Brutalidade policial salda-se com seis feridos no deslocamento do Algafeme a Coia

B-MVmYrIUAAzHa5.jpg_largeMobilizaçom após mobilizaçom a vizinhança de Coia levava dous meses oponhendo-se a que o alcalde de Vigo, Abel Caballero, colocara o barco Bernardo Algafeme na rotunda de Coia. Finalmente o depotismo primou sobre os interesses das pessoas que no dia de ontem berravam “nom pode ser, o barco na rotunda e as famílias sem comer”.

Antes das 20.30 horas de ontem duas grileiras anti-distúrbios preparavam-se numha gasolineira de Beiramar próxima ao Auditório do Mar onde se ia desenvolver a concentraçom. As primeiras pessoas que as virom surpreendiam-se e diziam entre elas: “que fam cá se a polícia nacional comprometeu-se em nom intervir neste caso?” . As inquedanças nom paravam de xurdir ante um despregue policial que também foi acompanhado de polícia local, a tensom palpava-se desde um começo onde nom faltárom as consignas em prol dos ativistas processados e em contra da polícia “a polícia é violenta e mentireira”, escuitou-se.

Assim foi como mais dum cento de pessoas aguardavam na zona portuária algum tipo de movimento com o Algafeme que para entom já estava colocado sobre rodas namentres ums operários realizavam mais manobras. “Levarám o barco pola noite?” perguntava um vizinho, “sim, porque trata-se de transporte especial que somentes tem permisso para circular de noite”, respostava umha senhora.  Chegárom as 23.30, hora na que estava previsto que se movera o barco direçom a Coia e os nervos fruto da impotência iam em aumento.B-Ksb7yIAAAAaOB.jpg_large

A vizinhança nom cedeu e três horas depois do sinalado a polícia começava a intervir fazendo um cordóm para imobilizar às/aos concentradas/os. “Es por la ley 1/92” asegurou o agente aludindo à Ley de Protección Ciudadana de 1992 namentres propinava empurrons. Ainda assim a batalha nom estava perdida e quando o Algafeme chocou contra o túnel da entrada à rua Castelao, vários ativistas unírom-se dos braços mediante tubos e obrigárom a parar de novo o comboi que ia escoltado por centos de polícias armados. Os agentes fôrom correndo a por os vizinhos que de novo opunham resistência e um a um sacárom-nos da via pública a base de golpes, um mínimo de seis resultárom feridos.

Após percorrer os mais de quatro quilómetros que separavam Beiramar de Coia, o Algafeme chegou até a rotunda onde vários guindantes estavam preparados para a colocaçom. Mais vizinhança estava ai concentrada mas a polícia rodeava a qualquera que pretendera achegar-se à trajetória do barco.

Solidariedade e nova convocatória

A Asamblea Aberta de Coia convoca umha concentraçom para hoje dia 19 às 18:00h na rotunda de Coia para valorar as seguintes açons a respeito deste assunto e reclamar ante a desproporcionada carga policial de ontem.

Desde o Organismo Popular Anti-repressivo CEIVAR sumamo-nos à convocatória para achegar à solidariedade a toda à vizinhança que plantou cara à obra faraónica dum alcalde e que foi repressaliada com brutalidade.