“Temos muita confiança no nosso Povo, somos conscientes de que só a luita permanente e a solidaridade política activa nos levarám de novo ás ruas”

A continuaçom publicamos a entrevista com o preso independentista Eduardo Vigo feita para Ceivar

Durante o juízo do 24 de Junho a estratégia da Fiscalia assim como a do juíz Guevara provocou um protesto ao ter ignorado e rejeitado as provas da vossa Defesa, qual foi a tua percepçom em geral?

edu_Pessoalmente, o sucedido durante os quatro dias que durou a vista oral na Audiência Nacional nom me surpreendeu. Os meses precedentes os médios do Régime e do poder político encarregarom-se de abonar o terreno a umha resoluçom judicial que estava decidida, já nom de meses antes se nom de anos atrás. Desde há tempo enfrentamo-nos a umha política repressiva planificada onde se combina o ámbito político, policial, mediático, penitenciário e culminando recentemente, o judicial com a sentença da Audiência Nacional.

Posterior á publicaçom da sentença o nosso coleitivo emitiu um comunicado que resume o acontecido ademais das conseqüências dessa decissom judicial. Acho que é umha boa análise a este respeito.

O 25 de setembro de novo volta-ches ao banquinho do acusados da Audiência Nacional num juízo no que te absolverom, qual pensas que foi o interesse que motivou este processo no que nom existiam provas?

Hoje o Estado busca dissuadir, provocar terror entre a gente consciente e com vontade de luita. Nessa linha a acumulaçom de imputaçons, juízos, detençons… podem ser um médio útil cara esses objetivos. Que os presos sumem anos e anos de condena também pode servir como ejemplo do elevado custe que pretendem impor a quem luita de verdade. Esse interesse de amosar o “músculo repressivo” move hoje a estratégia repressiva espanhola.

Qual achas que é o objetivo de manter-vos tantos anos presos?

A pretensom principal é a repressom sempre; liquidar e emular a capacidade de luita popular. Ademais há vários objetivos interrelacionados, primeiro debilitar o potencial de luita dos militantes encarcerados e afasta-los da rua. O segundo é que buscam golpear o projecto combatente galego e, como apontava anteriormente, a intençom importantíssima de assustar e dissuadir a mocidade digna e patriota da Galiza.

Tem-se dito de vós que sodes “terroristas” mas essa nom é a percepçom real da sociedade galega, que pensas ao respeito?

Nestes anos a solidaridadde política está a extender-se amplamente de múltiples jeitos, desde o ámbito mais militante de rua até as forças soberanistas institucionais ou os organismos de Direitos Humanos. Temos muita confiança no nosso Povo, somos conscientes de que só a luita permanente e a solidaridade política activa nos levarám de novo ás ruas antes do que eles querem.

Resta-me animar e agradecer todo o apoio e compromisso dos agentes implicados na assistência aos presos políticos independentistas.

Como relacionarias ás luitas de hoje em dia com a História mais recente da Galiza?

A luita dum povo pola sua libertaçom é um processo continuo de anos, séculos, com acertos e erros, com pequenas vitórias e derrotas, avançes e retrocessos… As luitas de hoje som herdeiras da evoluçom histórica de Libertaçom Nacional que o nosso Povo leva desenvolvendo mais de século e médio. Desde o independentismo nom deixa de ser um orgulho ser herdeiros diretos do melhor da História recente da nossa luita nacional e isso há que menciona-lo sem complejos.

Quero apontar também que é necessário ter presente que a luita sempre dá resultados. Ainda sufrindo umha opressom brutal a nossa Pátria segue em pé e cada vez mais sectores sociais chegam ás teses soberanistas e isso só é possível porque houvo luitadores galegos  e porque o independentismo estivo vivo e presente na sociedade.

Que comentário se meresce que com a sentença da Audiência Nacional, qualquer pessoa ou organizaçom poida ser acussada dum delito de colaboraçom?

Sobre as conseqüências da sentença relacionados com os espaços solidários e sendo consciente das possibilidades que gera, seria cauto. Nom vejo factível, a curto praço, umha repressom tam maciça que abranga actividades estrictamente legais como a solidaridade ou a denúncia da repressom.

Tranquilidade e ánimo com os solidários, nomeadamente a Ceivar que leva anos desenvolvendo um trabalho político intenso e acertado.

Durante as visitas e nas vossas cartas sempre transmitides enteireça e firmeza, qual é o vosso papel namentres estades presos?

Quando a luita é conseqüente a repressom é umha possibilidade que há que ter muito presente assim que nas ruas ou no cárcere há que continuar com dignidade e integridade. Nom há outro caminho. Desde aqui os presos independentistas lograremos a volta ás ruas com unidade e firmeza e nisso andamos. Ainda que estejamos muito condicionados polo encarceramento a cadeia é também um espaço de luita e resitência.

Algo mais para engadir…

Para rematar quero animar á luita independentista e saudar a todas as organizaçons solidárias e sensíveis com as reivindicaçons do Coleitivo de Presos Independentistas Galegos. Sigamos sumando mulheres, homens, jovens, organizaçons e seitores políticos e sociais cara a soberania nacional. Chegaremos a umha Galiza ceive de poder popular.

O dito, ánimo e unidade!