Marinheiros do cerco som reprimidos brutalmente em Compostela

Há umhos dias informavamos da repressom que viviram os marinheiros nas manifestaçons de Vigo e Crunha. Onte tocou-lhe a Compostela. Nas ruas da capital galega houvo sangue. Outra vez os de sempre; o Povo demandando ser respeitado e a Polícia batendo nos nossos marinheiros até abrir-lhes a cabeça, malha-los a vergalhaços, identifica-los e dete-los.

O cheiro do mar chegou a Compostela

Na amanhá do 11 de Março os trabalhadores do mar achegárom-se a Compostela para fazer ouvir a sua voz em prol dumha quota pesqueira mais justa e equitativa. Percorrérom dúzias de ruas e finalmente chegárom ao Parlamentinho onde umha ringleira de 12 grileiras estava a aguardar por eles. No interior da Cámara, as parlamentárias do BNG, Anova e PSdG abandonárom o seu posto de trabalho em mostra de solidariedade com os manifestantes.

Cárregas policiaisagressons

Diante do Hórreo começou a primeira cárrega; pelotas de goma, vergalhaços, empurrons, insultos… os anti-distúrbios nom tivérom límite, nem nos seus métodos nem contra quem o dirigiam já que parlamentárias e alcaldes também fôrom agredidos.

Os enfrentamentos trasladárom-se às ruas da Rosa, República da Argentina, Ponte Castro, Romero Donallo, General Pardiñas… e ai continuárom as cárregas.

Os nossos marinheiros cruzárom contentores, lançárom pedras e nom tivérom medo a medir-se em palavras com os polícias.

O saldo final foi de três detidos, dúzias com lesons graves, outras dezenas de identificados e oito polícias feridos segundo Interior.

Feche na Cámara galega

O BNG convidou a entrar no Parlamentinho a cinco representantes dos portos de Crunha, Portosim, Sada, Malpica e Cambados. Após reunir-se com os grupos parlamentares, os cinco trabalhadores explicárom que nom tinham intençom de abandoar o edifício sem umha resposta. Finalmente foi-lhe feita a promessa de que hoje pola manhá seriam recebidos para negociar.

Sentada de protesto na Praça Vermelha

Pola sua banda, o resto de marinheiros despraçárom-se até a emblemática Praça Vermelha e anunciárom permanecer nela até que a Polícia ceiva-se aos três companheiros detidos. Os retaliados fôrom postos já em liberdadae baixo os cárregos de “vandalismo” e “desordens públicas”.

Basta já de represspolisom

Nas últimas semanas a Galiza assistiu a numerosas jornadas de mobilizaçom popular. O nosso Povo encarnado nos marinheiros, labregas, estudantes, operárias, feministas, jovens, independentistas, solidárias, ecologistas, ocupas… foi objeto de repressom brutal por umhos mercenários que nom som quem de compreender que queremos viver dignamente. Dignidade é a liçom que cada dia ensina este Povo.

Basta já de cárregas, de vergalhaços, de multas, de identificaçons, de infundir medo, de insultos… abonda já de bater neste Povo que quere viver livre da sua opressom.

Ánimo aos marinheiros e solidariedade imparável com os retaliados