5 e 6 de Fevereiro: Juízo contra Telmo e Miguel!

telmo_e_miguel_webOs próximos 5 e 6 de Fevereiro vai ter lugar no julgado nº1 de Vigo (rua Lalim, 4), o juízo contra os militantes galegos Telmo Varela e Miguel Nicolás Aparício dous anos depois das suas detençons.

Miguel Nicolás passou ano e meio preso, dos quais exceto dous meses no cárcere da Lama, estivo dispersado em Villabona (Asturies) e Villanubla (Aragom), até sair baixo fiança de 3000 euros o passado mes de Maio. Telmo, segue ainda hoje em prisom preventiva, trás passar polos cárceres de A Lama, Dueñas (Paléncia) e Salamanca, onde se atopa atualmente a poucos dias do seu julgamento, provocando indefessom já que deste modo nom pode preparar umha defessa em condiçons com os seu advogados.

Desde o organismo popular anti-repressivo Ceivar queremos denunciar a farsa e a montagem jurídico-polocial contra o movemento obreiro e sindicalista que simboliza este juízo, polo que encorajamos as pessoas e coletivos solidários a apoiar e participar na concentraçom convocada para às 9:30h diante do julgado nº1 de Vigo os próximos 5 e 6 de Fevereiro.

A continuaçom reproducimos o comunicado de Telmo e Miguel ante o seu juízo:


telmo e miguelTelmo Varela e Miguel Nicolás dirigimos desde Ceivar este escrito ao conjunto do povo trabalhador galego e a todas as centrais sindicais, organizaçons e colectivos galegos, para vos pedir toda a solidariedade possível perante o juízo datado às 10:00 horas do 5 e 6 de Fevereiro do 2013 no Julgado do penal nº 1 de Vigo; onde sob acusaçom dum ataque ao INEM em 2010, enfrentamo-nos a umha petiçom fiscal que suma um total de 15 anos de prisom.

Telmo e Miguel, ambos electricistas do naval, activistas sociais e daquela militantes da CUT, fomos vítimas dumha montagem mediática e policial, construída em base a indícios casuais, carentes dalgum tipo de prova que poda sustentar-se. Em umha época de conflituosidade social, dum novo intento de desmantelar o sector naval, com um incremento alarmante do desemprego que, junto com uns pacotes de reformas e decretos, forom abrindo passo à dramática situaçom que hoje em dia padecemos como povo trabalhador galego. A única finalidade e objectivo das nossas detençons foi o de levar a cabo umha campanha com a que reprimir e criminalizar qualquer resposta obreira e sindical de carácter combativo.

Este ataque ao INEM aconteceu na madrugada do 15 de Dezembro do 2010, em umha época na que as cifras do paro na Galiza chegavam a 250.000 obreiros e obreiras privados do seu direito a trabalhar, enquanto o governo de Zapatero ameaçava com arrebatar as esmolas dos 420 euros com que tantas famílias da nossa classe e povo tentavam sobreviver.

Na mesma manhá dos ataques, enquanto o INEM de Coia já funcionava normalmente, detiverom a Miguel, e até o 2 de Maio do 2012, baixo a lei anti-terrorista, mantiverom-o sequestrado e dispersado em cárceres do Estado Espanhol, os dous primeiros messes na prisom de A Lama, 8 meses na de Villabona em Asturies e o resto até cumprir ano e meio na prisom de Zuera em Zaragoza, a mais de 900 km da Galiza. Saiu baixo umha fiança de 3000 euros, arrecadada entre a solidariedade da nossa classe na manifestaçom do 1º de Maio, polo Comité de Solidariedade e Apoio a Miguel e Telmo (CSAMT).

Telmo, detido o 9 de Março do 2011, após um despiedado linchamento mediático, ainda continua preso e dispersado actualmente na cadeia de Salamanca, a 413 km da Galiza, trás passar polos cárceres de A Lama e Dueñas em Palencia a 486 km do país, levando já quase dous anos privado da presunçom de inocência e à espera do juízo.

Após mais de 6 intentos da sua posta em liberdade provisória, mantenhem-o preso com argumentos tam absurdos como a proximidade da Galiza com Portugal, que a crise continua e inclusive por falta de arraigo familiar e laboral, quando cada mês, à parte das amizades, recebe a visita da sua mulher e o seu filho de 9 anos, e até existe um contrato laboral aguardando-o, para reincorporar-se ao trabalho nada mais sair da cadeia.

Como carecem de base e de argumentos para prolongar a cadeia por mais de dous anos em condiçom preventiva, a estreita colaboraçom da justiça com o ministério do interior, um mês antes de se cumprir os dous anos, celebram o juízo com o firme propósito de condená-lo. Sabem perfeitamente que o sumário está cheio de lagoas e provas pré-fabricadas, e querem, a pesar de todo, assegurarem-se umha condena exemplarizante para que o movimento operário fique dócil.

Nos dias 5 e 6 de Fevereiro de 2013, no julgado do penal 1 de Vigo, imos-nos enfrontar a um juízo marcadamente político, onde toda arbitrariedade exercida polo regime, policial, jurídico, penitenciário e mediático, padecida ao longo deste processo repressivo de quase dous anos, materializará-se de forma descaradamente injusta e contundente contra nós, com umhas petiçons que sumam 15 anos de cadeia para dous trabalhadores do naval acusados de terem dignidade.

A repressom do Estado, tanto a nível sindical, como contra o independentismo, tem-se agudizado no devalar destes últimos anos, atacando sem trégua o nosso povo, tratando de arrebatar e privatizar todos os nossos direitos e serviços sociais atingidos em décadas, a costa da política do medo e do escarmento, de montagens policiais com os que tratarem de silenciar e criminalizar, a toda pessoa ou movimento que se atreva a protestar.

Polo que pedimos vossa assistência aos julgados, que nos arroupedes contra este novo intento de criminalizar a nossa classe, que nom somos terroristas, mas sindicalistas galegos, que estamos fartos e fartas de montagens policias com os que sequestram a nossa gente, da incomunicaçom em que a torturam, da dispersom com a que nos os/as afastam para também atacar a familiares e amizades, que nem a luita obreira nem defender a terra som delito, que quando o nosso povo se vê assovalhado, esquilmado e atacado deste jeito polo Estado, mais legitimidade tem para defender-se.

Só com solidariedade poderemos fazer-lhe frente.

Saúdo,

Telmo e Miguel