Polícias espanhóis agredem repetidas vezes a jovens no Multiusos de Sar por exibirem simbologia nacionalista

Persecuçom policial de simbologia galega por considerá-la “política”, emprego da violência contra as siareiras que a exibem, ameaças, detençons e, incluso, atitudes tipificáveis como delitivas como, por exemplo, facilitar identificaçom policial falsa, ou denegar informaçom a familiares de pessoas detidas, fôrom cometidos nestes meses por funcionários do Estado no estádio Multiusos de Sar num conflito onde a repressom da simbologia nacional e o emprego da violência policial como “método dissuassório” som o centro da questom.

Além das notícias aparecidas em 2013 relativas à proibiçom de que os siareiros e siareiras do Obradoiro exibam a simbologia galega no Multiusos de Sar, por achar que “é política”, as informaçons mais recentes apontam a que a diretiva do Clube ampara ou olha para outra parte ante o crescente emprego da violência policial contra as siareiras e siareiros do Obra. É o caso do jovem F. B. S., que nesta semana contatou com Ceivar para denunciar a persecuçom da que é objeto.

“Agocha a bandeObradoiroira e ponto!”

A primeira agressom que sofre F. B. S. produz-se na Copa Galiza de Baloncesto em 26 de setembro. Antes de começar, quando a afeiçom entoava o ‘Miudinho’, o moço e um outro companheiro despregárom respetivamente umha bandeira da associaçom Que voltem para a Casa! e umha bandeira da pátria. A presença de ambas provocou o achegamento de vários vigilantes privados com um superior hierárquico à paisana que advertia que “no estádio nom pode haver simbologia política” (sic).

Ante a solicitude de explicaçons por parte de F. B. S. a semelhante proibiçom, o chefe dos vigilantes chama os agentes da Polícia espanhola presentes no Multiusos. Estes identificam o jovem e espetam-lhe um “agocha a bandeira e ponto”. Por sua parte, o moço nega-se a retirá-la e, segundo possibilita a normativa, solicita aos polícias os números de identificaçom, obtendo um que, finalmente, é falso. Este comportamento desgosta aos agentes que ameaçam F. B. S. com expulsá-lo do estádio, o que fam finalmente atirando-o polas escaleiras.

Várias pessoas tratárom de auxiliar o agredido, sendo também objeto da violência policial. Assim, umha jovem que se interessou polo estado de F. B. S. recebeu dous porraços que já constam num parte de lesons realizado nesse dia. Por outra parte, o jovem atirado para o chao e quatro companheiros mais som expulsos do Multiusos. Em 5 de janeiro F. B. S. é julgado por “agressom” e “desobediência”, dada a prática “de manual” dos polícias implicados em agressons consistente em denunciarem as suas vítimas polas açons que eles cometem.

Sangue nos pulsos, detençom e ameaças

A violência policial, agora com ánimo de “vingança”, reapareceu no Multiusos de Sar em 4 de janeiro quando agentes da Polícia espanhola expulsam do estádio um companheiro de F. B. S. Ante o requerimento de explicaçons pola nova atuaçom policial arbitrária, os polícias expulsam também F. B. S. após atirá-lo para o chao, por-lhe um joenlho acima e colocar-lhe as algemas com tanta pressom que chegam a produzir lesons e cortes nos pulsos.

Assim, o jovem é conduzido escaleiras abaixo para a saída, sendo atirado de novo para o chao num descanso. As lesons produzidas fam com que este vaia ao Complexo Hospitalário Universitário de Compostela (CHUS) para fazer um parte médico que sustente a posterior denúncia. Após a gestom, F. B. S. é levado para a esquadra policial, onde é ameaçado de novo e, por último, a pessoa cujo número telefónico entrega o jovem à Polícia para informá-la da detençom nom é avisada.