Antom Santos descrito por um companheiro de AMAL

A partir de hoje e nos vindeiros dias, o Organismo Popular Anti-repressivo CEIVAR inciamos umha nova campanha de solidariedade com as/os presas/os independentistas galegas/os. Mediante as aportaçons feitas por familiares e amigas/os pretendemos resgatar algumhas das facetas pessoais e políticas das/os retaliadas/os galegas/os e achegar a visom humana e ativista de quem estám dispersadas/os nas prisons espanholas. Vaia de antemão o nosso agradecimento a todas as pessoas que colaborárom neste projecto.

antomAntom Santos desde a ótica dum companheiro da Agrupaçom de Montanha Augas Limpas (AMAL)

Embora ter de falar da fasquia montanheira do Antom cumpre aclarar que o atletismo é o desporto no que colocou, e coloca ainda hoje malia as restritas geometrias e a ruim alimentaçom que padece no seu sequestro, a sua máxima concentraçom. Dito isto, e como nom disponho de umha cronologia das suas excursons, passo a fazer um pequeno desenho dele usando como lapis algumhas anedotas que partihamos nas rotas da Agrupaçom de Montanha Augas Limpas por esta terra nossa.

Lembro umha conversa na Serra do Gistral, soplando lufaradas de vento adoecido untado numha mesta névoa -por sinal condiçons comuns naquelas latitudes-, na que competíamos ele e mais eu a ver quem ia com um equipamento menos sofisticado: -pois eu debaixo do chuvasqueiro só levo umha camisola curta e umha longa , -pois eu… Traio isto para ir pondo no desenho um dos valores que nom  acostumam a ver-se atualmente na montanha: a austeridade contraposta ao consumismo, mapa e bússola frente a GPS, camisa de quadros frente a tecidos tecnológicos, conhecemento e contemplaçom frente a espectáculo e imediatez… 

Outro aspeto importante para mim, e sobram motivos para dizê-lo, é que este home sempre deposita toda a sua confiança nos e nas companheiras. Para ilustrá-lo deslocamo-nos ate Sam Joám de Rio, no I Acampamento de Montanha da AMAL aló polo 2008. A atividade da manhá do domingo consistiu numha iniciaçom ao rapel, contando com um primeiro contacto muito singelo e de poucos metros e um descenso posterior já de certa dificuldade e altura. O Antom colheu-no com cautela fazendo a primeira prova muito preocupado em levar bem a postura. De seguido piorou o panorama ao ver-se diante da varanda dumha ponte duns 25metros. A cautela mudou em medo, mas confiou plenamente no bom fazer do companheiro que arranjava  as cordas, por sinal pouco esperimentado no quefazer, e alá foi parede abaixo. Isso sim moi pouco e pouco, sem espetáculos, com humildade diante do perigo mas com valentia.

Também é doado salientar do Antom a sua habelência à hora de elaborar resenhas vizosas respeito das rotas, incorporando, como já nomeava antes, o conhecimento em profundidade e palmo a palmo do País. E vem-me à cabeça agora a que responde à rota do Monte Pindo, colgada no blogue da AMAL, ou algum artigo do nosso vozeiro “ a Cabreira” como no que debulha as características do bosque de ribeira. Da mao deste degoiro por nom deixar um beco sem expediçom surgiram  andainas como a das Serra do Careom e o Bocelo, montes pouco conhecidos, pequenos e sinxelos embora igualmente faladores da terra em que vivemos -e o compostelam no seu molho-. Neles no máximo cruzas algumha vizinha, também trabalhadores das empresas eólicas -estas si conhecem a zona- e nunca montanheiros desses que devecem por tirar umhas fotos inesqueciveis e atopar emoçons taquicárdicas.

E quedam, se calhar para que conte ele, as brincadeiras e risadas contundentes, as conversas cotiás, o companheirismo exigente ou, porque nom?, algumha aventura montanheira.