FISCALIA DA AN ATACA SOLIDARIEDADE GALEGA: NO ESTADO ESPANHOL OS DIREITOS SOM DELITOS

A fiscalia da Audiência Nacional vém de emitir o seu escrito de acusaçom no marco das operaçons Jaro I e II contra as organizaçons Causa Galiza e Ceivar. Um total de 12 militantes enfrentam-se a umha petiçom fiscal de um total de 106 anos de prisom por desenvolver tarefas políticas e de solidariedade. Desde o organismo popular anti-repressivo Ceivar queremos fazer as seguintes consideraçons:

1.- Que U.C.S, I.C. P e A. G.F detidos no marco da operaçom Jaro II enfrentam-se a umha petiçom fiscal de entre 12 e 10 anos de prisom. Os cárregos que se lhes imputam som integraçom em organizaçom criminal e vários de enaltecimento do terrorismo. Desenvolta no ano 2017 a raíz da celebraçom de um recebimento ao ex-preso independentista Antom Santos, a operaçom Jaro II procurava amedrentar e cercar a solidariedade e o activismo galego comprometido com as presas independentistas galegas. A celebraçom de recebementos a ex-presas vinha sendo posta em questom por parte da fiscalia da Audiência Nacional também em outros contextos políticos irmaos desde hai anos, mas isto é apenas a excusa. A intençom é perseguir e encarcerar activistas que defendem os direitos humanos e políticos das pessoas repressaliadas e encarceradas polo seu compromisso com Galiza. Reafirmamo-nos neste activismo, nom renunciamos a ele, pois é legítimo e só em um estado fascista como o Reino de Espanha pode ser delito a assistência a pessoas presas.

2.- Que os delitos que se nos imputam som de novo a excusa e o envoltório que utilizam para criminalizar e perseguir toda dissidência política que ponha em questom o status quo do Estado espanhol ou pretenda levar a cabo um activismo firme nom entreguista. Dizer as cousas claras em Espanha tem consequências graves. À vista está de todas que o limite do debate ou da política está sempre marcada a ferro polos interesses económicos e políticos de um Estado que permanece configurado tal e como o deixou o dictador. A natureza do Estado é fascista e organizar-se como se organizar a dissidência a unidade nacional e o carácter capitalista de Espanha exigem cada vez mais mao dura e repressom. Assi o deixou patente o PSOE na sua estrategia anti-terrorista partilhada com a cidadania: toda expressom de oposiçom de esquerdas e independentista vai ser suspeita e susceptível de ser perseguida. O diálogo e pôr urnas para votar som delito. Organizar-se para defender-se do capital e do Estado, também.

3.- O Estado espanhol enfrenta o seu repto organizativo e territorial mais potente desde o 78. E fai-no em um contexto internacional de crise capitalista. Todo fai pensar que a via repressiva vai ser a tónica dominante contra o independentismo nos diferentes contextos das naçons sem Estado. Eles próprios estám a agitar o ódio e a debuxar um cenário de desesperança e medo. Porém, a verdade está do nosso lado: somos a esquerda que nas diferentes naçons sem estado levamos décadas a luitar contra o fascismo, contra as injustiças e por um mundo melhor. Temos um programa revolucionário e cremos firmemente nas ideias de igualdade e justiza social que herdamos das organizaçons de esquerda que nos precedérom, assi como na liberdade do nosso povo. Em diferentes épocas históricas, em diferentes contextos e dificuldades, a militáncia política galega deu a cara contra o ódio e o capitalismo selvagem, trazando horizontes de liberdade e nom baixando a cabeça. Onte, como hoje, estaremos à altura dos factos. Hoje somos nós, amanhá pode ser qualquera umha.

4.- Fazemos um chamamento à solidariedade, à organizaçom e à denúncia. Perante o juízo que se avizinha em Madrid precisamos juntar o maior número de apoios para fazer chegar à cidadania galega que organizar-se e luitar nom é um delito. Que a militância e o compromisso som valores necessários para a sociedade e nom algo a desterrar ou punir com a prisom. Que defender Galiza e a sua militância comprometida é um direito que deve ser respeitado.

Contra a repressom espanhola, solidariedade galega!

Nem um passo atrás!

Denantes mortas que escravas!

Viva o independentismo galego!