SOBERANIA PARA A GALIZA
A independência da Galiza é necessária e é, ao mesmo tempo, impensável se nom se modificar radicalmente o pensamento da maioria dos galegos e galegas. Para isto temos que mudar, primeiro, a conceçom e a prática minifundista das organizaçons e coletivos independentistas.
O imperialismo español está a ganhar terreno no nosso país. Esta é umha realidade que ninguém pode negar. Está-nos a colonizar cultural e políticamente como nos melhores tempos do Franquismo e está a conseguir que os galegos e as galegas nom sintam a Galiza como o seu verdadeiro país. O nosso idioma está-se a perder, as novas geraçons nom o praticam, e o mesmo acontece com os nossos costumes e com a nossa cultura. Entretanto, as organizaçons patrióticas andam a brigar entre elas, em vez de reunir forças e vontades contra o inimigo comum. Dá a impressom de que vivemos de costas ao nosso povo, que nom vivemos os seus problemas e as suas aspiraçons. É importantíssimo que reflitamos, que deixemos de lado as desavenças particulares para, todos juntos, construir mos um futuro esperançador. Nom é suficiente proclamar-se autênticos e genuínos independentistas, há que sê-lo, e a forma de mostrá-lo é que os intereses do povo galego estejam por cima dos intereses particulares e de grupo. O povo (tablalhadores e trablhadoras,, estudantes, mocidade, mulheres, inteletuais…) está confuso e desorientado com tanta sopa de siglas.A independencia vai ser fruto de um progressivo e decisivo entendimento de todas as forças nacionalistas conseqüentes. Nom fica outra. Sem esta premissa nom há futuro e condenaremos o país de por vida às cadeias do imperialismo espanhol.
Agora, mais que nunca, é necessária a independência para o progresso e o desenvolvimento do nosso país. Em caso contrario, vamos sentir com toda a sua crueza as conseqüências da crise capitalista. Em tempos de crise, como a atual, o poder central descarga os seus efeitos sobre as naçons assovalhadas. De facto, já estamos a padecer os seus efeitos: 250.000 desempregados, a industria está abaixo dos mínimos, o agro abandonado à sua sorte, e da pesca melhor nom falar. Nom investem praticamente nada na nossa terra.
Se nom lhe pugermos remédio, vamo-lo pasar mui mal. E nom é justo, pois o nosso país é rico de avondo, é autossuficiente, tem gado, agricultura, reiqueza pesqueira, industria com umha potencialidade incrível: a industria naval e a automovilística é das mais reputadas a nível mundial, contando com umha mao de obra das mais qualificadas. O mesmo podemos dizer do setor textil e conserveiro. Porém, viajamos no último vagom por causa da nossa dependência de Espanha. Espanha é a ruina da Galiza.
Telmo Varela Fernández
Sindicalista preso na Lama