Simón Márquez, Xosé Moreira e Xesús Montoiro, conhecidos como “Os Três do Eixo”, som os vizinhos da parróquia compostelana de Santa Luzia do Eixo que a Polícia e a Justiça espanholas seleccionárom em 1998 para iniciar um prolongado e exemplarizante processo repressivo. Detidos durante as cárregas policiais efectuadas contra um protesto vizinhal celebrado no verao de aquel ano, “Os Três do Eixo” fôrom condenados a prisom e submetidos a umha extorsom económica que ainda hoje continua e afecta toda a parróquia. Agora, além de permanecerem em prisom, deverám pagar à Justiça espanhola a quantidade de 35.000€ antes da próxima sexta-feira para evitar o embargo das suas propriedades depois de abonarem 156.620€ e serem condenados em 2003 a sete anos de cárcere por agredirem, presuntamente, o polícia antidistúrbios que procedia à detençom dum cativo de 13 anos, irmao de Simón Márquez. Indulto inexistente A reivindicaçom popular centra-se desde o ingresso em prisom dos Três do Eixo na exigência do indulto governamental. Contodo, apesar das declaraçons e as visitas ao cárcere de Teixeiro de conhecidos políticos locais, a realidade é que Márquez, Moreira e Montoiro seguem em prisom. Membros da Associaçom de Vizinh@s Domingo Cepeda reuniam-se em Junho de 2009 com o actual ‘Ministro de Justicia’ espanhol Francisco Caamaño, comprometendo-se este a que, umha vez concedido o 3º grau aos três presos, levaria a petiçom ao ‘Consejo de Ministros’. A concessom do 3º grau é transitória e revisa-se cada 6 meses, com o que a agilidade de Caamaño para realizar os trámites é fulcral. No entanto, à hora dos factos, já há seis meses que os Três do Eixo estám em 3º grau e as promessas de Caamaño ficárom em águas de bacalhau. Xosé Manuel Bocija, porta-voz da associaçom vizinhal, assegura com ingenuidade digna de melhor causa que “estamos tranquilos do ponto de vista social. Polo que for –diz, em referência a Francisco Caamaño- nom pudo ou nom quijo tramitar ainda o indulto. Mas contamos com a sua palavra, e a palavra dum ministro suponho que aínda vale algo” (sic). Paradoxalmente, enquanto os Três do Eixo permanecem em prisom, o ‘Consejo de Ministros’ expende regularmente através do BOE indultos para narcotraficantes, torturadores, etc. Conta de solidariedade Mais umha vez, a vizinhança do Eixo recorre à solidariedade comunitária para fazer frente ao pagamento de 35.000€ que a Justiça espanhola define como “juros acumulados pola demora no pagamento” da extorsom económica aplicada junto à condena de prisom. Está aberta umha conta na entidade ‘Caixagalicia’ no número 2091 0348 12 3040012185 à que se convida a fazer as achegas precisas para evitar o embargo dos três luitadores. Pode-se consultar informaçom completa sobre este caso de exemplarizaçom repressiva na página web que aparece ao pé da notícia.