Comunicado do CPIG perante o julgamento do 24J

Publicamos a continuaçom o comunicado recebido do Coletivo de Presas Independentistas Galegas perante o próximo juízo o 24 de Janeiro na Audiencia Nacional:

A Audiência Nacional Espanhola, julgará proximamente outros/as quatro independentistas galegos/as, detidos/as e encarcerados/as em Junho de 2019. Com motivo deste novo julgamento o C.P.I.G decidiu fazer esta declaraçom pública:

Durante quase vinte anos, como consequência da repressom por parte do Estado espanhol das actividades da resistência galega, muitos fomos perseguidos, detidos, passados polas esquadras e quarteis da guardia civil, em muitas ocasions submetidos a tratos vejatórios, incomunicados baixo a lei antiterrorista, julgados longe do País num tribunal especial e sentenciados a longas condenas de prissom. Algúns de nós levamos já mais de dez anos encarcerados, muitos deles desterrados e dispersados a centos de quilómetros da Galiza baixo restritos regimes carcerários.

Hoje e aqui reafirmamos o nosso compromisso político com a libertaçom nacional e social da Galiza. Nunca reconhecemos e nunca reconheceremos a nengum Tribunal do Estado espanhol cujo sistema jurídico-penal insiste em negar e reprimir o direito inalienável à nossa autodeterminaçom como povo, em amparar legalmente a destruiçom das bases materiais e naturais da nossa Terra, sem as quais nom é possível umha vida digna e próspera, e em manter um regime oligárquico-monárquico sobre a corrupçom, enormes desigualdades e intoleráveis privilégios.

Ante o entramado excepcional e repressivo antiterrorista de Espanha defendémo-nos como podemos, sabendo que as limitaçons som as que som, às vezes insuperáveis, mas nunca legitimaremos (tampouco dentro dos seus cárceres) a sua legalidade e o seu estado de excepçom democrático.

Podemos pensar o que queiramos e modular o nosso tempo e as nossas forças como quisermos, mas o conglomerado de ocupaçom nom descansa nem dá tregua, nem sabe de eidos políticos. O seu desenho é umha letal linha recta de crescimento e arrasamento acelerado, umha guerra permanente até o completo colapso social e total extinçom ambiental e identitária da nossa Naçom. Profanaçom dos últimos espaços de vida, cooptaçom- repressom das últimas vontades contumazes. E para terem éxito nesta empresa, sabem que necessitam um povo sem memória e sem comunidade, sem identidade e sem Terra; sem mecanismos sociais de alerta, proteçom e resposta ante as agressons.

Só o arredismo galego está em condiçons de combater o desenho de ruína e destruiçom desta máfia política e económica, porque -com erros e acertos- nunca eludiu os problemas e soubo sempre dar-lhe a volta ao medo com dignidade, e à frustaçom com propostas práticas de saúde social e ativismo comunitário. Mas para já, precisamos de mais irmandade, maiores doses de tolerância, paciência e resistência militante, assim como de umha cultura política menos fraticida.

Apelamos a todas e todos, velhos e novos, às novas geraçons a levantar (ou afortalar, reconstruir) instituiçons populares soberanas, estruturas sólidas e eficazes de autodefesa coletiva e sobrevivência como povo, alimentando essa fermosa comunidade histórica de resistencia nacional em defesa da Terra e da Vida que nem a repressom nem os encarceramentos nem a ideología do progresso e as novas tecnologias de apaciguamento e controlo social forom capazes de derrotar.

Denantes mortos que escravos.