chamamento a expressar publicamente esta alegria e o reconhecimento e agradecimento social que merecem quem tanto tenhem entregado na defesa da nossa pátria, do nosso território e da nossa identidade.

Eduardo e Teto som prisioneiros do Estado Espanhol desde Novembro de 2011, sendo os independentistas que mais tempo tenhem estado presos de maneira ininterrompida na história do nosso país e da luita pola sua liberdade. As suas sentenças -a 13 anos e nove meses de prisom, sem que fossem condenados por nenhum tipo de dano pessoal ou material- foram um exemplo paradigmático da natureza política e repressiva da Audiência Nacional espanhola, após um juízo no que o tribunal impedira escandalosamente o direito à defesa dos processados. Fora o juízo no que, seguindo ordens diretas do governo, a AN declarara “terrorista” a atividade da resistência galega, equiparando as suas sabotagens na defesa do país a verdadeiras acçons de guerra, e passando a aplicar-lhes o código penal mais duro da Uniom Europeia.

Nove anos de liberdade vigilada

Porém, a nossa alegria pola volta à casa destes dous galegos extraordinários nom deve deixar de denunciar o facto de que Eduardo e Teto ainda nom serám livres. A sua sentença acrescenta ao tempo em prisom nove anos mais de liberdade vigilada, que o governo espanhol, através da Direcçom Geral de Instituiçons Penitenciárias, está a fazer muito mais restritivos do que a liberdade condicional ou mesmo a prisom em 3º grau. Desta forma, as medidas de liberdade vigilada -que só tenhem sentido jurídico em casos de “alta perigosidade” e que, tendo que ser proporcionais e adequadas ao risco, deveriam ficar sem efeito num contexto de ausência completa de luita armada na Galiza- som utilizadas como umha cruel prolongaçom da pena de prisom, impondo aos ativistas galegos restriçons extremas tais como o confinamento na sua província, a localizaçom telemática permanente, a proibiçom de participar em determinados atos políticos, a vigiláncia e censura das conexons à internet, o impedimento de trabalhar em determinados empregos ou a proibiçom de comunicar com determinadas pessoas. Estas medidas som propostas diretamente pola DGIP e impostas obedientemente pola Audiência Nacional: é o Ministério do Interior do PSOE, portanto, o responsável de prolongar e agravar o castigo aos militantes independentistas dumha forma muito mais severa do que o fazia o governo do PP, que propunha umhas medidas de liberdade vigilada muito mais laxas, mesmo em tempos nos que a atividade da resistência galega era recente.

Por todo isto, de Ceivar fazemos também um chamamento à denúncia deste ensanhamento e dos seus responsáveis, a exigir pública e firmemente ao governo espanhol e os partidos políticos que o sustentam que parem já a excepcionalidade repressiva para com o independentismo galego e, aplicando as suas próprias leis, deixem definitivamente em liberdade a quem passárom mais de uma década em prisom e cumplirom integramente as suas condenas.

Liberdade patriotas galeg@s!