Plataforma Anti-repressiva de Guadalajara pede fim da dispersom do preso independentista galego Xurxo

PAGDesde junho deste ano cria-se em Guadalajara umha plataforma anti-repressiva com os objetivos de dar difusom e organizar acçons e campanhas para dar a conhecer a repressom e promover a solidariedade.

Um destes gestos solidários foi o de denunciar, desde o dia da greve do 14 de novembro, a dispersom penitenciária a que se ve sometido o preso independentista galego Xurxo Rodrigues Olveira que se encontra no módulo de menores da, para eles próxima, prisom de Alcalá-Meco.

A acçom que realizarom foi a dum reparto massivo dumha brochura na que se exige o fim da dispersom e denúncia a vulneraçom de direitos do companheiro Xurxo, rematando com um esperançado e solidário “que voltem a casa!”.

Xurxo foi detido em setembro deste ano num operativo contra o independentismo que se desenvolveu na cidade de Vigo, e está em prisom preventiva nesta cadeia a 636 km da terra. Xurxo, junto a Diego e Hector, denunciaram sofrer maus tratos e torturas no transcurso da sua detençom levada a cabo pola Guardia Civil.

Aproveitamos esta nova para colar a continuaçom umha carta de Xurxo publicada o passado 20 de novembro no GalizaLivre e dirigida a Ceivar, entre outros coletivos e organizaçons:

XURXO RODRÍGUEZ OLVEIRA

Carta desde Meco

xurxo_webEsta carta vai dirigida a todas àquelas pessoas e coletivos ou organizaçons, como Ceivar ou Esculca entre outros, que achegarom-nos a sua solidariedade e fizerom palpável a vulneraçom de direitos e liberdades que, umha vez mais, sofrem cidadas dignos e comprometidos com o nosso povo, Galiza.

As palavras expressadas nesta carta quedam curtas para refletir a nossa gratitude e admiraçom por todo a vossa lavoura de socializaçom que levades a cabo, mas sobre todo por continuar no caminho de luita e resistência.

Qualquer pessoa consequente com os ideais e princípios que predica, como dixo Castelao, se nom o é, será porque é um falsante. Por isso mesmo a repressom, e mais concretamente as nossas encarceraçons, nom cambiam as cousas: continuemos luitando para manter vivo o alento do nosso povo, da nossa Terra, da nossa cultura, da nossa língua… Nom conseguiremos umha Galiza ceive, nem hoje nem manha, mais quizas num futuro sim, porque a luita é a mesma vitória.

A sociedade consciente e comprometida galega tem que fugir da marginalidade, dos seitarismos, e das incoerências que tanto a prejudicam. A única maneira para que Galiza avance é caminhar cara a unidade, todos juntos, como irmas e irmaos que somos, é o nosso dever e a nossa tarefa.

Sabemos que  o inimigo é forte, tem meios e bate quando tem que bater, mas também sabemos que o mercenariado da Brigada Central de Madrid, esta bastante preocupado. Quando o Estado cria um mecanismo exclusivo de repressom contra o povo galego, nom será por umha mera coincidência.

Nom poderám parar a umha sociedade asovalhada e ultrajada desde séculos.

O facho está prendido, arde incandescente coma um sol, que nunca se apaga, e vai iluminando cada vez mais forte com cada cidadam disposto a atuar em consequência, cada quem no seu âmbito, unidos numha luita colectiva pola dignidade da nossa naçom.

Por último, fago um chamamento a continuar no guieiro do compromisso e da solidariedade ativa com todos aqueles que sofrem a repressom.

Também aproveito para arroupar e mandar-lhes umha forte aperta ao conjunto de famílias dos presos independentistas e antifascistas galegos, que sofrem nas suas próprias carnes as consequências do conflito. Todos eles e elas som o orgulho do nosso povo.

Muito obrigado por todo:

Viva Galiza Ceive e Socialista!!

Denantes Mortos que Escravos!!

Resistir é vencer!

Na prissom de Alcalá de Henares, a 29 de setembro de 2012