A opiniom pública- TelmoVarela e Miguel Nicolás

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Reproduzimos o texto enviado desde a prisom de Telmo Varela Fernández e Miguel Nicolás Aparício aos médios de informaçom comunitária galizalivre.org e diarioliberdade.org, com a intençom modesta de darlhe umha maior difusom, permitindo que as palavras atraveserm os muros do silenciamento e castigo ao que som secuestradas por um sistema que reprime ao povo consciente e organizado.


A OPINIOM PÚBLICA

Nós, os explorados e oprimidos, nom dispomos dos meios que tenhem as classes poderosas, entre outras cousas porque elas detentam o poder. Mas temos o direito e o dever de dar a nossa versom dos factos, ainda que nom tenha a difusomda deles. Há quem crê que a liberaçom do proletariado se defende com as armas espirituais apesar de ser atacado, com armas materiais cada vez que reivindica algum direito; as aspiraçons do proletariado nom som só algo espiritual, se nom também, algo material, polo que deve ser defendidas com armas materiais.

A oligarquia bem sabe que o sistema económico atual sobre o que se sustentam os seus privilégios, tem data de caducidade, que a classe obreira consciente é o autêntico inimigo do capitalismo, e que trás liberar-se da sua ditadura burguesa só pode avançar cara um sistema justo e igualitário, cara o socialismo real. Por tal motivio, pertrecham-se até os dentes derrochando ingentes somas de quartos em difamar e caluniar o proletariado, em criar um sindicalismo pactista e traidor com o que controlá-lo e maniatá-lo, em querer apresentar o preto branco, empenhando-se umha e outra vez em amossar os realmente violentos como os defensores dumha democracia e dumha paz social com a que submetê-lo, e os defensores da justiça social, da fim da exploraçom, na procura dumha sociedade mais avançada, como os violentos, os radicais, etc, etc etc.

Sempre que a classe obreira se dispujo a organizar-se em autênticas organizaçons de classe, é brutalmente reprimida e atacada sem piedade pola burguesia. Na Galiza, este fenómeno repite-se reiteradamente a dia de hoje, quem viveu a greve geral do 27 de janeiro, sabe do que estamos a falar. Vigo estava literalmente tomada pola polícia, mediante mercenários fardados e à paisana ao serviço do capital.

Agora, um punhado de obreiros organizamo-nos arredor dum sindicato galego e de classe, a CUT, e isso nom o podem permitir, pois a CUT combate e luita pola libertaçom nacional e de classe, e sobretodo, organiza a classe obreira para que por si mesma, decida em assembleias democráticas e participativas o quê fazer em cada intre. Isto é o que fai tremer à burguesia, o que quer evitar a toda costa e para isso organiza e ordena detençons de trabalhadores, para através da repressom descabeçar e criminalizar o movimento obreiro.

Há três meses detivérom a Miguel Nicolás (obreiro do naval), o dia 9 de março detivérom a Telmo e a Iussa, também do naval, todos eles acusados duns estragos no escritório do INEM de Coia. Mirade!, há que parar-se nas coincidências: Três obreiros do naval viguês; os três afiliados a um sindicato combativo e de classe; e os três acusados dum incêndio ao INEM. Este feito é tam grave como para ter a três trabalhadores presos? Um deles já leva mais de três meses na cadeia. Pois ao parecer, para o sistema é bastante mais grave plantar-lhe lume a duas cadeiras e a um computador que matar a duas pessoas. Pois os obreiros acusados de queimar duas cadeiras e um computador dum INEM estamos presos, enquanto os quatro sindicalistas? que estivérom a ponto de assassinar a dous porteiros dum clube de alterne estám livres, nem sequer pissárom a cadeia, mas claro, os primeiros som perigosos?, obreiros dedicados à defesa da classe obreira que se empecinam em questionar o sistema capitalista. E os segundos, som liberados sindicais de CCOO que como todos sabemos, vendérom as pensons, a reduçom dos salários, as prestaçons sociais e os trabalhadores, e que aparte, nom só nom questionam o sistema capitalista, senom que todo o seu afám e esforço está em apontalá-lo para que nom se desmorone. Esa, e só esta, é a diferença para o trato dos uns e dos outros. Lendo as novas que saírom nos mass-média, sobre ambos os dous casos, fica ainda mais claro o que aqui intentamos dizer-vos. Nom vamos intentar desmontar todo quanto dixérom sobre explosivos, etc., etc., primeiro teríamos que olhar esses explosivos. Que saibamos os explosivos nom estám à venda ao público nem os pode manipular qualquer. Tampouco imos dar-lhes classes aos profissionais da informaçom?, nós modestos obreiros, mas sim podemos dizer, que sabemos distinguir entre branco e preto, entre o que é justo e injusto. E cada quem com a sua consciência.

Por último, só dizer que a exploraçom só pode ser combatida mediante o combate contra o sistema capitalista, a única maneira de sair desta crise é mudar o sistema económico que nos levou a ela, nom nos deixemos amedrentar nem desmobilizar, a maior repressom maior resposta, a lacra do paro continua a expandir-se e todo pacto social? só nos garante um futuro de miséria. Nom nos deixemos embaucar pola falsa palavraria, só com o socialismo nos liberaremos das cadeias da exploraçom capitalista, nom há outra.

Somos reféns do sistema capitalista.