Crónica da primeira jornada do julgamento a Telmo e Miguel no Julgado do Penal de Vigo

TELMOTirado do galizalivre/ A primeira jornada do julgamento contra os independentistas e sindicalistas Miguel Nicolás e Telmo Varela, que se celebrou no julgado nº1 de Vigo, viu-se marcada por umhas medidas de seguridade excepcionais que impedírom acceder à sala a familiares e amigos das pessoas acusadas. Nas inmediaçons dos edíficios, concentrarom-se um centenar de pessoas que mostrárom o seu apoio a Telmo e Miguel. Os acusados pugerom de manifesto a existência dumha montagem policial para golpear o sindicalismo combativo que estava a agromar na comarca e a defesa salientou a invalidez dalgumhas das provas aportadas pola Fiscalia, como escuitas telefónicas ou o registro do veículo de Miguel.

A primeira hora do dia já na imprensa local se anunciava que os julgados nº 1 de Vigo iam contar com um dispostivo de seguridade especial com o motivo do julgamento contra Miguel Nicolás e Telmo Varela. Este despregue policial impediu o acceso à sala à maior parte de familiares e achegados que se atopavam nas instalaçons para participar no público. O reduzido número de pessoas às que se lhe permitiu o acceso levantou a indignaçom dalguns dos presentes, quem se preguntavam se havia algo que ocultar para impedir a entrada à sala. Tambem se ameaçou com restringir a entrada de meios de comunicaçom, mas finalmente entrárom todos os meios presentes, a excepçom dos repórteres gráficos.

No banquinho sentavam Miguel e Telmo, este escoltado por dous polícias. O primeiro deles em liberdade baixo fiança desde o passado mês de maio tras sofrer 14 meses de prisom sem juiço. O segundo foi transladado desde a prisom de Topas, onde permanece encarcerado desde há quase dous anos, ate a de A Lama. Tanto o seu letrado como ele próprio na vista da manhá desta terça denunciárom que a viagem de 8 horas em cubículo reduzido que padeceu nom lhe permitiu preparar de jeito idóneo a sua defesa num sumário que conta com uns 3.000 fólios. A ambos a Fiscalia acusa-os de atacar um escritório do INEM com ‘cócteis molotov’ o dia 15 de dezembro de 2010, solicitando 5 anos de pena para Miguel e 10 para Telmo.

Miguel negou os feitos dos que se lhe acusam e sinalou que, devido à sua participaçom na assembleia de desempregados da cidade, vistara as inmediaçons de diversos escritórios do INEM da cidade para programar diversas acçons como concentraçons ou repartos de panfletos. Miguel afirmou tambem que depois da sua detençom e o seu passo polos cabouços, a Polícia colhera-lhe as chaves do seu carro, entrárom no garagem no que estava e o registrárom sem poder ver por ele próprio a atividade das Forças de Seguridade do Estado.

Telmo começou a sua declaraçom ante as perguntas da Fiscalia denunciando que existe na justiça umha dupla vara de medir, citando os recentes cassos de corrupçom nas cúpulas de partidos políticos. Assimesmo, negou também os feitos dos que se lhe acusa e afirmou que som umha “coartada” para criminalizar o sindicato do que forma parte, a Central Unitária de Trabalhadores/as, e a sua labor na naval viguês. A este sindicalista viguês se lhe relaciona com um “zulo”, em palavras da acusaçom, no que se teria atopado clorato potásico e ácido sulfúrico, substâncias que o acusado afirmou desconhecer. Telmo sinalou que “a Guardia Civil sabe que som inocente” e que este corpo estava a seguir a atividade do sindicato.

Testemunhas


Durante os interrogatórios às testemunhas, um membro da Guardia Civil expuxo que as investigaçons começarom depois de que um comunicado anónimo fora remitido por correio ordinário ao cuartel da Guardia Civil de Pontevedra que alertava de posíveis ataques a alguns locais da cidade de Vigo. Os testemunhos das Forças de Seguridade do Estado expunham a operaçom realizada contra os acusados, enquanto a defesa revelava as irregularidades e a falta de garantias das que estava cheio o procedemento, como a ausência dum secretário judicial durante o volcado das imagens dumha cámara que teria gravado a Telmo achegando-se ao presunto “zulo”. Mesmo umha das testemunhas da Guardia Civil chegou a asegurar que nom podia dizer que foram os acusados os que queimaram o INEM de Coia.

A solidariedade escuitou-se na sala


Durante a vista, Telmo e Miguel puidérom escuitar alguns dos berros que desde fóra estavam a corear um centos de solidárias e solidários, como “Nom pode ser, obreiros na cadea e corruptos no poder” ou “Aos presos agora queremos ve-los fóra”. Afinal da vista, que se estendeu ate as 4 da tarde, a Telmo apenas lhe permitirom intercambiar um breve apretom de mans com a sua mulher antes de que os seus escoltas o retiraram da sala.