Ao cárcere por um bofetom?


O jovem ponte vedrês que conseguiu impingir um bofetom a Mariano Rajoy foi encarcerado hoje num Centro de Menores de Ourense. Os juízes e fiscais do regime assanham-se com o rapaz, imponhendo-lhe umha medida desproporcionadíssima, com o evidente objetivo de dissuadir, por meio de umha resposta tam brutal, a quem se atreva a plantar cara aos poderosos.

A dupla vara de medir do Estado fica clara neste caso. Por um bofetom ninguém vai preso na Galiza, e menos ainda sendo menor de idade. O que o juiz castiga com cárcere nom é um bofetom, senom umha afrenta ao poder espanhol; da mesma maneira que ao punir ao jovem o juiz nom pretende que deixem de existir os bofetons na Galiza, senom que a gente comum nom pense em impingir-lhos aos que mandam. O encarceramento deste moço é umha medida para manter à populaçom submissa.

A dupla vara de medir também se aprecia entre os políticos e jornalistas. Quando se ajoelham perante o discurso oficial de “condena da violência”, estám a silenciar com cumplicidade a verdadeira violência que se vive neste país, ao lado da qual o bofetom é umha anedota. A violência que os subordinados de Rajoy, às suas ordens, praticam diariamente contra a gente: as cargas policiais (onde se repartem muito mais que bofetons), as detençons de ativistas políticos e a ilegalizaçom de Causa Galiza, as torturas nas esquadras e prisons, os despejos de famílias deixadas na rua a ponta de pistola, etc.

Sem entrar a valorar a decisom do jovem de responder a Rajoy com umha pequena devoluçom da violência, de Ceivar (Organismo Popular Antirepressivo) solidarizamo-nos com ele pola desmedida repressom que sofre, e exigimos a sua libertaçom imediata e incondicional, bem como o fim da campanha de linchamento público orquestada pola polícia e executada servilmente polos meios de comunicaçom do regime.

Solidariedade com Andrés!

Queremo-lo na rua!

Paremos o fascismo.