Solidariedade galega chegou até as portas das prisons madrilenas

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Galizalivre.org /  Meio centenar de pessoas respondêrom ao chamado de Ceivar na Marcha às Cadeias, evento anual que este ano tivo que adiar-se quinze dias por causa da proibiçom governamental. As prisons em que estám fechados os quatro presos mais recentes fôrom as escolhidas polo organismo anti-repressivo, que tivo que descartar a opçom de acudir a todas as prisons com presos independentistas devido a que a política de dispersom os tem repartidos em oito centros diferentes.

Identificaçons por polícia e guarda civil

O autocarro, que recolheu gente em Compostela, Vigo e Ourense, foi bloqueado nesta última cidade às duas da madrugada por um controlo da polícia espanhola formado por cinco carrinhas. A detençom durou algo mais de meia hora e durante a qual os agentes obrigárom a entregar os documentos de identidade a todos os participantes da Marcha. Depois dessa paragem previsível o autocarro prosseguiu a sua viagem nocturna adentrando-se em Espanha, para ser detido novamente antes do túnel de Guadarrama, neste caso por umha dotaçom similar de guardas civis. Estes, com umha atitude mui hostil e provocativa, além de recolher de novo os documentos de identidade figérom baixar do autocarro várias pessoas para as intimidar, e ameaçárom os solidários de “levar detidos” aos que durantes os atos nas prisons portassem os cartazes com as fotografias dos presos. “Essas fotografias podem ser interpretadas como um delito de exaltaçom do terrorismo”, explicou polo microfone do autocarro.

Berros e buzinas contra os muros

A primeira paragem efetuou-se na prisom de Soto del Real, na que foram ingressados os quatro detidos de há um mês mas na que somente permanece Maria Osório. Ali um grupo de galegas uniu-se à marcha, que se apostou no ponto mais próximo possível aos módulos de mulheres para lançar dali as suas palavras de ánimo, os cláxones e os petardos. A disposiçom da cadeia, porém, com um perímetro de segurança mui largo e umhas leiras próximas totalmente cercadas, mantivo mui longe a comitiva, impedindo a comunicaçom com a presa lucense.

Ainda à manhá pudo-se chegar até a prisom de Estremera, aonde Teto Fialhega foi conduzido durante a dispersom que separou os quatro patriotas. Aqui, como no resto das prisons, a Marcha às Cadeias nom encontrou nengum problema com a dotaçom da guarda civil que estava a esperá-la. Isso sim, o autocarro foi escoltado por carros “à paisana” durante o seu deslocamento por Madrid.

Em Aranjuez, já pola tarde, a Marche tivo mui difícil aproximar-se do módulo de isolamento, no qual se encontra Antom Santos, mas os seus berros causárom um grande rebúmbio na cadeia. Os presos, que a essa hora se encontravam encerrados nas celas, respondêrom com palavras de apoio e de denúncia do cárcere, chegando a estabelecer-se um diálogo desordenado entre o interior e o exterior. Vários presos políticos bascos também berrárom consignas de solidariedade com a Galiza, sendo respondidos com lemas em êuscaro reivindicando a liberdade dos presos bascos.

Os participantes da Marcha tinham reservado para o final o episódio mais gratificante, porque na prisom de Navalcarnero, já com o sol deixando passo à noite, conseguiu-se chegar tam perto do módulo de isolamento que Eduardo Vigo pudo responder às consignas e agradecer a visita. Umha hora depois pudo-se saber, por meio de um telefonema à família, que Eduardo estava naquele momento no pátio do módulo, e que ao responder com gritos à Marcha foi devolto à sua cela e sancionado polos carcereiros, que lhe ordenaram nom comunicar-se com os solidários.

A viagem de volta correu sem incidentes, com os solidários fatigados por mais de 24 horas de autocarro mas contentes de ter cumprido com o compromisso anual de minimizar a distáncia física com os companheiros, levando a solidariedade e o carinho a poucos metros das prisons distantes em que se encontram.

Sánti Vigo, em segundo grau

Esta semana o preso independentista Sánti Vigo, recluído na prisom de Dueñas (Palência), foi “progressado de grau”, passando do módulo de primeiro grau em que levava um ano ao módulo 4, de segundo grau. Desta maneira, passará a desfrutar de mais horas de pátio, acesso a atividades e cursos, um regime menos estrito… O módulo 4 desta cadeia está ocupado por presos considerados “conflituosos”, nom vive nele nengum outro presos político e está menos superpovoado que a maioria, de facto os presos costumam dispor de cela individual (Sánti está só também).