Libertad Digital define o presidente da RAG como “independentista com vínculos a Batasuna” e os locais sociais como “centros de recrutamento”

Observando o súrrio informativo que, dia a dia, consome a populaçom espanhola sobre os conflitos nacionais no Estado, resulta compreensível o grau de ignoráncia e embrutecimento que a caracteriza no referente a esta questom. ‘Libertad Digital’, meio electrónico de extrema direita com importante audiência em Espanha, apresentava antonte umha “reportagem” sobre o presidente da RAG e o tecido associativo independentista que é paradigma da informaçom-lixo que, também sobre a causa galega, se consome no país vizinho. Méndez Ferrín centra a “informaçom” de Raúl Vilas. Assegura em tom reprovatório Vilas que o escritor galego lidera um partido “de ideologia marxista-leninista” e “separatista”. A seguir, regurgita parágrafes cuidadosamente seleccionados de webs independentistas que, embora carecem de relaçom orgánica com a RAG, sirvem para dar visos de realidade à “tese” sustentada: que o foro académico é um órgao radical e antimonárquico, pró cubano e vinculado ao MLNB. Pagaria a pena olhar as caras d@s membr@s da instituiçom ao sabe-la envolvida em relaçons e práticas que, de serem verídicas, poderiam incluso situá-la no ponto de mira da ‘Audiencia Nacional’. Raúl Vilas repassa umha após outra várias estruturas independentistas e soberanistas relacionando-as com o académico. Denuncia Adiante porque “pede a liberdade para dous jovens detidos por levar consigo umha bomba”, apesar de que nengum tribunal sentenciou esta acusaçom policial; o Foro da Mocidade de Vigo, FPG, as Redes Escarlata, às que se acusa de “marcado carácter político” (?), Briga, “sobre a que pesam acusaçons de actos violentos, incluso com presença de explosivos” (?) e até os centros sociais galegos passam pola trituradora deste assalariado da intoxicaçom informativa. “Adoutrinamento” e “recrutamento” nos centros sociais da Galiza A criminalizaçom alcança incluso os centros sociais galegos, que som caracterizados como “centros de adoutrinamento e recrutamento de jovens” desde os que “se organizam acçons e manifestaçons, assim como campanhas radicais” que teriam “claros tintes violentos” (sic). Além da vontade criminalizadora e parapolicial, Raúl Vilas demonstra ter “claros tintes fascistas” ao considerar que o “marcado carácter político” dumha associaçom, ou a organizaçom de “acçons e manifestaçons”, som factos perseguíveis e puníveis. Informaçons como a presente, além de ser mostra dumha das ponçonhas com que se fomenta sistematicamente o chauvinismo espanhol de massas e a irracionalidade ante a “questom nacional”, evidenciam como sectores filofascistas do poder mediático, político e empresarial continuam a apostar num tratamento policial e penal ainda mais expeditivo que o actual para os movimentos de liberaçom nacional no Estado e para a própria existência de identidades nom espanholas dentro deste.