Manifesto de apoio de Ceivar à manifestaçom pro-amnistia do 26 de Novembro em Bilbo

Desde o Organismo Popular Anti-repressivo Ceivar aderemos à convocatória do próximo 26 de Novembro em Bilbo a favor da Amnistia. Publicamos a continuaçom o nosso manifesto de apoio:

azaroak_26AMNISTIA  é umha palavra maiúscula, encerra em oito letras o reconhecimento dumha injustiza legalizada, e a superaçom deste marco. AMNISTIA é a reclamaçom na postura da dignidade, e explica como acontecerom os feitos: por que há presas políticas nas prisons. Por que esta dor. Porque antes do enfrontamento, já havia umha ferida. E sabemos como aconteceu o primeiro corte, a violaçom ao princípio.

Paradoxalmente, a origem etimológica de AMNISTIA, do grego “oamnestia” significa “esquecemento”. Um esquecemento que só pode acontecer quando há memória. “Esquecemos” o delito, porque entendemos que nom era tal. Desculpas polo incómodo. AMNISTIA é o termo indispensável para comezar a ponher em comum o sentido de outras palavras: direito, justiza, autodeterminaçom. Para poder traduzir-nos e que o entendimento aconteça.

É difícil falar de justiza e paz com Estados. Pouco ou nada sabe disto o Estado Espanhol. Em Galiza também conhecemos a barbárie deste Reino; séculos de humilhaçom, empobrecimento, emigraçom: a ferida. E sobre esta, a repressom golpea, mais ou menos selectivamente, a quem enfrentam um régime de negaçom e violência. As mais golpeadas som sempre as que tiverom o valor e a generosidade de enfrentar o inaceptável, e de lhe chamar às cousas polo nome. Elas, assassinadas, presas e exiliadas, som as que enchem a casa de ar fresco, as que abrem janelas, as que ensancham o prado. As que resistem.

As presas independentistas galegas tenhem encontrado ar fresco cada vez que coincidirom no encerro e na dispersom com companheiras independentistas bascas. Em Galiza, também e a pesar de todo, resiste-se, abrimos janelas. A liberdade só chega quando entra aire.

AMNISTIA OSOA.