Crónica da Marcha às cadeias

Galizalivre/ Fôrom quase 3000 kilómetros, repartidos entre dous autocarros e por volta de setenta solidárias, os que afrontou neste sábado o movimento galego para fazer chegar calor e apoio às e aos presos independentistas ciscados pola geografia espanhola. Um deslocamento comprimido em 24 horas que supom um certo desgaste económico e humano, mas a um tempo demonstra a força da irmandade e a vontade de denunciar o abuso. Que voltem para casa ! convocou a Marcha às Cadeias, que decorreu com sucesso na sua dézimo segunda ediçom.

Por volta das três da manhá do sábado, os primeiros grupos de solidários reuniam-se nas cidades de Vigo e Compostela, pontos de arranque dos autocarros. Umha vez carregados os materiais (bandeiras, faixas e megafonia), a rota começa, com especial preocupaçom pola pontualidade. Nom é doado calcular com exactitude distáncias tam amplas, e mais levando em conta que os controlos da guarda civil adoitam retrasar as mobilizaçons. A preocupaçom é poder fazer-se presentes para os presos e presas numha hora determinada, e aliás fazer coincidir os dous autocarros na prisom de Mansilla a média tarde do sábado.

O autocarro de Compostela sai destino Lugo e a Marinha, comarca aonde chega com as primeiras luzes do mencer ; da Marinha à comarca asturiana de Llanera, onde cumpre a sua condena de sete anos o independentista Raul Agulheiro Cartoi. Um controlo da guarda civil obriga a todas as pessoas presentes a entregar bilhetes de identidade e a arrombar o autocarro bastante longe da cadeia. Lá, pola especial disposiçom da prisom de Villabona, os e as activistas nom podem ver o módulo onde Raul fai a sua vida ordinária.

Na mesma hora, a coluna do sul, trás parar em Ourense, achega-se a terras de Toledo, onde Eduardo Vigo cumpre a sua condena de treze anos e nove meses ; condena em permanente regime de primeiro grau e longas temporadas de isolamento. Do páramo toledano, o autocarro do sul ainda tem que chegar a Dueñas, em Palencia, numha viagem de 300 kilómetros. Lá, favorecidos pola situaçom do módulo onde Roberto Fialhega se atopa, as solidárias deslocadas podem intercambiar com o preso berros e pequenas frases, da rua à janela da cela. Teto topa-se em Dueñas cumprindo a sua condena de treze anos e nove meses, também em regime de 1º grau.

Na coluna norte, nova parada obrigada em Topas (Salamanca) e novo controlo da guarda civil. A muita distáncia da prisom, por exigências das forças policiais, os solidários lançam os seus berros e ponhem por megafonia música patriótica galega, com a esperança de que chegue ao pátio onde passa a sua tarde Diego Santim Monteiro. Diego está a piques de cumprir a sua condena de três anos nessa prisom, e voltará à rua no vindouro 1 de Maio.

Com um certo retraso sobre a hora prevista, os dous autocarros alcançam Mansilla de las Mulas, em Leom, onde Maria Osório cumpre o último tramo da sua condena de cinco anos e cinco meses ; nesta ocasiom, sem nenhuma pressom de controlo policial, as e os solidários podem percorrer todo um lateral da cadeia, recebendo os saúdos dos presos que nessa hora estám encerrados na cela ; o contacto directo com Maria Osório ou as presas políticas bascas que cumprem condena em Leom foi impossível, desde que a essa hora se topavam no pátio.

Remata assim esta nova ediçom da Marcha as Cadeias, mais um exemplo da solidariedade ininterrupta que as e os independentistas presos recebem desde, que neste ciclo histórico de repressom começado em 2005, tenhem que enfrentar regimes de dispersom e soidade. Restam centos de kilómetros para os autocarros chegarem ao seu destino, com umha mestura de esgotamento e sensaçom de dever cumprido.