CEIVAR HOMENAGEIA A LOLA E JOSE

lola
Na manhá de hoje o Organismo Popular Anti-Repressivo Ceivar homenageou `@s combatentes galeg@s Lola Castro e Jose Vilar, nos cemiterios de Meirás e Culheredo. Por volta das 11:30 juntavamo-nos um grupo de pessoas arredor da tumba de Lola Castro, onde se leu um discurso, se cantou o himno e fixo-se-lhe umha ofrenda floral. Quando as pessoas alí reunidas demos por rematado o acto, colhimos os nossos carros para percorrer o caminho que nos quedava até Culheredo. Na entrada à carretera nacional agardava-nos um control da Guardia Civil, que parou todos os carros que saiam do cemiterio, identificando a tod@s @s ocupantes, fazendo registros tanto pessoais como dos carros… ante a pergunta de a que vinha tanto control, os Guardias Civís respondiam “es un control rutinario”, às pessoas que íam num carro; “esto es devido a una serie de robos que hay por la zona. Por aquí, hay mucho amigo de lo ajeno”, diziam-lhe a outr@s. Os registros durarom sobre 20 minutos.

Já em Culheredo, também a Guardia Civil fixo a sua apariçom, mas desta vez intimidando coa sua presenza, passarom várias vezes co carro por diante do cemiterio. Por volta das 13:30 reunimo-nos arredor da tumba do combatente galego Jose Vilar, onde se leu um discurso, cantou-se o himno e fixo-se-lhe umha ofrenda floral.

A continuaçom reproduzimos o discurso que se escreveu para esta merecida homenagem aos militantes independentistas caidos no 1990:

Estamos aquí concentrad@smos aquí concentrad@s este 11 de outubro, Día da Galiza Combatente, para lembrar e homenagear @s guerrilheir@s do EGPGC, Lola e Jose, caidos em combate em umha operaçom contra o narco-tráfico no ano ´90, e para continuar a re-afirmar com factos a nossa determinaçom de implicar-nos com todas as conseqüências na luita contra a repressom, que Madrid leva aplicando históricamente contra @s luitadoras/es galeg@s.

Atopamo-nos diante da tumba de Lola Castro (em Meirás) e Xosé Vilar (em Culheredo), com a intençom de contribuir ao mantemento da memoria histórica do combate independentista. Nessa historia de orgulho e dignidade colectiva, que escrevem dende há mais de trinta anos @s noss@s combatentes, estam com grandes letras Lola Castro Lamas e José Ignacio Vilar Regueiro.
Estes jovens entram em contacto com o independentismo a meados dos anos ´80, e poucos anos depois somam-se com determinaçom e valentia às estructuras do EGPGC, participando nas acçons armadas da organizaçom.

Neste tempo eram anos nos que a lacra da droga fazia estragos entre a mocidade, especialmente em algumhas comarcas do País. O narco-tráfico crescia ao amparo do poder político e policial, que permitia a extensom do consumo de estupefacientes como mecanismo de anulaçom da crítica e do potencial rebelde da juventude em um lezer artificial e destructivo.

Grandes grupos vinculados ao tráfico destas sustâncias consolidavam empresas, negócios e um poder económico gigante com o branquio do capital procedente destas actividades. Nesta cojuntura desenvolverom-se acçons contra os interesses de narco-traficantes em várias localidades costeiras.

Em umha destas acçons, na discoteca Clangor de Compostela, sinalada como ponto vinculado ao narco-tráfico nessa cidade, José Vilar Homenagem_Xosejunto a Lola Castro, accedeu ao interior com a intençom de agochar um artefato explosivo no interior, para que figesse explosom quando o local estivesse fechado. Um accidente, possívelmente devido às interferências eléctricas da equipa de som do local com o sistema de iniciaçom do explosivo, provocou um accidente no que resultarom mortos.

Umha chamada telefónica à radio realizada posteriormente em nome do EGPGC, reivindicava as acçons dessa madrugada, explicava o significado político da operaçom, e informava da militância de Lola e José.  Nessa chamada afirmava-se que a luita continuaria e que a milhor homenagem possível aos combatentes caidos era seguir no caminho decidido.

Nós hoje, recolhemos essa mensagem, e a nossa presença aquí demostra que enfrentando a dura repressom, os golpes policiais, as grandes dificultades do caminho cara a liberdade, o nosso povo mantem erguida a luita pola independência nacional.

Dende o Organismo Anti-Repressivo seguiremos no apoio incondicional aos combatentes galegos, manteremos sempre viva a memória d@s de onte, estaremos ao lado d@s pres@s e d@s que luitam conseqüentemente hoje, e animaremos @s que engadiram o seu nome ao milhor da nossa luita manhá. Na nossa tarefa da denúncia e da solidariedade seguiremos!

Ceivar, como organismo contra a repressom, defende que só é possível desactivar a repressom do inimigo meiante a luita aberta pola soberania nacional e o respeito dos nossos direitos como povo. Mentres este País continue sendo negado e ocupado, a luita independentista seguirá enfrentando a opressom, e por muita repressom que nos acompanhe avanzaremos por esse caminho até vencer.

LOLA, JOSÉ A LUITA CONTINUA!!
ADIANTE A GALIZA COMBATENTE!!
VIVA GALIZA CEIVE!!