Julgamento revela a debilidade das provas contra Telmo e Miguel

conc_telmo_miguelColamos a continuaçom a crónica publicada pola equipa do galizalivre do segundo dia do juízo em Vigo contra Telmo Varela e Miguel Nicolás/ O julgamento de Miguel Nicolás e Telmo Varela quedou visto para sentência após a defesa reclamasse a absolviçom de ambos os dous, assi como a liberdade inmediata de Telmo. A labor dos advogados expuxo a debilidade e fragmentaçom das provas nas que a Fiscalia basea a acusaçom contra estes sindicalistas. A segunda jornada do julgamento transcorreu entre um dispostivo policial mais restritivo ca o do primeiro dia e a presença de novo de pessoas solidárias nos arredores dos julgados de Vigo.

A segunda jornada do julgamento contra Miguel Nicolás e Telmo Varela contou com um presença policial ainda mais notória ca no dia anterior. Na porta dos julgados, agentes da Polícia Nacional comunicavam às pessoas que entravam que apenas podiam transpassar as portas deste edifício público aquelas que tivessem umha citaçom judicial. A pesar destas presons, à sala onde se realizava a vista contra Telmo e Miguel conseguírom acceder algumhas das pessoas achegadas aos acusados e a prensa. Fóra mais de cincuenta pessoas voltárom concentrar-se denunciando a berros que “este juiço é umha farsa” e reclamando a liberdade de Telmo Varela e a absolviçom de Miguel Nicolás.

Na manhá desta quarta escuitárom-se os testemunhos propostos pola defesa. Assim, militantes da CUT e membros da Assembleia de Parados de Vigo expugérom o trabalho sindical e social que desenvolviam os acusados. Durante os interrogatórios aos redatores dos relatórios periciais, um dos letrados da defesa protestou porque num desses relatórios recolhia-se que o tipo de artefactos de cuxo emprego se acusava a Telmo e Miguel eram os mesmos que usavam “grupos independentistas”. O redator respostou que esta esta era “umha forma de falar sacada dos meios de comunicaçom” e admitiu que estas valoraçons nom eram científicas.

Incongruências e falta de garantias

Nas conclusons, a defesa manifestou a debilidade dos indícios nos que a Fiscalia basea as suas acusaçons e enumerou as abondonsas incongruências reveladas e a falta de garantias de muitas das provas apresentadas polo Ministério Público. Assi, os advogados queixarom-se de que nom se trougeram à vista as peças de conviçom provatórias para o seu reconhecemento, senom que apenas se aportárom fotografias das mesmas. Tambem se lamentou que a Fiscalia se tivera negado no seu momento a fazer umha reconstruçom dos feitos para certificar se é possível observar desde um sexto andas as letras e cifras das matrículas dos carros que circulam pola rua. Precisamente, um dos pontos que levantou discussom nas sessons do julgamento fôrom os testemunhos aportados pola Fiscalia sobre a madrugada dos feitos dos que se acusa a Telmo e Miguel. Umha desas testemunhas, que teriam aportado alguns números de matrícula dum carro avistado desde um sexto andar, afirmou na vista que os números e cifras que aparecem numha declaraçom anterior foram-lhe ditos pola Polícia.

A defesa pediu tambem a impugnaçom das intervençons telefónicas por vulneraçom de garantias procesuais e do registro no garagem no que estava o carro do Miguel o dia da sua detençom. Os advogados tambem mostrarom dúvidas sobre a apariçom de umha pegada de Telmo num recipiente de clorato potásico que a Guardia Civil teria recolhido perto da sua casa. Se o Ministério Público afirma que o acusado manipulou as bolsas que se atopárom ali, por que nom aparecem mais pegadas?, perguntava a defesa.

Fazendo uso do seu direito à última palavra os acusados manifestárom o caráter marcadamente político deste processo. Telmo salientou que foi “condenado desde o primeiro dia e levarom-me a 500 quilómetros da minha cidade. Nom existiu para mim a presunçom de inocência”. Miguel afirmou que “estamos aqui por fazer um sindicalismo de classe e criar consciência entre os desempregados” e denunciou os abusos aos que se viu sometido, como a aplicaçom de legislaçom anti-terrorista ou os maus tratos em cárceres espanhois.