A lei do funil: quando o delite de ódio atinge só a quem resistem

feixistas

Fonte: Galizalivre.com//

Las pistolas policíacas no son ningún armamento; pero si yo cojo un palo/ me violentan por violento.

Miren la ley del embudo /que va contra mi conciencia: /Si a mí me matan es orden. /Si me defiendo es violencia.

La ley del embudo, en fin, / así la van componiendo: /Orden es si me dan palos. / Violencia si me defiendo.

Alfonso Sastre.

Cada vez é mais comum ver cabeçalhos nos meios de comunicaçom do poder, a falarem de pessoas imputadas por  “delitos de ódio”. O mais chamativo é que esse presunto “ódio” só se dirige numha direcçom. Os “terríveis separatistas” que adoutrinam meninh@s, os insolidários que querem fugir de Espanha, os que protestam porque a polícia boura neles, os que nom  se anicam perante um rei que lhes é imposto, os que ondeam estreleiras nos campos de futebol; esses, contra os nom nacionalistas que defendem a unidade de Espanha.

21 mestres citados a declarar

12 mestres e o director do centro IES El Palau de Sant Andreu de la Barca, fôrom citados pola Procuradoria por alegadamente  terem feito comentários a alunos filhos de Guardas Civis no que diz respeito à violência policial do  1-O. Terám que declarar em Janeiro perante a organizaçom militar espanhola.

No passado mês de Novembro, já foram citados a declarar  8 mestres da Seu d’Urgell  acusados de um posível delito de “incitaçom ao odio” por falarem do 1 de outubro nas aulas.

14 imputados em Reus por “incitaçom ao ódio”

Dous concelheiros da CUP em Reus tenhem umha orde de detençom enriba da mesa, por nom apresentarem-se a declarar por duas vezes perante a juíza; no momento em que publicamos esta nova, tal detençom estava a consumar-se. 14 é o número de pessoas (incluindo a estes dous concelheiros) imputadas por um presunto delito de incitaçom ao ódio dentro da causa que se instrói a raíz dumha denuncia interposta pola Polícia, por um manifesto no que se condenava a violência da polícia nacional durante as brutais cárregas do 1-O.


“Nom sei se há nacionalismo espanhol. Nós nom o praticamos”

Así se manifestaba Toni Cantó, de Ciudadanos, numha entrevista no jornal eldiario. O nacionalismo, ao igual que o “odio”, é unilateral, e ao que parece os espanhóis desconhecem se o practicam ou nom. Por isso, a eles nom os move o ódio, nim quando uns nazis malham em nacionalistas durante umha manifestaçom em Valência, nem quando um fascista escacha o vidro traseiro de um carro em Compostela e escreve no lateral do mesmo “viva España”, nem quando os nazis da bancada ultra Frente Atlético matam um siareiro dos Riazor Blues em Madrid, nem quando  o grupo de extrema direita España 2000 fai um escrache fronte à casa de Mónica Oltra, nim quando a polícia que ía participar no 1-O é despedida em diferentes municipios espanhois a berros de “A por ellos!”, nem quando dispersam as e os presos políticos a centos de quilómetros obrigando as suas familias a jogar-se a vida nas estradas, nem quando Mariano Rajoy fai apología do franquismo.

A lei do funil da que fala o dramaturgo Alfonso Sastre extende-se perigosamente no Reino de Espanha.