Vitória. Essa foi a palavra que muitas das pessoas que se citárom esta amanhã na USC tinham na cabeça. O ex-juíz da Audiência Nacional, Baltasar Garzón, nom puido impartir nengumha das duas palestras que tinha programadas para o dia de hoje.
A pressom popular, a tensom gerada e a solicitude administrativa feita polo Organismo Popular Anti-repressivo Ceivar, contribuirom a que o maior cúmplice da tortura e ilegalizador do Estado tivera que dar explicaçons sobre a sua conduta e fora envergonhado publicamente.
09:15. Palestra “Democracia e Direitos Humanos”
Para primeiras horas da amanhã médio cento de militantes sindicais, estudantis, juvenis e anti-repressivas davam-se cita na Facultade de Ciências da Educaçom com a intençom de impedir que Garzón pronunciara umha palestra sobre “Democracia e Direitos Humanos”.
A seguridade privada da USC afincada na porta só permitia o paso num primeiro momento a determinadas pessoas. Posteriormente entrárom todas aquelas que estavam a aguardar e 15 minutos depois fazia-o Baltasar Garzón sendo recebido por insultos e baixo o berro unánime de “torturador”.
No intre que Garzón tentou tomar a palavra as militantes erguérom-se portando cartaces com a legenda de “Garzón torturador” e acompanhando-os com consignas como “Fascistas fóra da USC”, “Audiência Nacional tribunal da repressom” e “Garzón tu es o terrorista”. A atitude do magistrado foi em todo momento chulesca, desprestigiando às que protestavam “sois chavalitos y yo ya tengo canas” e fazendo demagógia pura.
O ex-juíz da Audiência Nacional nom puido pronunciar a charla prevista e a sua actuaçom limitou-se a tentar sair do passo ante as acusaçons das assistentes. Continuando com a sua chularia, Garzón reptou a alguém do público a que se atrevera a colher um microfone e subir à tarima para explicar os seus argumentos. O repto foi apanhado por um jovem que detalhou o historial de Garzón como cúmplice da tortura compendiado no informe de 2008 de Amnistía Internacional, como responsável do feche dos diários vascos Egunkaria e Egin e como ilegalizador de partidos políticos.
Tras comprovar que as que protestavam saviam do que estavam a falar a postura de Garzón mudou e apressentou-se como o “defensor da anti-tortura” tentando quitar-se culpas e delegando-as na própria Audiência Nacional e no Tribunal Supremo. Sem embargo mencionou sentir-se orgulhoso de ter ilegalizado partidos políticos e de fechar médios de comunicaçom.
Umha hora e média depois, na que Garzón se sentiu muito incómodo por ser cuestionado e pola presença das mobilizadas, deu-se por concluido um ato no que o magistrado foi interrogado por primeira vez polo Povo.
12:00. Facultade de História
Média hora antes do médio dia centos de estudantes concentravam-se às portas da Aula Magna que estavam a ser custodiadas por umha dúzia de vigiantes privados. Nesse momento começárom os primeiros empurrons entre os Prosegur e o estudantado num ambiente de tensom contínuo.
Ante a pressom que se estava a gerar nas galerias o organizador do ato comunicou a suspensom da presença de Garzón e explicou que só se ia impartir umha classe magistral. Este comunicado foi aplaudido polas pessoas que estavam a aguardar. As militantes convocadas que pretendiam impedir a comparecência de Garzón entrárom igualmente ante a possibilidade de que o anúncio se tratara dumha vil estratégia da USC.
A Aula Magna estava ateigada já que se lhe dera prioridade às alunas de determinadas carreiras e por este motivo muitas das mobilizadas tivérom que ficar fóra. Efetivamente confirmou-se que Garzón nom estava presente e que a palestra ia ser exposta por um coleitivo de Memória Histórica e de Vítimas do Franquismo. O primeiro ponente fixo alussom ao magistrado referindo-se a ele como um “defensor das vítimas do franquismo” e de novo as militantes das organizaçons sociais cuestionárom a trajectória de Garzón erguendo de novo os cartaces de “Garzón torturador”.
Tras este confronto as militantes organizadas abandonáron a Aula Magna sendo increpadas por pessoal da USC que umha vez mais acusavam-nos de “falta de informaçom”. Umha recriminaçom falsa que fixo calar ao próprio Garzón umhas horas atrás.
Repressom na USC
Desde o Organismo Popular Anti-repressivo Ceivar fazemos umha valoraçom muito positiva da consecuçom do objetivo marcado que era impedir que Baltasar Garzón pronunciara palestras nos espaços públicos universitários. Ademais é satisfatório que a Universidade de Santiago de Compostela atendera à petiçom popular e retirara a tal personagem da segunda palestra.
Ainda assim queremos denunciar:
- A imposiçom por parte do professorado para que as suas alunas acudiram às charlas garantindo assim umha assitência maçiça e submissa ante as possíveis represálias académicas.
- A ameaça de apertura de expediente a um trabalhador da USC por sinalar a Garzón como umha peça indispensável para a tortura do Estado Español.
- O descrédito à mocidade acusando-a de ignorante e de boicotagens gratuitas. A juventude demonstrou umha vez mais a sua consciência e a sua preparaçom intelectual e activista.
Parabéns a todas as que participastedes e isto só é umha demonstraçom do povo organizado!!