O médio catalám “La Directa” interessa-se pola repressom na Galiza

“La Directa” é um médio de comunicaçom de actualidade, debate e análise editado em catalá e que pretende ejercer umha funçom social de denunciar os abusos e injustiças.  Neste mês de janeiro interesou-se pola repressom que está a haver na Galiza para saca-la á luz na sua publicaçom mensal. A reportagem centra-se nas múltiples imputaçons por “enaltecimento do terrorismo” que nos Països Catalans, como na Galiza, também estam a sofrer. Na seguinte ligaçom podedes informar-vos (em Catalá) das iniciativas solidarias com os imputados no Pais mediterraneo http://bastonersolidaris.wordpress.com/

“La Directa” entrevistou a um responsável de Ceivar que foi imputado por “enaltecimento do terrorismo” e que foi obrigado a declarar na Audiência Nacional em setembro do ano passado. Finalmente, como publicamos no web de Ceivar, a causa desta pessoa e de três mais quedou arquivada por própia petiçom da Fiscalia.

O dous de Junho, ensidirecta2narom-se cartaces com as fotos dos presos durante umha manifestaçom em protesto polo despregue de dous projectos mineiros, podes explicar contra qué era a concentraçom?

Nessa data tivo lugar umha maciça mobilizaçom de entre 20.000 e 30.000 pessoas contra os projectos mineiros que se pretendem despregar na Galiza nos vindeiros anos. Umha destas desfeitas, quizáis a de maior repercussom pública, é a de Corcoesto e que foi paraslizada graças á pressom popular. A denúncia destes projectos de clara índole colonial estivo no primeiro plano da convocatória.

Umha das actividades que as solidárias galegas fazemos é colocar-nos nas manifestaçons em lugares visíveis do transcurso da marcha exibindo faixas com legendas anti-repressivas e nalgumhas vezes com as fotos dos presos políticos galegos. Esta posta em cena fai-se a modo de performance vestindo monos e caretas brancas e com a boca tapada por umha bandeira espanhola. O objetivo é visibilizar a existência da repressom espanhola planificada contra o nosso Povo e em particular a socializaçom do trato deshumano e ilegal que o Estado somete aos presos independentistas.

Identificarom-vos durante o ato?

Foi depois de que a manifestaçom passara totalmente por diante nossa. Nesse intre foi quando a Polícia atreveu-se a indentificar-nos. Registrarom-nos e a um companheiro roubarom-lhe umha navalha. O polícia comunicou-nos que nos iam multar por empregar armas nas manifestaçons, nom pola navalha se nom que polos paus das piruletas e polas fotos dos presos.

O argumento paresceu-nos absurdo e temimos que foramos as seguintes vítimas da campanha de criminalizaçom da solidaridade que a Audiência Nacional e a Subdelegaçom do Governo na Galiza comezaram a desenvolver. Estou-me a referir a várias denúncias por “enaltecimento do terrorismo” que se tinham produzido com anterioridade.

Por que tivestedes que ir declarar a Madrid e nom vos enviarom a un tribunal da Galiza?

Com à excepçom de 3 menores de idade e nós os 4, todas as demais imputadas por “enaltecimento do terrorismo” declararom na Galiza ainda que a decissom de que assim fora foi feita também pola Audiência Nacional. No nosso caso derom-se circunstáncias um tanto especiais, já nom por ir a Madrid se nom que o dia 20 de Agosto saiu na prensa os nossos nomes completos como imputados por esse delito ademais de informaçons imprecisas sobre os factos. Estas informaçons ocupam páginas enteiras dos principais diários e mestura-se com as imputaçons da gente queum tempo depois foi sentenciada por pertença a organizaçom armada.

A diferença da extensa informaçom da que tenhem os médios de comunicaçom, aos imputados só nos chega um telegrama de duas linhas citando-nos para o dia 04 de setembro e esta comunicaçom chega o dia 27 de agosto.

Os presos de quem levavades as fotos nesses intres nom tinham sentência. Tenhem-na agora?

Sim, estos presos forom sentenciados poucos dias depois da nossa declaraçom em Madrid. A Teto e a Edu condenarom-nos a 18 anos cada um e a Maria e Antom a 10 anos também a cada umha. Penso que montarom toda a parafernália mediática com nós porque precisavam criar a sensaçom social de perigosidade (terroristas, entramado, pessoas que os enaltecem, etc.) e justificar essa sentência desproporcionada.

Depois de declarar em setembro, que aconteceu?

Justamente nesta mesma semana (pola penúltima do ano 2013) os nossos advogados comunicarom-nos que o próprio Fiscal pedia arquivar o caso porque entendia que nom se cometera nengum delito. Já se arquivarom varias mais relacionadas com “enaltecimento do terrorismo” em circunstáncias semelhantes, agora mesmo ainda faltam por resolver vinte mais.