Fraga Iribarne foi um fascista

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Este sábado às 12:00 desde a Alameda de Compostela até a Praça 8 de Março terá lugar umha manifestaçom baixo a legenda: “Fraga Iribarne foi um fascista”, “A transiçom foi umha fraude contra o povo galego”. Este dia terá lugar a prolongaçom do engano histórico e exaltaçom da figura de Fraga desatada polo arco político e mediático que sustenta ao Estado espanhol: “un gran funeral” no Obradoiro com dezenas de gaiteiros, revivindo as investiduras como presidente da “Xunta”. Ante a nojenta campanha desatada nos últimos dias convocamos ao movimento popular a rejeitar na rua a este inimigo da Galiza e do povo galego.


Contra a tergiversaçom da nossa história

Fraga Iribarne foi um fascista

A Transiçom foi umha fraude contra o povo galego

A morte de Manuel Fraga Iribarne desatou umha operaçom de tergiversaçom histórica de dimensons monumentais. Por obra e graça de meios, partidos constitucionalistas e opinólogos, o máximo responsável da repressom em 1962-1969 e logo, em 1976, o assinante de execuçons sumárias, o responsável político de assasinatos e arquitecto de fraude que para a maioria social galega foi a “Transiçom Democrática”, aparece de súpeto como um velho entranhável, um tanto brusco, mas, a fim de contas, “comprometido com Galiza” e “loitador pola democracia”. O engano histórico que consuma nestes dias é colosal e merece ser respondido nas ruas da Galiza.

O relato manipulado da história recente oculta sem embargo que Fraga Iribarne morreu considerando que o Genocidio iniciado em 1936 fora “necessário” e que nunca respondeu polas suas actividades e crimes à fronte do “Ministerio de Información” do fascismo. Oculta e manipula, tamém, que desde a sua responsabilidade como presidente da “Xunta de Galicia”, submeteu o nosso País à destruiçom de todos os seus sectores produtivos estratégicos, cumprindo as ordes de Madrid como bom “servidor de Espanha” que foi, produzindo desemprego, emigraçom e miséria para miles de galegas e galegos. O relato oficial silencia tamém que minorizou com grande éxito a presença social da nossa língua, à vez que fazia gala dum galeguismo folclorista e que constroiu um entramado de poder caciquil, institucional e empresarial confrontado com os direitos e necessidades da maioria social dos galegos e galegas.

Por que todos repitem o mesmo?

A unanimidade do arco político e mediático que sustenta o Estado espanhol sobre Fraga Iribarne tem umha explicaçom lógica: o ex ministro fascista foi um dos desenhadores e executores dum dos experimentos de engenharia social mais exitosos dos últimos tempos: a Transiçom espanhola. Sintetizando em extremo, esta operaçom permitiu passar dumha ditadura criminal a um regime formalmemte democrático sem remover os pilares fundamentais do sistema que se impunha a lume e fogo em 1936 e permitindo que criminais como Fraga Iribarne ou Martín Villa se convertessem em “democratas” sem assumirem as suas responsabilidades penais.

A Transiçom foi umha fraude contra o povo galego: mantivo a dependência histórica, furtou o exercício do direito de autodeterminaçom e impuxo um regime autonómico gestionado polos mesmos que, anos antes, inçaram Galiza de passeados, presos e torturadas. Os mesmos cans de sempre, agora, com outros colares, seriam os que construissem esta presunta democracia