Publicamos a comunicaçom de Ceivar lida onte nas concentraçons anti-repressivas

Publicamos hoje o comunicado lido na tarde de onte nas sete concentraçons de solidariedade anti-repressiva que se celebrárom nos principais núcleos urbanos do País. O texto recolhe a informaçom existente à hora dos actos solidários, assim como umha valorizaçom política superficial dos acontecimentos ocorridos desde a detençom de Jurjo Rodrigues e Óscar Sanches. Óscar Sanches e Jurjo Rodrigues, os independentistas galegos detidos onte na paróquia de Salcedo por efectivos da Polícia espanhola, ingressárom nesta manhá na prisom de Soto del Real (Madrid) e no Centro de Menores Los Rosales de Carabanchel, respectivamente. A Audiencia Nacional ditaminou a privaçom de liberdade para os dous cidadáns galegos ao calor da intensa campanha mediática e política de criminalizaçom desenvolvida nas últimas 48 horas. Por parte do organismo popular anti-repressivo Ceivar, assim como das dezenas de pessoas que nos últimos 2 dias desenvolvérom um intenso trabalho de denúncia informativa destas detençons, queremos afirmar pública e abertamente três questons que consideramos básicas e partilhadas por todos e todas nós: Primeira, reconhecemos nas pessoas de Óscar e Jurjo dous militantes independentistas, dous patriotas galegos, dous combatentes por um futuro de soberania e democracia real para a Galiza e duas pessoas perfeitamente integradas na sociedade galega e queridas e respeitadas nos seus entornos familiares e sociais. Óscar e Jurjo som, pois, merecedores da nossa mais intensa solidariedade, sejam quais forem as circunstáncias nas que se encontrem neste momento, porque estamos convencidos e convencidas de que o seu comrpromisso e a sua entrega sempre estivérom e estarám com a causa mais bela, digna e necessária: a luita pola liberaçom nacional e social da Galiza. Em segundo lugar, queremos denunciar, mais umha vez, a miséria humana, política e moral que hoje envolve as principais companhias e empresas de comunicaçom deste País. Novamente, televisons, diários e cadeias de rádio comportárom-se como os autênticos instrumentos ao serviço da repressom que som: criminalizárom os detidos abolíndo a sua presunçom de inocência; apresentárom a sua condiçom de nacionalistas galegos como um facto criminoso evidenciando a que ideologia e projecto sirvem e colocárom novamente no ponto de mira da acçom policial ideologias, organizaçons e pessoas cujo “delito” é defender a superaçom do actual quadro jurídico político espanhol, defender este País das agressons de que é objecto e defender um projecto legítimo de soberania e liberdade para Galiza. Por último, queremos fazer em alto umha breve reflexom política: o encarceramento de patriotas galegos e galegas, que neste País se produz ciclicamente desde 1975, quando a Polícia espanhola franquista tratara de varrer do mapa o nacionalismo popular a base de detençons, torturas, assassinatos e encarceramentos, é a expressom mais dura e dorosa, mais espectacular, se queredes, da luita que este povo pretende travar em favor da sua soberania e independência. É, também, como comprovamos nestes dias, a evidência dum conflito irresolto de legitimidades: a galega e a espanhola, a independentista e a do Estado, a dos que luitam e as que luitam e a dos que nos negam, oprimem e pretendem exterminar a nossa língua e identidade e arrasar o nosso território … Temos absolutamente claro de que lado da trincheira nos encontramos nós neste conflito histórico e político e por isso chamamos-vos a praticar umha solidariedade activa e sistemática com os nossos repressaliados e repressaliadas, presentes e futuras, como mais umha fasquia dumha luita colectiva que se exprime em mil ámbitos e formas diferentes. Exigimos a liberdade para Ugio Caamanho Sam-Tisso. Exigimos a liberdade para Jurjo Rodrigues Olveira. Exigimos a liberdade para Óscar Sanches Blanco. Exigimos a liberdade para o nosso povo e o direito a vivermos num País dono de si próprio.. Companheiros e companheiras, Maos à obra, a luita continua! Viva a luita pola dignidade e a independência! Liberdade patriotas presos! Nom passarám!