Em lugo fixerom umha ceia-coloquio na que participarom os pais da combatente galega Maria Osorio López, e a que acudirom vinte pessoas, no Centro Social Madia Leva.

A rondalha, formada por 50 pessoas, percorreu várias ruas da cidade ante a expectaçom
das vizinhas e vizinhos que se asomavam às janelas.
Tras a lectura, por parte de umha companheira do Organismo, do Comunicado do Colectivo de Pres@s Independentistas Galeg@s, que já reproducimos há uns días neste web, um membro da Mesa Nacional deu lectura ao comunicado que a continuaçom reproducimos. Por último, tomou a palavra o ex-preso independentistas Ugio Caamanho Sam-Tisso, que fixo umha serie de reflexons sobre as presas e os presos políticos do nosso país, sobre a continuidade disto e sobre a dignidade dum povo que se resiste a morrer.
Mais tarde desfrutamos dum jantar no bar O Pozo.

Depois fixo-se umha ceia no Centro Social A Revolta, na que participarom, ao igual que na palestra, por volta de 20 pessoas.
Hai quem, ainda, questiona a existência de presas e presos políticos num estado espanhol que, armado de constituiçom, polícia e exército, nega sem dissimulo e até com orgulho qualquer possibilidade de livre determinaçom para o nosso povo, e de umha vida digna e boa para os escravos do trabalho.
Hai quem, com cegueira ou sem vergonha, continua a adjectivar de democrática umha Espanha que governa contra os povos, que entrega os seus meios legislativos e repressivos aos grandes capitais e aos seus interesses oligárquicos, que caminha a passos de gigante cara o fascismo, empurrado por polícias que matam e torturam, por juízes que sentenciam mesmo a dissidência pacífica, por carcereiros que exercem o sadismo como um trabalho, e por políticos que se enriquecem permitindo e impulsionando a demoliçom da democracia formal.
Hai -companheiras e companheiros- quem nom entenda que sentido fai a comemoraçom na Galiza do Dia Internacional de Apoio às Presas e Presos Políticos. Mui brevemente, gostariamos de poder explicar o sentido que CEIVAR lhe dá a esta data.
A existência de militantes presas e presos polo seu incumprimento daquelas leis que desarmam o nosso povo frente o Estado, pom em evidência a existência dum quadro jurídico e político desenhado para a destruiçom da nossa naçom, através da imposiçom violenta dos interesses da oligarquia espanhola. Os tradicionais discursos “contra a violência” perdem toda credibilidade quando calam ante as agressons e assassinatos da polícia, ante a destruiçom da nossa terra e o nosso modo de vida com explossivos, tuneladoras e maquinária pessada, ante os orçamentos milhonários destinados à compra de armamento com o que reprimir o povo e oxigenar o imperialismo. Se hai presas e presos independentistas é porque o Estado elege a violência como o médio para resolver os conflitos entre Galiza e Espanha, entre povo e oligarquia, e ainda codifica na sua legislaçom penal a maior trampa, o maior abuso: a garantia de que só eles podem usar a força para fazer política.
Mas a existência de galegas e galegos prisioneiros por enfrentar-se a Espanha, nom pom apenas em evidência o carácter do nosso inimigo. As presas e presos independentistas demostram que diante do Estado mais e melhor armado da história do nosso submetimento nacional, ainda hai um povo capaz de dar filhas e filhos cargados de dignidade, de valentia, de honradez, de amor e de esperança. Na sua condiçom de vítimas extremas, completamente à mercé do inimigo, mas às que o Estado ainda necessita controlar, reprimir e castigar de forma excepcional, as prisioneiras e os prisioneiros políticos sacam à luz a insegurança radical de quem se vê incapaz de exterminar as sementes da dissidência galega.
Companheiras e companheiros: a celebraçom do Dia Internacional de Apoio às Presas e Presos Políticos nom deve servir só para expressar o abraço do seu povo a Santi e a Eduardo Vigo, a José Sanchez, a Teto Rodriguez, a Miguel Nicolás, a Telmo Varela, a Maria Osório, a Antom Santos e a todas aquelas galegas e galegos encerrados por enfrentar o Estado e o Capital. Deve servir, também, para tomarmos consciência e orgulhar-nos da capacidade e da vontade de luita do nosso povo, para dar-nos conta dumha verdade tam simples como esperançadora: que detrás do sadismo e do arsenal de guerra de Goliat, o que se agacha é o medo a cair baixo as pedras de David.
Vivam as presas e os presos independentistas!
Viva a sua luita!
Viva Galiza Ceive e Socialista!