Solidariedade com @s processad@s do #8F

8F_45anosO 14 de Fevereiro de 2010, a organizaçom galegófoba Galicia Bilingue convocou em Compostela umha manifestaçom contra as medidas de protecçom do nosso idioma impulsionadas pola Junta da Galiza. Na saida da manifestaçom espanholista, defensoras e defensores do galego juntarom-se espontaneamente para mostrar a sua indignaçom e berrar em favor da nossa identidade nacional, sendo brutalmente agredidos pola polícia e polos manifestantes de GB.

Dúzias de pessoas forom identificadas e multadas polo simples feito de falar galego perto de onde saia a manifestaçom. Como conseqüência dos graves enfrentamentos ocorridos depois das primeiras cargas policiais, doze pessoas sentarám no banco dos acusados num juízo que começará  a próxima terça-feira 23 de outubro. A fiscalia solicita para elas um total de 45 anos de prisom e sançons económicas totais de 30.000 euros.

Estanse a celebrar as primeiras asembleas locais de solidari@s cos procesad@s do #8F. Ontem realizarom-se em Lugo no centro social Mádia Leva! e em Compostela no centro social Arredista e hoje, quinta-feira 18 de outubro, em Ourense no centro social Sem Um Cam às 20h.

Publicamoa a continuaçom o Manifesto de Solidariedade com @s processad@s do #8F:

A nossa língua nacional encontra-se num estado limite. A gravidade da sua situaçom chega a tal ponto que, segundo confirmam os estudos sócio-lingüísticos mais solventes, a transmisom intergeracional já nom está garantida e em questom de décadas, de nom mediar profundas mudanças em políticas e atitudes por parte da sociedade galega e as instituiçons, podemo-nos enfrontar ao sucesso final do processo de extermínio lingüístico iniciado em 1492. Esta é a crua realidade para quem amamos este país e o seu idioma como máxima expressom de nós.

Em 2009, as medidas favoráveis ao Galego que adoptava a administraçom bipartida tivérom umha contestaçom feroz e extremista dos sectores políticos e mediáticos partidários do seu extermínio definitivo ou da sua conversom numha síria reduzida à comunicaçom doméstica e informal: fazer do Galego um idioma constrangido a determinadas esferas da comunicaçom, mas indigno do ensino, das administraçons, dos meios públicos, etc., foi, e é, o cartom de visita dos que onte ordenavam aos nossos avós e avoas a ponta de fusil Sea patriota. No sea bárbaro. Hable usted nuestro idioma cervantino e agora se envolvem no argumento hipócrita da Libertad de idioma ou da Libertad para elegir. Distintas estratégias para o mesmo fim.

Aquel 8 de Fevereiro de 2009, quando grupos tam significativos como Falange Española de la JONS, Unión Progreso y Democracia e os dirigentes mais radicalizados do Partido Popular saírom às ruas de Compostela para bloquear o avanço do Galego com a convocatória de Galicia Bilingüe, decidimos, como figérom centenas de galegas e galegos, saír também à rua para denunciar aquela farsa ridícula que pretendia converter as vítimas em verdugos e aos históricos valedores da imposiçom do espanhol em “mártires” dumha língua sem direitos.

Com esta resposta colectiva pugemos acima da mesa a dignidade nacional das galegas e os galegos e denunciamos que é a língua da Galiza a vítima da imposiçom, da minorizaçom social e do perigo real de extinçom. Fumos, por este motivo, identificad@s por falar em Galego, golpead@s brutalmente, detid@s e criminalizad@s, enquanto a minoria extremista deste país que é partidária de aniquilar a sua língua se manifestava com protecçom policial e a companhia de centenas de pessoas traidas em autocarros vindos de fora da Galiza.

Agora, mais umha vez, a inversom extravagante acontece na realidade: os processados e processadas somos os agredidos. Acusa-se-nos de um amplíssimo abano de delitos que vam da “resistência à autoridade” que golpeava cidadás e cidadaos caidos no chao até “desordens públicas”, por fugir de quem se assanhavam com pessoas indefensas.

A guinda do pastel é umha petiçom fiscal de 45 anos de prisom por levantar a voz contra os inimigos do Galego, que pode supor o ingresso em prisom de muit@s de nós, e a imposiçom de sançons económicas impossíveis de afrontar que superam os 30.000 euros.

Os doce homes e mulheres que nos sentaremos na bancada dos acusados a partir de 23 de Outubro em Compostela demandamos da cidadania galega, das vossas organizaçons políticas, sindicais e sociais e de todos aqueles e aquelas que, dia após dia, defendedes a lingua desta velha naçom, um exercício de solidariedade activa com os e as processadas, denunciando o juízo político de que seremos objecto, posicionando-vos publicamente e mobilizando-vos em reivindicaçom da nossa liberdade o dia do início da vista. A vossa solidariedade é, agora, imprescindível.

Colectivo de processad@ @8F_45 anos

Defender o Galego nom é delito