O Centro Social “A Gentalha do Pichel” denúncia a criminalizaçom mediática

ndiceA continuaçom publicamos o comunicado íntegro emitido polo Centro Social “A Gentalha do Pichel” de Compostela:

Estimada associada, estimado associado

Escrevemos-che porque queremos compartilhar contigo algumhas reflexons logo da recente, e involuntária apariçom nos meios da nossa associaçom. Nom é a primeira vez, mas nom por isso deixaremos de denunciar estas camanhas de descrédito. Sentimo-nos acosadas e queremos convidar-vos a repassar juntas agúns acontecimentos.

Foi lá polo ano 2005 quando um dos colectivos que acolhe o centro social da nossa associaçom foi registado pola polícia espanhola no marco da Operaçom “Castinheiras”, provocando danos materiais e, sobre todo, um grande dano ao trabalho que a Gentalha fazia no bairro desde a sua fundaçom um ano antes. Nom era difícil imaginar os comentários de umha parte da vizinhança. Que farám nesse local?

Aquela operaçom ficou arquivada, e nem a Gentalha nem nengum nem nengumha das suas ativistas fôrom acusadas de nada, mas o dano ficava feito, com a colaboraçom inestimável dos meios de comunicaçom do sistema.
Na altura emitimos um comunicado assinado conjuntamente com outras associaçons e coletivos utentes do nosso centro social, onde afirmávamos que a Gentalha é “un coletivo de caráter cultural que trabalha pola defesa da língua, pola recuperaçom da memória histórica e polo conhecimento e respeito do meio natural e que exerce umha evidente funçom de caráter social no nosso bairro apoiada num capital de máis de 100 sócios e sócias”.Denunciávamos os danos provocados no Pichel pola acçom policial e advirtíamos contra “a criminalizaçom e satanizaçom de todo tecido associativo.

Mas nom achantamos e continuamos no nosso caminho de criarmos um espaço galego sem complexos, reintegracionista, com umha clara vontade de interaçom com o bairro e a cidade. Colaborando com a associaçom vizinal e ajudando a organizar as festas do bairro, que levávam anos sem se celebrar, pugémos o nosso grao de areia para vivermos num bairro mais nosso, das vizinhas e vizinhos, e no caminho lográmos que as possíveis dúvidas que tivessem connosco se fossem diluindo. As mentiras tenhem as patas curtas, mesmo quando contam com os altofalantes do Correo Gallego e La Voz.

Ah, mas se todo ficasse aí… Quatro anos depois, um intrépido defraudador de Fazenda e prevaricador, além de outras cousas, tentava ocultar a sua corruta gestom no Concelho de Compostela acusando a nossa associaçom, entre outros coletivos, de sermos responsáveis de querer “convertir Compostela en la zona vieja de San Sebastián” e de “plantar en santa clara el huevo de la serpiente”. De novo os meios de comunicaçom (neste caso Onda Cero) dêrom voz ao personagem, sem nem sequer pôr-se em contato com a nossa associaçom para que desse a sua visom, como qualquer código jornalístico que se prezar recolhe. A vontade de Conde Roa, que assim se chama o delinquente comum, era fechar o nosso centro social, e teria-o conseguido se nom for porque associadas e amigas da nossa associaçom por todo a Galiza, se mobilizárom para conseguir os 10.000 euros que nos permitiam regularizar a licenza do local. Mui emocionante foi receber tantas mostras de afeto, mas especialmente as das vizinhas e vizinhos que se achegárom a nos apoiar.

Levávamos 5 anos de trabalho nas ruas, roteiros, conferências, música ao vivo, ediçons, dança. Cinco anos depois, com Conde Roa evacuado do Concelho, continuamos a fazer o mesmo.
Próxima estaçom, maio de 2014. Um colectivo antirepressivo solicita a sala de actos do Pichel para dar umha roda  de imprensa.A militante independentista Maria Osório é declarada em busqueda e captura.O conselho geral da Gentalha do Pichel conheçe através dos meios o sentido aparente do acto,finalmente a militante da explicaçons via conferência online, o acto transcorre sem presenza policial no interior do centro social, mas a legitimidade do mesmo nom impede um novo circo policial e medático, e mais uma vez, a rua onde se ubica O Pichel fica em “estado de excepçom”. Registro de carros, identificaçons, nem a vizinhança puido fazer a compra!.

E os meios começarom a sua coreografia: imagens do local, confussons malintencionadas… Todo novamente encaminhado a vincular o nosso Centro Social com um lugar do que desconfiar.
http://www.abc.es/local-galicia/20140607/abci-maria-osorio-acto-santiago-201406071054.html

http://www.lavozdegalicia.es/noticia/galicia/2014/06/07/barrio-santiago-blindado-comparecencia-publico-integrante-resistencia-galega/00031402136708602788921.htm

E chegamos a isso do que queriamos falar-vos, da recente detençom dum vizinho da nossa rua por suposta pertença a banda armada e tença de explosivos.Como outras vezes que nos temos manifestado em casos que nos resultam próximos, pedimos polo estrito respeito dos direitos desta pessoa, e as máximas garantías democráticas. Fazemo-lo porque sabemos de casos onde nom se respeitam, e porque a legislaçom espanhola é especialmente deficitária neste sentido. E estamos contra o linchamento mediático, que nós própias experimentamos em muitas ocasions.
Recentemente, jornais mui diversos informávam do registo da Gentalha pola polícia, paralelamente à detençom. Queremos negá-lo. Com a impunidade de quem se sabe poderoso, esses jornais tirárom de imagens do nosso centro social para ilustrar a nova da detençom. Isso, os que menos; os que mais, afirmárom que tal registo se producira. A intençom, ao nosso ver, mais que clara, é tentar espalhar a dúvida entre as pessoas que conhecem a Gentalha de ouvidas, ou de entrar às vezes; das assistentes aos nossos cursos, de vizinhas e vizinhos mais umha vez (lembrades o do “huevo de la serpiente”?). Mas nom o vam conseguir. Nom, porque nom nos falha o combustível, a nossa vontade de continuar a construir espaços onde normalizar a nossa língua e cultura, onde viví-las plenamente, onde reivindicá-las.

Convidamosvos a ler algúns exemplos dests práticas de manipulaçom informativa:
http://www.lavozdegalicia.es/noticia/santiago/2014/10/03/detenido-santiago-presunto-miembro-resistencia-galega/00031412352258436164127.htm

http://www.elcorreogallego.es/galicia/ecg/guardia-civil-acusa-detenido-santiago-ser-autor-atentado-baralla/idEdicion-2014-10-03/idNoticia-893739/

Que decidimos fazer? Enviar umha carta de protesto aos meios, escrever este comunicado para associadas e estudar a via penal para denunciar as difamaçons.
A sorte de levarmos mais de dez anos de activismo cultural é que podemos dar-nos o luxo de copiar comunicados sem que ninguém se dêconta. Assim, queremos transmitir-vos que “a Gentalha é un coletivo de caráter cultural que trabalha pola defesa da língua, pola recuperaçomda memória histórica e polo conhecimento e respeito do meio natural e que exerce umha evidente funçom de caráter social no nosso bairro apoiada num capital de máis de 300 sócios e sócias”. E cotinuamos a denunciar “a criminalizaçom e satanizaçom de todo tecido associativo”.

Como sempre, encontraremo-nos na rua, e no Pichel.