Publicamos interessante artigo sobre a solidariedade com os presos políticos do advogado basco Julen Arzuaga

Reproduzimos hoje, traduzido para o galego, um fragmento do artigo ‘A Solidariedade, ante os tribunais’ redigido polo advogado basco e militante contra a repressom política Julen Arzuaga. Bem sabemos que os tempos da repressom som diferentes nas distintas latitudes do Estado espanhol e que a aplicaçom das leis é elástica segundo necessidades políticas e de estratégia. Contodo, ainda assim, nom deveriamos desconsiderar os cenários que já som realidade para o activista basco. O artigo completo está na ligaçom que aparece ao pé da notícia. Recomendamos a leitura íntegra deste artigo, com o que coincidimos a cento por cento, como vacina necessária contra as interpretaçons de curto alcanço sobre o conceito solidariedade, como mera figuraçom pontual, assistencialismo apolítico ou simulaçom. Nós, como aponta o companheiro Arzuaga, também temos a vontade de garantir que, neste País, “nengum repressaliado político caminhe só”. Aguardamos poder estar sempre à altura desse repto. Fragmento de ‘A Solidariedade, ante os tribunais’, de Julen Arzuaga “Convertem a acçom solidária em acçom terrorista. Porque a outra característica do conceito de solidariedade é a de estar disposto a assumir as consequências dessa adesom face outros. A noçom está relacionada com o termo «sólido» no sentido de contrazer compromissos «in solidum». Precisamente assim o entendiam 21 companheiros de Gestoras-Askatasuna que esperam a decisom do Tribunal Supremo por integraçom em organizaçom terrorista. O seu delito era e é assegurar que «nengum repressaliado político neste país caminhe só». Umha chamada à acçom, a assumir responsabilidades, a avançar num horizonte: a amnistia, entendida como a superaçom das circunstáncias políticas que motivárom a existência de presos e a sua excarceraçom. Castigarám-os, mas nom poderám fiscalizar a sua motivaçom política. Os magistrados sumarám os anos de condena como nós em segundo de carreira. Questom de aritmética, nom de lógica. E entom, os companheiros de Gestoras-Askatasuna junto com um sector enorme desta sociedade, pensarám que o tribunal de Madrid «cometerá umha tremenda equivocaçom». Mas a diferença de Ares, nom poderám mudar de registo e acudir a um tribunal de aqui, quiçá mais sensível com certas questons, que pudesse aprezar os factos de outra maneira. E nom se jogam umha miserável campanha propagandística, precisamente. Arguiñano punha na mesma frase dous conceitos: «fazer algo» e «presos». Já tiveche que dar contas a um tribunal de Madrid em outra ocasiom. Cuida-te”.