Crónica do ato público em solidariedade com Maria Osório

grileirasDesde umha hora antes de que se dera início ao ato público em solidariedade com Maria Osório umha quantidade ingente de Polícia Espanhola cercou o bairro compostelano de Santa Clara. Cortou-se ao tráfico um dos carris e agentes armados até os dentes revisavam os carros e exigiam a documentaçom às usuárias assim como às viandantes. Os automóveis fôrom desviados para outras ruas e muitas pessoas fôrom retidas durante vários minutos polo que ficárom sem poder assistir, outras só o conseguírom após darem muitas voltas e tenta-lo por vários acessos secundários.

As dificultades nom rematárom ai. Momentos antes de começar a rolda de imprensa, Internet foi apagada do Centro Social A Gentalha do Pichel. Todo, enquadrado na estratégia do Subdelegado do Governo Espanhol, Samuel Juárez, que no dia anterior advertira que ia estabelecer um dispositivo forte para capturar a Maria Osório. A manobra foi-lhe em balde.

Começa a rolda de imprensaacto-maria-osorio-santiago--644x362

Por volta dumhas setenta pessoas puidérom chegar até o Pichel, também numerosos médios de comunicaçom que se mostravam intranquilos com o que ai puidera suceder. Namentres a imprensa tomava assento e aguardavam-se umhos minutos para começar, projetou-se um vídeo composto por fotografias do blogue solidário “Eu também som Maria Osório”, de fundo, a cançom do jaimaicano Bob Barley “Stand up for your rights” (Ergue-te polos teus direitos).

Na hora prevista começou o ato sendo apresentado por duas componhentes do Organismo Popular Anti-repressivo CEIVAR respaldadas por membros da cultura e dos movimentos sociais e políticos. Com este cenário anunciou-se que a solidariedade será imparável até que nom haja justiça neste País. Do mesmo jeito denunciárom a situaçom na que se se atopa Maria Osório e a vulneraçom de Direitos Fundamentais: juízo farsa, impedimento a umha Defesa, dispersom, etc. Ante isto anunciárom que se vai recurrir a sentença que condena a Maria Osório a 7 anos e 9 meses de prisom ante todas as instáncias possíveis, espanholas e europeias.

Igualmente CEIVAR destacou o compromisso coletivo que tivo Maria Osório com Galiza e com o Povo e que este foi o motivo polo que estivo retaliada em multitude de ocasions. Ademais, enfatizou-se  em que esta repressom se assanha-se com a militância independentista namentres deixa livres a ladróns, corrutos e delinquentes de garavata  e despacho oficial.

Evolúe a campanha “Eu também som Maria Osório”

Durante a rolda de imprensa nom se deixou de agradecer a assistência às solidárias assim como a todas as pessoas que participárom enviando imagens ao blogue “Eu também som Maria Osório”. As fotografias recolhérom-se num plóter que estivo pendurado durante o ato.

Ante a nova situaçom na que Maria Osório nom vai dispor dumha situaçom de “liberdade normalizada”, o Organismo Anti-repressivo expremeu que a campanha solidária evoluirá baixo a legenda “Eu também escondo a Maria Osório na minha casa”que levará umha dinámica mais ativa.

Maria Osório fai-se presente por umha video-conferência e anuncia que nom se entregará

710483Ante umha grande expectaçom as membros de CEIVAR dérom passo a Maria Osório que se fixo presente mediante umha video-conferência projectada na parede do Centro Social mediante um computador. O público rompeu em aplausos entendendo que Maria Osório nom ia entregar-se e a imprensa ficou decepcionada já que aguardavam um circo policial.

Maria Osório começou a sua intervençom agradecendo a solidariedade desde que foi encarcerada até o dia de hoje “se algo importante aprendim é que a solidariedade, o apoio mutuo entre as pessoas, é o que nos vai garantir ser solventes numha luita que se está a pôr mui complicada”.

Posteriormente continuou fazendo alusom aos diferentes contextos históricos nos que a Galiza luitou contra a opressom espanhola. “O meu Povo e a minha geraçom nom temos nada que agradecer-lhe a Espanha, mui ao contrário, Espanha é umha máquina de repressom é de ódio”, apuntou a militante independentista. Depois de pronunciar estas frases, Maria Osório anunciou que nom se ia entregar para ser detida “nom vou acatar nem as suas leis nem os seus ditados e por isso declaro-me insubmissa ante um Estado do que só conheço agressons, repressom e persecuçom política e ideológica”, ademais engadiu que “nom ia ir petar à porta de nengumha prisom”. As declaraçons desatárom um interminável aplauso entre o público.

Do mesmo jeito, Maria Osório continuou achegando umha série de reflexons “nom podemos seguir comportando-nos como se isto fora umha democracia”, sinalou. Igualmente indicou que “nom é o momento de que nós caiamos se nom de que caiam eles para poder salvar-nos nós”, sentenciou Osório.

Finalmente Maria Osório  aclarou que continuaria desde a clandestinidade luitando pola sua liberdade e participando, na medida do possível, no movimento independentista galego. A sua intervençom concluiu com o punho em alto e enunciando as frases “venceremos, com certeça” “viva a Galiza Ceive” “denantes mortos que escravos”.

Quenda de perguntas e solidariedade Sin_ttulo

Rematada a intervençom explicativa de Maria Osório que durou aproximadamente umhos dez minutos, abriu-se a quenda de perguntas na que as assistentes e os médios de comunicaçom podiam perguntar-lhe diretamente à militante retaliada.

As palavras fôrom tomadas praticamente por amigas, familiares e solidárias com Maria Osório. As brincadeiras, os ánimos, o agarimo e a emoçom fôrom constantes. Curiosamente a imprensa comercial, seguramente descolocada porque a situaçom nom era a que aguardavam, nom interviu.

A convocatória finalizou entonando-se o Hino da Pátria.

Á saida do público os arredores do Centro Social A Gentalha do Pichel já nom mostravam a ocupaçom pola Polícia Espanhola dumhas horas antes. A Polícia, nada mais saber que Maria Osório nom ia estar presente fisicamente, abandonou o bairro de Santa Clara ainda que os agentes de paisana continuárom durante umhas horas mais.

Agradecimentos à solidariedade

Desde o Organismo PopulDSC_0231ar Anti-repressivo CEIVAR só nos resta agradecer-vos a todas as pessoas que, com tantas dificultades, estivestedes arroupando e solidarizando-vos com Maria Osório. Também a todas as que dum jeito ou outro fixestes chegar o vosso apoio à militante independentista, é imprescindível e imparável.

Por outra banda lamentamos que o chamamento ao ato de solidariedade fora obviado polas organizaçons que convocárom para a mesma hora umha cadeia humana que rodeou o Parlamentinho. Mobilizaçom e reivindicaçons que fazemos nossas mas que, por coincidir, restou dezenas de mulheres e homes à convocatória pola ruptura democrática e a República Galega.