Concentraçom perante o juízo a independentista polas mobilizaçons contra o porto desportivo de Massó

concentraom_solidria_Mass_02_04_2013_reduzida_para_webO dia 2 de Abril terá lugar em Ponte Vedra o juízo a Charo Lopes por participar nas protestas populares de 2009 contra a especulaçom em Massó, do que já informamos fai umhas semanas. Desde Ceivar fazemos um chamamento aos coletivos e pessoas solidárias para acudir a concentraçom que está convocada para as 11h do mesmo dia do juízo, diante do julgado do penal nº3 de Ponte Vedra.

Também desde este organismo anti-repressivo queremos fazer público o seguinte comunicado:

 

 

5 anos de prisom por defender o Salgueirom contra Caixanova e o PP
LIBERDADE PARA CHARO!

Hoje sabemos que crise actual tem a sua origem nas práticas corrutas e especulativas que governantes e poder financeiro levarom a cabo com total impunidade nas últimas décadas. Projectos megalómanos, construçons irracionais,obras desnecessárias… figerom parte durante anos da agenda na que políticos e banqueiros planificavam o crescimento das suas contas correntes e dos seus curriculums, assim como a destruiçom da nossa terra. No que se deu em chamar «processo de marbelhizaçom» ou de turistificaçom, a nossa costa foi um dos alvos principais destas práticas, tendo enfrente a umha populaçom e uns movimentos sociais que, já entom, denunciava e enfrentava com claridade os responsáveis da crise e os seus actos.

O caso do porto desportivo de Massó, que pretendia destruir o Salgueirom para benefício privado, é mais um exemplo destas práticas especulativas e impopulares. O projeto planeava a construçom de vários centos de vivendas, hotéis, umha grande área comercial e un porto desportivo, sob o patrocínio, entre outros, de Caixanova e o grupo San José, em conivência com um PP que controlava a Autoridade Portuária de Vigo. Frente a eles, as marinheiras e mariscadoras, o Foro Social de Cangas, a Ria Nom Se Vende, Galiza Nom Se Vende, os sectores populares em geral, e pessoas e coletivos solidários do resto do País, mobilizarom-se durante meses em defesa dos nossos sectores produtivos, da pesca de baixura, do ecosistema da ria e da democracia real, já que a maioria da vizinhança do Morraço se opunha claramente às pretensons que partilhavam o poder financeiro e os políticos ao seu serviço. Só a presom popular conseguiu que, a dia de hoje, o projecto esteja em suspenso e o Salgueirom continue vivo.

Um dos episódios centrais desta luita popular na defesa da área de Massó tivo lugar o 1 de Agosto de 2009, quando umha multitudinária manifestaçom percorreu as ruas de Cangas na defesa do Salgueirom. No final da mobilizaçom -que foi o culmem de semanas de luita vizinhal contra a construtora, contra Caixanova e contra as instituiçons políticas que amparavam os seus interesses- umha das participantes na mesma, Charo Lopes, foi detida pola Guarda Civil, acusada de alterar a ordem pública e provocar danos em umha sucursal bancária.

Hoje, quando o carácter delitivo dos directivos de Caixanova e do Partido Popular é umha evidência a olhos da sociedade galega, quem se sentará no banco das acusadas para ser julgada será a activista que em 2009 denunciou na rua os causantes da crise. A acusaçom suma dous anos de prisom por um delito de desordens públicas, dous anos e tres meses de prisom por delito de danos mediante incéndio e um delito de danos com multa de vinte meses de pagamento de umha quanta diária de dez euros, e umha responsabilidade pessoal em caso de impago de um dia de privaçom de liberdade por cada duas quotas impagadas, o que significa mais 300 dias de prisom. O que fai que Charo se enfrente a um total de cinco anos e um mes de cárcere.

As pessoas que formamos parte deste organismo consideramos escandaloso e preocupante que Charo Lopes poda entrar em prisom. Porque sabemos que os únicos criminais neste episódio da vorágine especulativa e corruta que desencadeou a crise, som precisamente os poderes políticos e económicos que denunciavam ela e os milhares de pessoas que naquele 1 de Agosto ateigarom Cangas. Porque somos conscientes de que só graças à sua luita decidida e comprometida, daquela vez a oligarquia nom se saiu coa sua. E, por todo isso, fazemos um chamamento à solidariedade popular com Charo, e exigimos a sua livre absoluçom.