Repressom à vontade popular basca salda-se com 16 detidas/os

B7BBL7eCcAAuKks.jpg_largeMais de 80.000 pessoas ateigárom o passado sábado as ruas de Bilbo na já consolidada cita anual para exigir medidas políticas contra a maciça vulneraçom de Direitos Humanos das/os presas/os políticas/os bascas/os. A mobilizaçom convocada pola rede cidadá Sare, marchou baixo a legenda “Now Euskal Herria” e, a diferença das anteriores manifestaçons, dividiu-se em duas colunas que se atopárom na rua de Zabalburu.

Desde primeiras horas da manhá a zona velha da capital biscainha encheu-se de reivindicaçons para reclamar o fim da dispersom. Agentes políticos e sociais euskaldunes e chegados de outras partes do Estado Espanhol e do mundo, convergérom num evento que demonstra a vontade popular de rematar com a política penitenciária. Umha delegaçom do Organismo Popular Anti-repressivo CEIVAR acompanhada por outra representaçom da Associaçom Que Voltem para a Casa! fôrom as encarregadas de difundir a situaçom das/os presas/os independentistas galegas/os. Ambas organizaçons colocárom um posto para a venda de material, repartirom brochuras informativas e conversárom com as numerosas pessoas que se achegárom para interesar-se polas/os retaliadas/os galegas/os. Igualmente a solidariedade galega tivo mui boa acolhida por parte da imprensa independentista basca que difundiu informaçom e imagens relativas ao caso das/os presas/os galegas/os.

A manifestaçom partiu passadas as cinco e média da tarde encabeçada por familiares e amizades das/os presas/os políticas/os bascas/os e seguidas/os das furgonetas “Mirentxin”, as mesmas que cada fim de semana levam às/aos achegadas/os até as cadeias onde se atopam dispersadas/os. A marcha decorreu sem faixas e em silêncio.

O ato foi clausurado com música em direto e com a participaçom de familiares das/os presas/os que relatárom a condena engadida que implica estar a tantos quilómetros da casa. “Por ley a los presos vascos les corresponde estar en Euskal Herria, por humanidad les corresponde vivir al lado de sus seres queridos y en aras de la paz les corresponde estar cerca de toda la ciudadanía vasca”, afirmárom.

Finalmente milhares de barrinhas de luz que se repartiram durante o percorrido da mobilizaçom iluminárom as ruas como um símbolo de esperança para constuir um tempo político novo.

16 detidas/os numha operaçom contra advogadas/os bascas/oskepa_manzisidor

Se o sábado a vontade popular manifestava as suas intençons de avanço, em menos de 48 horas o Governo Espanhol movia ficha com o seu estilo habitual: a repressom. Às sete da manhá do dia de hoje iniciava-se a “Operación Mate” que complementaria à “Operación Jaque” levada a cabo em Janeiro de 2014 e que se saldou com oito detençons. Das 16 pessoas detidas agora, doze som advogadas/os e as detençons levárom-se a cabo em Euskal Herria e Madrid onde três letrados acudiam a defender a 35 políticas/os bascas/os.

Na nota emitida polo Ministerio del Interior acusase-lhes de “integración en organización terrorista por formar parte del frente de cárceles de ETA” e ademais também se lhes imputa “blanqueo de capital” por supostamente nom ter declarado fiscalmente a assistência jurídica de membros do coletivo de presas/os de ETA (EPKK).

Segundo informou a Guardia Civil a detençom será comunicada e, além de que nom se produzirom registros no interior dos domicícios, sim que se registrárom bufetes e outros locais sindicais e sociais. Na sede do sindicato abertzale LAB fôrom requisadas elevadas quantidades de dinheiro arrecadado durante a manifestaçom e que tinham como objetivo paliar os custes da dispersom.

Adiado o juízo na Audiencia Nacional contra 35 políticas/os bascas/os

A detençom dos 16 cidadáns bascas/os saldou-se ademais com a suspensom do juízo que nesta manhá tinha que iniciar-se na Audiencia Nacional contra 35 políticas/os abertzales. Três dos advogados da Defesa que representavam a 19 encausadas/os no proceso 04/08 estám em dependências policiais polo que as/os processadas/os solicitárom a suspensom do julgamento que quedou adiado polo momento sem data. O macrojuízo que tinha que celebrar-se hoje em Madrid responde à rutura das negociaçons entre a esquerda abertzale e o PSOE, PSdE e PNV, um acordo que resultou frustado que o por entom governo de Zapatero jurou “hacer pagar”.

Desde o Organismo Popular Anti-repressivo CEIVAR queremos enviar toda a nossa solidariedade ao Povo de Euskal Herrria e o nosso mais firme rechaço às políticas executadas polo Governo Espanhol que pretende alimentar novas vias de confrontaçom. A vontade popular manifestada o passado sábado nom pode ser objeto da repressom e supom um gravissímo atropelo contra os direitos políticos e sociais mais fundamentais. Finalmente vaia também a nossa solidariedade com as organizaçons que estám a assumir compromissos reais para finalizar com a tortura que implica a atual política penitenciária espanhola.