DEFEDER A LÍNGUA GALEGA NOM É DELITO

CARTAZ_JUIZOS_LINGUAA defesa da língua galega, a sua dignificaçom, o seu uso e ensino, foi reprimida secularmente, sobremaneira durante os anos da ditadura franquista e nos da chamada transición, e essa repressom trouxo despedimentos laborais, especialmente de mestres/as e professores/as, humilhaçons e outro tipo de degradaçons para com os seus utentes e o que é fundamental; um complexo maqueiavélico de muitos galegos e galegas que derivou numha desgraça de diglóssia, e que colocou à nossa língua o estatus de nom oficial, inferior e folclórica. Após a aprovaçom do Estatuto de Autonomia do ano 1981, que dava cooficialidade à língua galega, as cousas nom mudaram muito para melhor. E apesar de que na teoria se legalizava a sua defesa, ensino e promoçom, esta legalidade era vulnerada amplamente por muitos de aqueles políticos e tecnócratas que deram o apoio para a sua aprovaçom, nomeadamente dos partidos espanhóis PP e PSOE, ambos com poder legislativo e executivo no ámbito estatal e autonómico.

Foi a pressom do Povo organizado a que logrou pequenos avanços nos anos a seguir, primeiramente coa aprovaçom da Lei de Normalizaçom Lingüística do Idioma Galego por consenso no governo de Fraga Iribarne, lei que, con todo, nom foi desenvolvida e que continuou sendo vulnerada, com especial incidência no ámbito do ensino. Após este primeiro passo veu outro passinho, foi o que supuxo a aprovaçom do decreto que desenvolvesse a Lei de Normalizaçom Lingüística por parte do governo bipartito PSOE-BNG. Ainda que este plano nom foi executado plenamente e continuou mesmo a vulneraçom da própria lei de normalizaçom lingüística, a partir desse momento plantejou-se um ponto de inflexom que realmente promovesse e legislasse em prol da normalizaçom do nosso idioma. É neste contexto que o nacionalismo espanhol move ficha, se até agora nom lhe preocupava em excesso a ameaça da normalizaçom lingüística por precisamente esta ser umha lei de segunda que nom fazia falta cumprir, e porque a realidade social do nosso Povo garantia a sua subalternidade frente à supremacia do castelhano, agora fai-se-lhe necessário combater política e socialmente esta tendência normalizadora. É neste momento que o nacionalismo espanhol guiado polas teses da organizaçom fascista e ultraliberal FAES, e com apoio velado do PP, organiza grupos e associaçons para obstaculizar e condicionar hipocritamente, e através da mentira, a falsidade e a insubmissom à lei e ao decreto que a desenvolve, esse processo de normalizaçom lingüística. Destaca-se neste movimento a associaçom Galicia Bilingüe, que em plena sintonia coa repressom espanhola promove processos judiciais contra aqueles e aquelas que desmascaram as suas teses e intençons. A resposta institucional e política dos que conformam o governo bipartido é timorata ou nula e outra vez o nosso Povo organizado é quem volta sair à rua em defesa da nossa língua, e em defesa da normalizaçom lingüística, e nese contexto, em defesa da Lei.

Como acontecera no franquismo e na transición a repressom volta ser umha realidade, desta volta dirigida contra parte do movimento normalizador, contra aquele povo que se mobiliza na rua e rechaça com contundência a falsidade do discurso e da imposiçom supremacista castelhana desde a firmeza na defesa da normalizaçom lingüística do idioma galego. Portanto é umha repressom colectiva contra o nosso idioma e o nosso Povo. E é executada polo governo do PSOE através da delegaçom e subdelegaçons do governo, com Antom Louro, Delfin Fernández, J.M. Pose Mesura, Camilo Isaac Ocampo e José Vázquez Portomeñe à cabeça, com o total acordo do PP e a cumplicidade do BNG .A chegada do PP ao governo autonómico incide nesta linha repressiva e no plano lingüístico desenha umha política de negaçom, obstaculizaçom e paralisaçom da normalizaçom lingüística, e volta apostar pola assimilaçom lingüística e a morte lenta do galego.

No período que vai do ano 2007 até hoje, por volta dum cento de galegos e galegas forom fortemente sancionados economicamente, sançons que ascendem a dezenas de miles de euros, e mais dumha dúzia estám a ser processados penalmente, com petiçons fiscais que somam quase meio século de condenas, condenas que nalguns casos conlevariam ingressos em prisom. O seu delito: participar em mobilizaçons que defendiam a nossa língua e o seu processo de normalizaçom aprovado por lei.

Hoje mais do que nunca é necessária a solidariedade comunitária com estas pessoas que de forma honesta e valente assumiram a resposta firme contra umha agressom secular ao nosso Povo.


SOLIDARIEDADE COM OS GALEG@S PROCESSAD@S POR DEFENDER A LÍNGUA!!

AVANTE A NORMALIZAÇOM LINGÜSTICA DO IDIOMA GALEGO!!